quarta-feira, 26 de junho de 2013


Pré - Festival da Juventude Rural Rondônia

     Aconteceu no ultimo dia 15 de junho o 9º Pré-Festival da Juventude Trabalhadora Rural de São Miguel do Guaporé -RO (etapa municipal). Este evento é um acontecimento que tende a unir os Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Brasil. 
     Com o objetivo de criar e desenvolver mecanismo politícos para a permanência, subsistência, produção, renda, educação, saúde, e evitar o êxodo rural do jovem agricultor no campo. Para isso trabalhamos o tema Educação no Campo, tendo como lema Educação de qualidade, acesso a terra a sustentabilidade. Com a seguinte programação:



Pela manha: Abertura Politica, 
Modalidades esportivas: Futebol, Voleibol, Corrida e Salto a distancia




Pela tarde:
Modalidades culturais; Música inédita, Poesia, Danças Culturais e desfile do garoto e garota rural e mirim. (nesta modalidade participavam jovens de 16 a 32).

     Estiveram presentes cerca de 300 pessoas, sendo um dia celebrativo e aberto ao conhecimento das pessoas e suas realidades rurais, havendo um intercâmbio de ideias e sentimentos. No encerramento premiamos os vencedores de todas as modalidades, com cestas básicas, camisetas e medalhas além da vaga para a etapa estadual.

     No dia 21 de setembro de acontece o Festival estadual em Presidente Medice - RO (ETAPA ESTADUAL).
abraços e até a Jornada Mundial da Juventude em Família Claretiana. 



Autor: Alex dos Santos
Linha 94km 11 norte 

domingo, 23 de junho de 2013


O que significa perder a vida
 por causa de Jesus?

 Apresentamos as palavras do Papa Francisco dirigidas aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para recitar o Angelus

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
No Evangelho deste domingo ressoa uma das palavras mais incisivas de Jesus: “Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salva-la-á” (Lc 9, 24).
Aqui há uma síntese da mensagem de Cristo, e é expressa com um paradoxo muito eficaz, que nos faz conhecer o seu modo de falar, quase nos faz ouvir a sua voz…
Mas o que significa “perder a vida por causa de Jesus”? Isso pode acontecer de dois modos: explicitamente confessando a fé ou implicitamente defendendo a verdade. Os mártires são exemplos máximos do perder a vida por Cristo. Em dois mil anos há uma série imensa de homens e mulheres que sacrificaram a vida para permanecerem fiéis a Jesus Cristo e ao seu Evangelho. E hoje, em tantas partes do mundo, há tantos, tantos, – mais que nos primeiros séculos – tantos mártires que dão a própria vida por Cristo, que são levados à morte para não renegar Jesus Cristo. Esta é a nossa Igreja. Hoje temos mais mártires que nos primeiros séculos! Mas há também o martírio cotidiano, que não comporta a morte, mas também esse é um “perder a vida” por Cristo, cumprindo o próprio dever com amor, segundo a lógica de Jesus, a lógica da doação, do sacrifício. Pensemos: quantos pais e mães todos os dias colocam em prática a sua fé oferecendo concretamente a própria vida pelo bem da família! Pensemos nisto! Quantos sacerdotes, frades, irmãs desenvolvem com generosidade o seu serviço pelo reino de Deus! Quantos jovens renunciam aos próprios interesses para dedicar-se às crianças, aos deficientes, aos idosos… Também esses são mártires! Mártires cotidianos, mártires do dia-a-dia!
E depois há tantas pessoas, cristãos e não cristãos, que “perdem a própria vida” pela verdade. E Cristo disse “eu sou a verdade”, então quem serve à verdade serve a Jesus.

Uma dessas pessoas, que deu a vida pela verdade, é João Batista: propriamente amanhã, 24 de junho, é a sua grande festa, a solenidade do seu nascimento. João foi escolhido por Deus para preparar o caminho diante de Jesus, e o indicou ao povo de Israel como o Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (cfr Jo 1, 29).



