ASSEMBLEIA DOS BISPOS
DO BRASIL – CNBB (APARECIDA, SP)
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, iniciará nesta semana mais um
momento de diálogo, reflexão e articulação da Igreja Católica no Brasil através
da 51ª. Assembleia Geral, que se reunirá no santuário de Nossa Senhora
Aparecida, em Aparecida, SP, de 10 a 19 de abril. A Assembleia terá o tema “Comunidade de comunidades: uma nova
paróquia” e participarão da mesma em torno de 330 bispos.
Esta
Assembleia ocorre num momento em que a Igreja Católica vive momentos de
esperança de renovação com a eleição do Papa Francisco, primeiro papa
latino-americano. Ela acontece também, no contexto do tempo litúrgico da
Páscoa, como um convite para que a Igreja Católica no Brasil viva o dinamismo
pascal num processo de renovação com novos compromissos e propostas, deixando
de lado seus sinais de morte e sombras para viver, à luz do Cristo Ressuscitado.
O
tema da Assembleia visa renovar a PARÓQUIA, como comunidade de comunidades. Ele
tem como base as propostas da V Conferência do Episcopado Latino-Americano e do
Caribe, realizada em Aparecida, no ano de 2007. Quando tratou do tema “Situação de nossa Igreja nesta hora
histórica de desafios”, os bispos afirmaram o seguinte sobre a realidade
paroquial: “crescem os esforços de
renovação pastoral nas paróquias, favorecendo o encontro com Cristo vivo,
mediante diversos métodos de nova evangelização que se transformam em
comunidade de comunidades evangelizadas e missionárias. Constata-se em alguns
lugares um florescimento de comunidade eclesiais de base, segundo os critérios
das Conferências Gerais anteriores... Valoriza-se a presença e o crescimento
dos movimentos eclesiais e novas comunidades que difundem sua riqueza
carismática, educativa e evangelizadora. Tem-se tomado consciência da
importância da pastoral Familiar, da infância e Juvenil.” (Documento de Aparecida,
2007, n. 99.e).
Os Bispos de
Aparecida acentuaram também alguns limites e dificuldades da vida eclesial em
nosso continente quando lamentavam sobre “algumas
tentativas de voltar a um certo tipo de eclesiologia e espiritualidade
contrárias à renovação do concílio Vaticano II..., lamentamos as infidelidades
à doutrina, à moral e à comunhão, nossas débeis vivências da opção pelos
pobres... Tal como manifestou o Santo Padre no Discurso Inaugural de nossa
Conferência: ‘percebe-se um certo enfraquecimento da vida cristã no conjunto da
sociedade e da própria pertença à Igreja Católica.” (cf.: Ap., 100.b).
Falando sobre
a paróquia, comunidade de comunidades, os
bispos diziam também, que as paróquias são “células
vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem uma
experiência concreta de Cristo e da comunhão eclesial. São chamadas a ser casas
e escolas de comunhão... espaços de iniciação cristã, da educação e celebração
da fé, abertas à diversidade de carismas, serviços e ministérios, organizadas
de modo comunitário e responsável, integradoras de movimentos de apostolado já
existentes, atentas à diversidade cultural de seus habitantes, abertas aos
projetos pastorais e supra-paroquiais e às realidades circundantes.” (Ap. 170).
Existem
desafios e dificuldades, mas também muitas possibilidades e esperanças.
Desejamos luzes divinas aos participantes da Assembleia e que eles ajudem
nossas paróquias a ser espaço de iniciação à vida cristã, comunidades animadas
e centradas na Palavra de Deus, comunidades a serviço da vida plena para todos,
espaço de evangelização e acolhida das juventudes e família. Enfim, que sejam
comunidade de comunidades a vivam sempre em estado permanente de missão e evangelização.
Pe.
Ronaldo Mazula, cmf
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