quarta-feira, 28 de agosto de 2013


"Os jovens de hoje não são tão superficiais como se diz deles", Papa Bento XVI no Youcat
Apresentação do livro "Inquietações de uma alma", de Jerônimo Lauricio, grande pioneiro na divulgação do YOUCAT no Brasil
Por Thácio Lincon Soares de Siqueira

Corria a Jornada Mundial da Juventude Rio2013. A alma inquieta por tudo o que Deus inspirava naqueles dias. Acompanhado de muitos peregrinos, paradoxalmente, era possível também experimentar o silêncio; silêncio, porém, diferente, preenchido por Cristo, pelas palavras do Papa, pelos testemunhos que se recebia a cada momento; tudo isso criava um ambiente muito propício para formular perguntas profundas no coração. O espírito sentia-se atraído às mais altas e puras montanhas da fé e cresciam com isso as “inquietações da alma”.
Certo dia, a fome já se fazia sentir quando procurei tranquilizá-la em um restaurante ali mesmo na orla de Copacabana. Encontrei-o quase vazio - ilusão de poucos minutos, já que uma multidão de mais de três milhões de jovens começava a sentir o mesmo que eu.
Foi aí, nesse restaurante, que escutei um “bom dia”, seguido do meu nome. Vinha de um rapaz educado, alegre, muito simpático, que irradiava uma fé límpida e profunda. E repetiu o meu nome, pois tinha me reconhecido pela foto do facebook. Vinha acompanhado de um jovem estrangeiro voluntário na JMJ. Sentamos na mesma mesa e começamos a conversar, enquanto esperávamos os nosso pedidos, que de fato, demorou...
Aquele era mais um dos tantos amigos que fazia na JMJ, pensei. Porém, ao final do almoço ganhei de presente um livro que iria registrar de modo especial aquele encontro. O nome do livro: “Inquietações de uma alma” e o autor, Jerônimo Laurício. Até dedicatória recebi.
Me surpreendi pelo título e que Jerônimo Laurício era esse jovem e simpático rapaz que tinha almoçado comigo, autor do livro e do presente que acabava de receber. Chamou-me a atenção tudo isso porque o título do livro era como uma resposta providencial de leitura para o que se vivia na JMJ: “Inquietações de uma alma”.
Bernhard Meuser, jornalista alemão, conhecido escritor católico na área de Espiritualidade, coautor e editor chefe do YOUCAT escreveu o prefácio da obra. Bernhard agradece “de coração ao meu amigo Jerônimo pelo gigantesco trabalho pioneiro na divulgação do YOUCAT no Brasil”, além de que “Seu próprio livro é o testemunho de uma grande alma e de uma mente afiada.”
“Inquietações de uma alma, entre a sabedoria da pergunta e o silêncio inteligente”, é mais do que um simples livro, porque pode se tornar um excelente exercício de reflexão pessoal, no silêncio, mas, não só no silêncio, em um “silêncio inteligente”.
Trata-se de 22 cartas escritas para o leitor. De forma progressiva, cada capítulo termina com o exercício desse “silêncio inteligente”, suscitando na alma questionamentos profundos e existenciais que convidam a ir à águas mais profundas, respeitando o tempo do espírito, quase de forma imperceptível.
“Diante de tantos recursos tão rápidos e eficientes neste universo da comunicação, corremos o risco de deixar nossa ‘amiga cartinha’ no porão das nossas relações”, escreve Jerônimo na primeira carta intitulada “O homem como uma pergunta”. Como dizia Platão: “Uma vida não questionada não merece ser vivida”.
Cada uma dessas cartas traz uma marca do Papa emérito Bento XVI, por meio de um texto selecionado do pontífice, porque “para perguntas últimas só cabem respostas últimas” e como dizia o Papa Bento, e citado na obra de Jerônimo na primeira carta: “Não nos cansemos na busca da Verdade. Ao contrário, permaneçamos a caminho como os grandes que ao longo da história lutaram e procuraram, com as suas respostas e com suas inquietações pela Verdade. E eles compreenderam e nos ensinaram que ela está semper para além de cada resposta individual.”
Fica aí uma sugestão para os nossos leitores, “Inquietações de uma alma”, Jerônimo Lauricio, editora Palavra e Prece, pode ser adquirido pelo site: www.palavraeprece.com.br

FONTE: www.zenit. org

segunda-feira, 26 de agosto de 2013


Aos catequistas, com gratidão!
Poderíamos dizer muitas coisas, palavras eloquentes e profundas, mas uma só é necessária: Deus lhe pague!
Por Dom Orani Tempesta, O.Cist.