João consagrou-se todo a Deus e ao seu enviado, Jesus. Mas, no final, o que aconteceu? Foi morto por causa da verdade, quando denunciou o adultério do rei Herodes e de Herodíades. Quantas pessoas pagam por preço caro o compromisso pela verdade! Quantos homens justos preferem ir contracorrente, de modo a não renegar a voz da consciência, a voz da verdade! Pessoas justas, que não têm medo de ir contracorrente! E nós, não devemos ter medo! Entre vocês há tantos jovens. A vocês jovens digo: não tenham medo de ir contracorrente, quando nos querem roubar a esperança, quando nos propõem estes valores que estão danificados, valores como a comida estragada e quando uma comida está estragada, nos faz mal; estes valores nos fazem mal. Devemos ir contracorrente! E vocês, jovens, sejam os primeiros: vão contracorrente e tenham este orgulho de ir contracorrente. Avante, sejam corajosos e vão contracorrente! E sejam orgulhosos de fazê-lo!
Queridos amigos, acolhamos com alegria esta palavra de Jesus. É uma regra de vida oferecida a todos. E São João Batista nos ajuda a colocá-la em prática.


Neste caminho nos precede, como sempre, a nossa Mãe, Maria Santíssima: ela perdeu a sua vida por Jesus, até a Cruz, e a recebeu em plenitude, com toda a luz e a beleza da Ressurreição. Maria nos ajude a fazer sempre mais nossa a lógica do Evangelho.
(Depois do Angelus)
Lembrem-se bem: "Não tenham medo de caminhar contracorrente! Sejam corajosos! E assim, como não queremos comer uma comida estragada, não carreguemos conosco estes valores deteriorados e que prejudicam a vida e tiram a esperança. Adiante!"
Saúdo-vos com afeto: as famílias, os grupos paroquiais, as associações, as escolas. Saúdo os alunos do Liceo diocesano Vipava na Eslovénia, a comunidade polonesa de Ascoli Piceno, UNITALSI de Ischia di Castro, os jovens do Oratório de Urgnano - vejo a bandeira de vocês, muito bem, ! -, Os fiéis de Pordenone, as irmãs e os operadores do hospital "Miulli" de Acquaviva delle Fonti, um grupo de delegados sindicais do Veneto.
Desejo a todos um bom domingo!


sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Gigante despertou... Juventude missionaria PROTESTANTE Católica é a nossa vez!!!


 “ Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão. Nós, os cristãos, não podemos fazer de Pilatos e lavar as mãos. Não podemos. Temos de nos meter na política, porque a política é uma das formas mais altas de caridade porque busca o bem comum. Os leigos cristãos devem trabalhar na política. A política está muito suja, mas eu pergunto «está suja porquê?» Porque os cristãos não se meteram nela com espírito evangélico? É a pergunta que eu faço. É fácil dizer que a culpa é dos outros... Mas eu, o que faço? Isto é um dever! Trabalhar para o bem comum é um dever do cristão.” Papa Francisco


Fato é que Jesus veio na terra para nos redimir dos pecados, mostra sua misericórdia e amor, porém não foi tão simples como “capítulos ” de contos de fadas ou filmes de ação tão previsíveis. Jesus a cada dia surpreendia até mesmo os mais próximos como os discípulos, podemos recordar da passagem que os escribas e fariseus colocam uma mulher que foi pega em adultério (Madalena), para ser julgada esperando que Jesus assim ordena-se, como era a lei da época, a lei de Moisés. Só que Jesus em um ato de amor acolheu, fazendo com que todos fossem embora primeiro os mais velhos até chegar a vez dos mais novos. (João 8).

