quarta-feira, 10 de abril de 2013


ASSEMBLEIA DOS BISPOS DO BRASIL – CNBB (APARECIDA, SP)


        
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, iniciará nesta semana mais um momento de diálogo, reflexão e articulação da Igreja Católica no Brasil através da 51ª. Assembleia Geral, que se reunirá no santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, SP, de 10 a 19 de abril. A Assembleia terá o tema “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia” e participarão da mesma em torno de 330 bispos.
               
Esta Assembleia ocorre num momento em que a Igreja Católica vive momentos de esperança de renovação com a eleição do Papa Francisco, primeiro papa latino-americano. Ela acontece também, no contexto do tempo litúrgico da Páscoa, como um convite para que a Igreja Católica no Brasil viva o dinamismo pascal num processo de renovação com novos compromissos e propostas, deixando de lado seus sinais de morte e sombras para viver, à luz do Cristo Ressuscitado.
               
O tema da Assembleia visa renovar a PARÓQUIA, como comunidade de comunidades. Ele tem como base as propostas da V Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida, no ano de 2007. Quando tratou do tema “Situação de nossa Igreja nesta hora histórica de desafios”, os bispos afirmaram o seguinte sobre a realidade paroquial: “crescem os esforços de renovação pastoral nas paróquias, favorecendo o encontro com Cristo vivo, mediante diversos métodos de nova evangelização que se transformam em comunidade de comunidades evangelizadas e missionárias. Constata-se em alguns lugares um florescimento de comunidade eclesiais de base, segundo os critérios das Conferências Gerais anteriores... Valoriza-se a presença e o crescimento dos movimentos eclesiais e novas comunidades que difundem sua riqueza carismática, educativa e evangelizadora. Tem-se tomado consciência da importância da pastoral Familiar, da infância e Juvenil.” (Documento de Aparecida, 2007, n. 99.e).

Os Bispos de Aparecida acentuaram também alguns limites e dificuldades da vida eclesial em nosso continente quando lamentavam sobre “algumas tentativas de voltar a um certo tipo de eclesiologia e espiritualidade contrárias à renovação do concílio Vaticano II..., lamentamos as infidelidades à doutrina, à moral e à comunhão, nossas débeis vivências da opção pelos pobres... Tal como manifestou o Santo Padre no Discurso Inaugural de nossa Conferência: ‘percebe-se um certo enfraquecimento da vida cristã no conjunto da sociedade e da própria pertença à Igreja Católica.” (cf.: Ap., 100.b).

Falando sobre a paróquia, comunidade de comunidades, os bispos diziam também, que as paróquias são “células vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e da comunhão eclesial. São chamadas a ser casas e escolas de comunhão... espaços de iniciação cristã, da educação e celebração da fé, abertas à diversidade de carismas, serviços e ministérios, organizadas de modo comunitário e responsável, integradoras de movimentos de apostolado já existentes, atentas à diversidade cultural de seus habitantes, abertas aos projetos pastorais e supra-paroquiais e às realidades circundantes.” (Ap. 170).

Existem desafios e dificuldades, mas também muitas possibilidades e esperanças. Desejamos luzes divinas aos participantes da Assembleia e que eles ajudem nossas paróquias a ser espaço de iniciação à vida cristã, comunidades animadas e centradas na Palavra de Deus, comunidades a serviço da vida plena para todos, espaço de evangelização e acolhida das juventudes e família. Enfim, que sejam comunidade de comunidades a vivam sempre em estado permanente de missão e evangelização.



Pe. Ronaldo Mazula, cmf

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