Logo depois de termos celebrado a Semana Nacional da Família, quando nossas famílias foram convidadas a serem transmissoras da nossa fé, dentro do tema do Mês das Vocações que está em sintonia com o tema da JMJ Rio 2013, gostaria de fazer chegar a todos os catequistas uma mensagem especial pelo seu dia, neste último final de semana de agosto, refletindo acerca de sua importante missão. Catequista, você é uma pérola especial e um tesouro para Deus e sua amada Igreja. Asua singular vocação foi gerada no coração de Deus Pai, para que pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da vida – Jesus Cristo. Catequista, você não é apenas um transmissor de ideias, conhecimentos, doutrina ou, mais ainda, um professor de conteúdos e teorias, mas é um canal da experiência viva do encontro intrapessoal com a pessoa de Jesus Cristo.
Essa experiência é comunicada pelo Ser, Saber e Saber Fazer em comunidade, no coração da missão catequética. O ser e o saber do catequista se fundamentam numa dinâmica divina pautada na espiritualidade da gratuidade, da confiança, da entrega, da certeza de que somos impulsionados pelo Espírito Santo, fortalecidos pelo Cristo e amparados pelo Pai.

Catequista, com certeza são muitos, grandes e difíceis os desafios hoje de nossa catequese. Vivemos numa realidade que muitas vezes é contrária àquilo que anunciamos em nossa missão de levar e testemunhar a mensagem de Jesus Cristo. Mas temos a certeza de que não caminhamos sozinhos, somos assistidos pela grande catequista, a Virgem Santíssima.

Por isso, peço-lhe que a experiência do encontro com Jesus Cristo seja a força motivadora capaz de lhe trazer o encantamento por esse fascinante caminho de discipulado, cheio de desafios, mas que o faz crescer e acabam gerando profundas alegrias."A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com o fim de iniciá-los na plenitude da vida cristã" (CT). Ensina o Catecismo da Igreja Católica: "no centro da catequese encontramos essencialmente uma Pessoa, a de Jesus Cristo de Nazaré, Filho único do Pai...”(cf CIC 1992). A finalidade definitiva da catequese é levar à comunhão com Jesus Cristo: só Ele pode conduzir ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade. Todo catequista deveria poder aplicar a si mesmo a misteriosa palavra de Jesus: 'Minha doutrina não é minha, mas Daquele que me enviou' (Jo 7,16) (CIC, 426-427).

Catequista, acolha, neste dia, nosso afetuoso abraço de gratidão de nossa amada mãe Igreja, nos seus bispos, padres e de milhares de pessoas, vidas agradecidas pela sua presença na educação da fé de nossos catequizandos, crianças, adolescentes, jovens e adultos. Em sua ação se traduz, de uma forma única e original, a vocação da Igreja-Mãe que cuida maternalmente dos filhos que gerou na fé, pela ação do Espírito.
Parabéns catequistas!

Poderíamos dizer muitas coisas, palavras eloquentes e profundas, mas uma só é necessária: Deus lhe pague! E que a Força da Palavra continue a suscitar-lhe a fé e o compromisso missionário!
Que a comunidade continue sendo o referencial da experiência do encontro com Cristo naqueles que sofrem, naqueles que buscam acolhida e necessitam ser amados, amparados e cuidados.

A ternura amorosa do Pai, a paz afável do Filho e a coragem inspiradora do Espírito Santo que cuida com carinho dos seus filhos e filhas, que um dia nos chamou a viver com alegria a vocação de catequista discípulo missionário, estejam na sua vida, na vida da sua comunidade hoje e sempre!


† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

terça-feira, 20 de agosto de 2013


"Inaceitável é a compreensão da laicidade do Estado que exclui completamente a religiosidade e sua vivência"
Dom Walmor, arcebispo de Belo Horizonte, reflete sobre o Estado e a religião

A laicidade do Estado tem sido um tema recorrente nos debates e abordagens. As necessárias evoluções no entendimento sobre o Estado e a realidade religiosa justificam essas reflexões. No caso da sociedade brasileira, a religiosidade é constitutiva, independentemente das singularidades confessionais. Não se pode desconhecer e desconsiderar as raízes cristãs no nascedouro e nos desdobramentos da história da nossa sociedade. Ignorar essa importância é uma postura preconceituosa, que considera a religião como elemento descartável ou de pouca valia. Trata-se de uma avaliação que revela estreitamentos da racionalidade.

Como antidoto para essa distorcida visão, é preciso reconhecer a importância da fé cristã católica como elemento que sustenta crescimentos, avanços e configurações culturais de muita importância para o nosso país.  Certamente, nesse horizonte de compreensão, é que se afirma como um dito incontestável “que o Estado é laico, mas o povo é religioso”. E o povo constitui a nação à qual o Estado está a serviço, com o compromisso de edificar e manter uma sociedade justa e solidária.

Povo é mais do que Estado, que é uma configuração sociopolítica a serviço do bem comum de uma nação, em respeito e obediência a princípios advindos da justiça, da verdade, do amor e do bem de todos. Nessa direção, portanto, não é inteligente confrontar como opostas e inconciliáveis as categorias Estado e religiosidade. A distinção é benéfica e necessária para não incorrer em misturas indevidas. Contudo, colocar essas dimensões como antagônicas é confrontar-se diretamente com o povo, a partir de uma perspectiva preconceituosa.