Trazendo para nossa realidade, hoje estamos vendo o despertar do gigante chamado POVO, que acordo e esta indo para rua, algo que ninguém imaginava ou  sonhava com essa geração intitulada “coca-cola ”, estamos acompanhando em nossas televisões e principalmente pela internet, cada manifestação de um povo cansado de sofrer e ficar como plateia de um show de crueldade. Vejo de principio esse “algo” que a sociedade esta pedindo e lutando para mudar um pouco sem uma ideologia formada, uma educação politica, uma base que servirá como estrutura para futuro, a juventude saiu da inercia o primeiro passo foi dado, Agora o jovem esta voltando a falar sobre politica.
Jesus com esta passagem contraria a concepção da lei que estava em vigor, e por esta pratica que adotou em sua vida, em favor dos menos favorecidos e uma maior visão da Lei dada por seu Pai, acabou pagando um preço muito alto, dor e sofrimento. Contrariar a lei para favorecer o mais necessitado é um ato digno de Filho de Deus, ir contra um sistema para salvar aos que precisam é algo que Jesus Cristo realizou e nos chama para esta missão.
Em nossas Igrejas rezamos e pedimos a paz para nós e ao mundo, mas como obter essa paz em circunstancias que são contra a vida, por exemplo, famílias que moram ao lado de um córrego, de um lixão, na rua, e que não tem o mínimo de seus direito respeitados. A moradia, onde seu barraco é invadido por água ou por policiais e assim são expulsos e “convidados “ a irem as rua comer nossos              “ restos ”. Como ter paz em uma sociedade que 20 centavos a mais pago em impostos faz uma família passar fome ou prejudica a mesma.
Enquanto o Gigante dormia, outros gigantes apanhavam no Pinheirinho. Vários Gigantes ocupavam  os canteiros de obras de Belo Monte e eram chantageados pelo consórcio assassino Norte Energia. Muitos gigantes foram massacrados no interior do Mato Grosso, o massacre de vários gigantes, bravos lutadores e oprimidos todos os dias nos becos e nas vielas, e com tudo isso COMO ATINGIR NOSSA PROPRIA PAZ ?

Paz sem voz não é paz, paz que ecoa APENAS dentro de nossas igrejas é medo !
Analisar a vida de Jesus e se deparar com Ele salvando os excluídos e marginalizados da época, indo contra leis e os poderoso que assim reprimiam o povo, e se Jesus estivesse entre nós em carne e osso agora, quem será que Ele iria tocar e deixa-se tocar? Quais impuros Ele iria salvar? Vamos refletir quem são os excluídos deste século, os “lixos” da nossa sociedade ?


Padres nos Protestos em São Paulo dia 17/06/2013

Estou acompanhando de perto os atos de São Paulo organizado pelo Passe Livre. E de arrepiar, sempre  participei de protestos e atos alguns fui para entender qual era o pensamento como a Marcha da maconha e o protesto dos estudantes da USP contra a PM, mas nunca imaginei que iria ver o que nesses dias tenho me emocionado de perto, multidão onde a tv manipuladora mente sobre o número de pessoas participantes lutando, em cada protesto não andamos menos que 4 horas bravamente pela melhoria no transporte e  na vida de nossa sociedade, amigos meus nos primeiros atos foram presos, outro atropelado deslocando o ombro, enfim guerreiros que não medem as consequências em busca de ajuda ao próximo já que suas vidas estão ganhas, e um dinheiro a mais sendo desviado por politico ou colocando nos impostos não ia atrapalhar nada em suas vidas,  busquemos o Pão da Vida, a palavra amiga, o encontro com Deus, o fortalecimento espiritual e politico dentro de nossas paroquias, para podemos sair sendo verdadeiros justos e cristãos, defensores da sociedade massacrada, contra todo opressor,  assim como Jesus nosso Salvador.
A Igreja precisa sair de suas paredes e ir de encontro ao pobre e não deixar se afetar pela maior doença de nossos tempos chamado egoísmo, que impera hoje em tantos lugares, não é questão de deixar Jesus Sacramentado sozinho no tabernáculo, abandonado em nossas paroquias, mas sim levar Ele em nosso coração em uma comunhão perfeita, levar  a Cristo para o lugar onde Ele nunca quis sair de perto, do pobre flagelado, Jesus se faz presente na Eucaristia, para assim se fazer em Comunhão conosco para no final ser a luz onde precisa e a salvação onde o pobre grita.
Podemos citar milhares de Santos revolucionários, pessoas que lutaram de forma pacifica pelo povo e foram o próprio povo em suas mortes, pessoas que se colocaram na frente de muitas Madalenas e Leprosos dos dias de hoje, VIVA DOROTHY STANG, VIVA DOM OSCAR ROMERO, VIVA TODOS MARTIRES DO POVO, bravos exemplos da IGREJA, exemplo de como agir.
Para terminar deixo aqui um poema  escrito pelo Dom Pedro Casaldáliga , homem que tanto nos orgulha pela sua luta social, poema feito pós renúncia do papa Bento XVI.

DEIXA A CÚRIA PEDRO:
Deixa a Cúria, Pedro,
Desmonta o sinédrio e as muralhas,
Ordene que todos os pergaminhos impecáveis sejam alterados
pelas palavras de vida e amor.
Vamos ao jardim das plantações de banana,
revestidos e de noite, a qualquer risco,
que ali o Mestre sua o sangue dos pobres.
A túnica/roupa é essa humilde carne desfigurada,
tantos gritos de crianças sem resposta,
e memória bordada dos mortos anônimos.
Legião de mercenários assediam a fronteira da aurora nascente
e César os abençoa a partir da sua arrogância.
Na bacia arrumada, Pilatos se lava, legalista e covarde.
O povo é apenas um “resto”,
um resto de esperança.
Não O deixe só entre os guardas e príncipes.
É hora de suar com a Sua agonia,
É hora de beber o cálice dos pobres
e erguer a Cruz, nua de certezas,
e quebrar a construção – lei e selo – do túmulo romano,
e amanhecer
a Páscoa.
Diga-lhes, diga-nos a todos
que segue em vigor inabalável,
a gruta de Belém,
as bem-aventuranças
e o julgamento do amor em alimento.
Não te conturbes mais!
Como você O ama,
ame a nós,
simplesmente,
de igual a igual, irmão.
Dá-nos, com seus sorrisos, suas novas lágrimas,
o peixe da alegria,
o pão da palavra,
as rosas das brasas…
… a clareza do horizonte livre,
o mar da Galileia,
ecumenicamente, aberto para o mundo.

Pedro Casaldáliga, Bispo.
#VEMPRARUA     #FORÇAJC      #EULUTOPORVC    #VCLUTAPORMIM     

 Aristides Neto

Responsável pela Comissão de Missões da Juventude Claretiana!

terça-feira, 18 de junho de 2013

                                              Ide ao Mundo

“Ó querido próximo, eu te amo por mil razões. Amo-te porque Deus assim o quer. Amo-te porque Deus me manda que te ame. Amo-te porque Deus te ama. Amo-te porque Deus te criou à sua imagem e te destinou para o céu. Amo-te porque foste redimido pelo Sangue de Jesus Cristo. Amo-te pelo muito que Jesus fez e sofreu por ti. E, como prova de meu amor por ti, suportarei por ti todas as dificuldades e trabalhos, até a morte, se for necessário. Amo-te porque Maria santíssima, minha queridíssima mãe, te ama. Amo-te porque és amado pelos anjos e santos do céu. Amo-te e, por este amor, te livrarei dos pecados e das penas do inferno. Amo-te e, por este amor, te instruirei e te mostrarei os males que deves evitar e as virtudes que deves praticar; enfim te acompanharei nos caminhos das boas obras rumo ao céu.” 
(Autobiografia Santo Antônio Maria Claret, pag. 200)

É comovente o AMOR que nosso querido santo fundador tinha por seu próximo. Doou sua vida para salvar outras, compreendeu o que é ser amado por Deus e a mensagem que Jesus veio trazer ao mundo. Soube viver e disseminar com mestria o Evangelho, fortificado pelo Espírito Santo e com a perspicácia de nossa mãe Maria.









Nos dias 7, 8 e 9 de Junho, o grupo JC da Paróquia Coração de Maria de Londrina, realizou pela segunda vez o encontro Ide ao Mundo. Foram 22 jovens inscritos.
Diante de uma sociedade movida pelo egocentrismo, somos convidados a nos espelhar em Claret e ir ao encontro dos mais necessitados. Há muitos famintos ao nosso redor, pessoas com sede de amor, de perdão, da Palavra e de dignidade.
Esse retiro é um convite a tomar como seu os problemas com os quais nos deparamos em nosso dia a dia. Entregar-se nas mãos de Jesus, para que faça de nós um instrumento afiado, pronto para ser lançado em missão.  
Durante o encontro, além dos momentos de reflexão pessoal e de exemplos de pessoas que fizeram a diferença, foram levantados problemas que convivemos em nossa cidade e gestos concretos para minimizá-los, dentre eles alguns serão escolhidos e realizados pelo grupo durante o ano.
Todos nós somos convidados a ser missionários. Filhos do Imaculado Coração de Maria, que ardem em caridade e abrasam por onde passam. Sejamos jovens dóceis e ousados, tomemos como responsabilidade nossa trazer Jesus ao mundo. Somos protagonistas de uma nova história e podemos fazer a diferença!
Santo Antônio Maria Claret
                                                                                                                                                                                  Rogai por nós

sábado, 15 de junho de 2013

"O que quer dizer 'Povo de Deus'" ?

ROMA, 12 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Publicamos a seguir a catequese do Papa Franscisco durante a Audiência Geral da Quarta-feira, na Praça de São Pedro: 
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Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje gostaria de concentrar-me brevemente sobre um dos termos com o qual o Concílio Vaticano II definiu a Igreja, aquele do “Povo de Deus” (cfr. Const. Dog. Lumen Gentium, 9; Catecismo da Igreja Católica, 782). E o faço com algumas perguntas, sobre as quais cada um poderá refletir.

1. O que significa dizer ser “Povo de Deus”? Antes de tudo quer dizer que Deus não pertence propriamente a algum povo; porque Ele nos chama, convoca-nos, convida-nos a fazer parte do seu povo, e este convite é dirigido a todos, sem distinção, porque a misericórdia de Deus “quer a salvação para todos” (1 Tm 2, 4). Jesus não diz aos Apóstolos e a nós para formarmos um grupo exclusivo, um grupo de elite. Jesus diz: ide e fazei discípulos todos os povos (cfr Mt 28, 19). São Paulo afirma que no povo de Deus, na Igreja, “não há judeu nem grego… pois todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gal 3, 28). Gostaria de dizer também a quem se sente distante de Deus e da Igreja, a quem está temeroso ou indiferente, a quem pensa não poder mais mudar: o Senhor chama também você a fazer parte do seu povo e o faz com grande respeito e amor! Ele nos convida a fazer parte deste povo, povo de Deus.

2. Como tornar-se membros deste povo? Não é através do nascimento físico, mas através de um novo nascimento. No Evangelho, Jesus diz a Nicodemos que é preciso nascer do alto, da água e do Espírito para entrar no Reino de Deus (cfr Jo 3, 3-5). É através do Batismo que nós somos introduzidos neste povo, através da fé em Cristo, dom de Deus que deve ser alimentado e crescer em toda a nossa vida. Perguntamo-nos: como faço crescer a fé que recebi no Batismo? Como faço crescer esta fé que eu recebi e que o povo de Deus possui?

3. Outra pergunta. Qual é a lei do Povo de Deus? É a lei do amor, amor a Deus e amor ao próximo segundo o mandamento novo que nos deixou o Senhor (cfr Jo 13, 34). Um amor, porém, que não é estéril sentimentalismo ou algo vago, mas que é o reconhecer Deus como único Senhor da vida e, ao mesmo tempo, acolher o outro como verdadeiro irmão, superando divisões, rivalidades, incompreensões, egoísmos; as duas coisas andam juntas. Quanto caminho temos ainda a percorrer para viver concretamente esta nova lei, aquela do Espírito Santo que age em nós, aquela da caridade, do amor! Quando nós olhamos para os jornais ou para a televisão tantas guerras entre cristãos, mas como pode acontecer isso? Dentro do povo de Deus, quantas guerras! Nos bairros, nos locais de trabalho, quantas guerras por inveja, ciúmes! Mesmo na própria família, quantas guerras internas! Nós precisamos pedir ao Senhor que nos faça entender bem esta lei do amor. Quanto é belo amar-nos uns aos outros como verdadeiros irmãos. Como é belo! Façamos uma coisa hoje. Talvez todos tenhamos simpatias e antipatias; talvez tantos de nós estamos um pouco irritados com alguém; então digamos ao Senhor: Senhor, eu estou irritado com esta pessoa ou com esta; eu rezo ao Senhor por ele e por ela. Rezar por aqueles com os quais estamos irritados é um belo passo nesta lei do amor. Vamos fazer isso? Façamos isso hoje!

4. Que missão tem este povo? Aquela de levar ao mundo a esperança e a salvação de Deus: ser sinal do amor de Deus que chama todos à amizade com Ele; ser fermento que faz fermentar a massa, sal que dá o sabor e que preserva da corrupção, ser uma luz que ilumina. Ao nosso redor, basta abrir um jornal – como disse – e vemos que a presença do mal existe, o Diabo age. Mas gostaria de dizer em voz alta: Deus é mais forte! Vocês acreditam nisso: que Deus é mais forte? Mas o digamos juntos, digamos juntos todos: Deus é mais forte! E sabem por que é mais forte? Porque Ele é o Senhor, o único Senhor. E gostaria de acrescentar que a realidade às vezes escura, marcada pelo mal, pode mudar, se nós primeiro levamos a luz do Evangelho sobretudo com a nossa vida. Se em um estádio, pensemos aqui em Roma no Olímpico, ou naquele de São Lourenço em Buenos Aires, em uma noite escura, uma pessoa acende uma luz, será apenas uma entrevista, mas se os outros setenta mil expectadores acendem cada um a própria luz, o estádio se ilumina.  Façamos que a nossa vida seja uma luz de Cristo; juntos levaremos a luz do Evangelho a toda a realidade.

5. Qual é a finalidade deste povo? A finalidade é o Reino de Deus, iniciado na terra pelo próprio Deus e que deve ser ampliado até a conclusão, até a segunda vinda de Cristo, vida nossa (cfr Lumen gentium, 9). A finalidade então é a comunhão plena com o Senhor, a familiaridade com o Senhor, entrar na sua própria vida divina, onde viveremos a alegria do seu amor sem medidas, uma alegria plena.
Queridos irmãos e irmãs, ser Igreja, ser Povo de Deus, segundo o grande desígnio do amor do Pai, quer dizer ser o fermento de Deus nesta nossa humanidade, quer dizer anunciar e levar a salvação de Deus neste nosso mundo, que muitas vezes está perdido, necessitado de ter respostas que encorajem, que dêem esperança, que dêem novo vigor no caminho. A Igreja seja lugar da misericórdia e da esperança de Deus, onde cada um possa sentir-se acolhido, amado, perdoado, encorajado a viver segundo a vida boa do Evangelho. E para fazer o outro sentir-se acolhido, amado, perdoado, encorajado, a Igreja deve estar com as portas abertas, para que todos possam entrar. E nós devemos sair destas portas e anunciar o Evangelho.

Fonte: www.zenith.org
Tradução Jéssica Marça / Cançao Nova


segunda-feira, 10 de junho de 2013


"O Senhor nos olha com misericórdia
Palavras do Papa

Francisco durante o Angelus
CIDADE DO VATICANO, 09 de Junho de 2013 - Publicamos aqui as palavras que o Santo Padre pronunciou às 12h de hoje aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro antes da habitual oração do Angelus.
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[Antes do Angelus]
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O mês de junho é tradicionalmente dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, a mais alta expressão humana do amor divino. Precisamente sexta-feira passada, de fato, celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Cristo, e esta festa dá o tom para todo o mês. A piedade popular valoriza muito os símbolos, e o Coração de Jesus é o símbolo por excelência da misericórdia de Deus; mas não é um símbolo imaginário, é um símbolo real, que representa o centro, a fonte de onde jorrou a salvação para toda a humanidade.

Nos Evangelhos encontramos várias referências ao Coração de Jesus, por exemplo, na passagem onde Cristo mesmo diz: "Vinde a mim, todos os que estais cansados ​​e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração "(Mt 11, 28-29). 

Chave, então, é a narração da morte de Cristo segundo João. Este evangelista de fato testemunha o que viu no Calvário, ou seja, que um soldado, quando Jesus já estava morto, perfurou o seu lado com a lança e daquela ferida saiu sangue e água (cf. Jo 19, 33-34). João reconheceu naquele sinal, aparentemente aleatório, o cumprimento das profecias: do coração de Jesus, Cordeiro imolado na cruz, jorra para todos os homens o perdão e a vida.

Mas a misericórdia de Jesus não é apenas um sentimento, é uma força que dá vida, que ressuscita o homem! É o que nos diz também o Evangelho de hoje, no episódio da viúva de Naim (Lucas 7, 11-17). Jesus, com seus discípulos, está chegando em Naim, uma aldeia da Galiléia, no exato momento em que acontece um funeral: é o enterro de uma menino, filho único de uma mulher viúva. Jesus fixa o olhar na mãe que chora. O evangelista Lucas diz: "Vendo-a, o Senhor foi movido de grande compaixão por ela” (v. 13). Esta "compaixão" é o amor de Deus pelo homem, é a misericórdia, ou seja a atitude de Deus em contato com a miséria humana, com a nossa indigência, o nosso sofrimento, a nossa angústia. O termo bíblico "compaixão" lembra o útero da mãe: a mãe, de fato, experimenta uma reação toda particular diante da dor dos filhos. Assim nos ama Deus, diz a Escrituta.

E qual é o fruto deste amor, desta misericórdia? É a vida! Jesus disse à viúva de Naim: "Não chores", e, em seguida, chamou o menino morto e o despertou como de um sono (cf. vv 13-15.). Achamos que isso é bonito: a misericórdia de Deus dá vida ao homem, o ressuscita da morte. O Senhor nos olha sempre com misericórdia; não esqueçamos, nos olha sempre com misericórdia, nos espera com misericórdia. Não tenhamos medo de aproximar-nos Dele! Tem um coração misericordioso! Se nós lhe mostramos as nossas feridas interiores, os nossos pecados, Ele sempre nos perdoa. É pura misericórdia! Vamos a Jesus!

Voltemo-nos à Virgem Maria: o seu coração imaculado, coração de mãe, vivenciou ao máximo a “compaixão” de Deus, especialmente na hora da paixão e da morte de Jesus. Que Maria nos ajude a ser mansos, humildes e misericordiosos com os nossos irmãos.

Fonte: www.zenit.org

sexta-feira, 7 de junho de 2013


DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE 
No dia 5.junho, estamos celebrando, a convite da Assembleia Geral das Nações Unidas, o DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE. Esta data foi proposta no dia 15-12-1972, com o objetivo de sensibilizar a opinião pública mundial a respeito dos temas ambientais. Cada ano, nesta data se realizam inúmeras atividades: manifestações e concentrações nas ruas, concertos ecológicos, painéis e murais nas escolas, plantação de árvores, campanhas de reciclagem de lixo, promoções comerciais que visam sustentabilidade, fóruns e discussões no mídia etc.
Nesta ano de 2013 o Dia Mundial do Meio Ambiente tem o seguinte lema: “PENSE. ALIMENTE-SE. ECONOMIZE”. Esta campanha tem por objetivo a redução das sobras de comida e as perdas de alimentos. Segundo a FAO, cada ano se desperdiçam 1,3 bilhões de toneladas de comida. Esta cifra equivale à produção alimentar de toda a África Subsahariana. Ao mesmo tempo, uma de cada sete pessoas do planeta sofre com a fome e mais de 20.000 crianças de menos de 5 anos morrem de fome diariamente.
A campanha “Pense. Alimente-se. Economize”, quer nos animar a agir. Quer que sejamos testemunhas de como certas decisões reduzem o volume de lixos e restos de comida, economizam dinheiro e diminuem o impacto no meio ambiente, da produção de alimentos. Se desperdiçamos comida, significa que todos os recursos empregados para produzi-la também são desperdiçados. Assim, por exemplo, produzir um litro de leite supõe gastar 1.000 litros de água ou produzir um hamburguer supõe 16.000 litros.. Definitivamente, se trata de que pensemos antes de nos alimentar e assim aeconomizemos para proteger o meio ambiente. Nosso planeta corre risco de sobrevivencia e se continuarmos consumindo os recursos globais, de modo desequilibrado como o fazemos hoje, podemos terminar com os mesmos em 50 anos. Se todos os seres humanos consumisse o que consome os 25% da população que compõe a clase consumista, necesitaríamos outros dois planetas semelhantes ao nosso.

Quando Deus criou o ser humano, o destinou como jardineiro, para converter a Terra num Paraíso: “o colocou no Édem para que o guardasse e cultivasse”. E não para destruir a terra e a usar de forma caótica. Nós, cristãos, não podemos ficar parados. Precisamos refletir sobre este tema e o modo de cuidar da Criação para que ela seja uma casa sustentável e capaz de acolher todos os seres vivos.

Em 2011, a Campanha da Fraternidade teve o tema FRATERNIDADE E A VIDA NO PLANETA, com o lema “A criação geme em dores de parto”. Incentivava a sociedade para a educação ambiental e a discussão em torno da vida no planeta: a Igreja Católica tem preocupação social e quer despertar as pessoas para a educação ambiental porque, a partir do nosso dia-a-dia, precisamos diminuir o consumo e tomar algumas medidas que impliquem em menos gasto e mais educação para a vida do nosso planeta.

A Campanha de 2011 teve estes objetivos e estratégias: *viabilizar meios para formação da consciência ambiental em relação ao problema do aquecimento global e identificar responsabilidades e implicações éticas; *promover a discussão sobre os problemas ambientais com foco no aquecimento global; *mostrar a gravidade e a urgência dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e articular a realidade local e regional com o contexto nacional e planetário; *trocar experiências e propor caminhos para a superação dos problemas ambientais relacionados ao aquecimento global. denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes do aquecimento global. Serão adotadas as seguintes estratégias: *Mobilizar pessoas, comunidades, Igrejas, religiões e sociedade para assumirem o protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas socioambientais decorrentes do aquecimento global. *Propor atitudes, comportamentos e práticas fundamentais em valores que tenham a vida como referência no relacionamento com o meio ambiente. *Denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes do aquecimento global.” (cf.: CNBB. Texto-Base. Brasília: Edições CNBB, 2010, p. 14).

Desejo que nossa sociedade tenha sensibilidade para ver a situação preocupante do meio ambiente. Que tenha discernimento para avaliar a realidade atual de forma comprometida. E que se promovam ações, com participação dos cidadãos, que ajudem a melhorar a vida do planeta para para toda a humanidade
.

Pe. Ronaldo Mazula, cmf