Trata-se de uma grande incoerência pensar o Estado como instância prestadora de serviço ao bem comum que, ao mesmo tempo, deve discriminar a religiosidade, uma dimensão importante na inteireza da vida cotidiana. Infelizmente, essa discriminação acontece de muitas maneiras. Um claro exemplo ocorre quando o Estado, por compreensões equivocadas de gestores, propõe restrições legais ao uso de espaços por instituições religiosas. É obvio que a normatização é necessária para se evitar abusos ou mau uso de espaços públicos. Sem definições regulatórias, uma sociedade plural, marcada pelo sentido de liberdade e autonomia, não pode funcionar adequadamente. Contudo, não se pode chegar ao absurdo de considerar a laicidade do Estado como uma oposição a tudo o que diz respeito à religiosidade.

É verdade que há de se considerar a seriedade de cada confissão religiosa numa sociedade plural. A própria legislação proporciona esse discernimento, com emissão de juízos de valor a respeito de igrejas e grupos religiosos. Inaceitável é a compreensão da laicidade do Estado que exclui completamente a religiosidade e sua vivência. Quem perde, obviamente, é o povo e o próprio Estado, que não se permite intercambiar com uma força que muito o ajuda na promoção do bem comum. Imagine se a Igreja Católica, por exemplo, deixasse de prestar os serviços sociais que oferece. Incontáveis iniciativas, muitas ainda desconhecidas, realizadas nas periferias, em áreas urbanas e rurais, com grande impacto, sobretudo, na vida dos pobres. Certamente os reflexos seriam muito negativos para um Estado que deve buscar o bem de todos.

A laicidade configura o Estado não como oposição à religiosidade. É um parâmetro que deve ajudar na distinção entre Estado e outras instituições, como os próprios partidos políticos, atualmente tão questionados no núcleo central de sua significação, representatividade, competência nas abordagens ideológicas e debates em vistas do bem comum. Nenhum partido pode se considerar “dono do Estado”, impondo sua própria ideologia.  Além disso, a máquina de governo que um Estado precisa não pode ser “cabide de emprego”, “trampolim de promoção pessoal” e mecanismo de favorecimentos. A laicidade, quando bem entendida, não deixa que o Estado seja manipulado, permitindo, assim, um eficiente serviço ao seu povo.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte 
Fonte: www.zenith.org

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

PARABÉNS Padre, Amigo e Pai FERNANDO



É muito bom contar com um pastor que não foge a sua vocação tendo assim o cheiro de suas ovelhas e que nunca se ausenta da busca daquelas que se colocam longe do redil do Senhor. Deus em sua infinita bondade e providência soube conduzir o coração de um jovem paulistano até a sua vocação e hoje o Senhor pretende confirmá-la por meio do seu amor manifestado pelos jovens os quais sempre acolheu. Parabenizamos hoje o amigo e padre Fernando Henrique Alves por seu aniversário, homem que arde em caridade.

Comemoramos o aniversário de uma pessoa que tem exercido um papel muito importante para a Juventude Claretiana. Contribuiu, nestes últimos anos, para a união de jovens de todo o Brasil, e também do mundo, desde a JMJ2011 e depois os primeiro e segundo ENJC e ainda na linda JMJ que vivenciamos nos últimos dias em Rio de Janeiro. Assim como Claret, sofreu perseguições, mas nem por isso abaixou a cabeça. Nunca desistiu de seus ideais, continuou acreditando nos projetos que pareciam impossíveis e com sua perseverança contagiou as pessoas ao seu redor.Louvamos a Deus pela vida, e vida de entrega aos irmãos, do querido padre Fernando Henrique Alves.


Assinado Conselho da Juventude.






quarta-feira, 14 de agosto de 2013


FAMILIA CLARETIANA SEM FRONTEIRAS

  Olá querida Juventude! Nestes dias estivemos tendo a Jornada Mundial da Juventude em Família Claretiana, a qual tivemos a oportunidade de confraternizar e partilhar o que temos de melhor, a nossa vida e missão neste lindo chão. Estou compartilhando com vocês a avaliação final realizada pelo Pe. Juan Carlos Martos, CMF que esteve abrilhantando nosso encontro. Que esta carta seja motivo de alegria para nós que realizamos o primeiro encontro a nível mundial em pouco tempo. O Departamento Juvenil dos Missionários Claretianos só possuem dois anos de existência e estamos tendo grandes frutos com os inúmeros trabalhos. Esta mensagem vem render graças pelo que é feito a nossa querida Juventude. Parabéns a todos os envolvidos e continuemos a lutar pela juventude, pela alegria das flores e para que os jovens sejam respeitados dentro de suas realidades e esferas de vida. 

O que vimos nestes dias? Convivemos com 500 jovens entusiastas de três continentes. Representavam uma dezena de países falando suas línguas respectivas e  um único objetivo: Encher-se do Espírito para ser enviados pelo Senhor à missão que Ele confiou-nos e realizá-la  ao estilo de Claret. Este foi o propósito comum ao participar desta JMJ em suas duas etapas: A JMJ claretiana e a JMJ oficial.
Os jovens peregrinos participantes mostraram de um jeito forte e entusiasta não só que necessitamos viver unidos à Igreja, mas que podemos caminhar juntos como  Família Claretiana jovem. Os dias de convívio no Rio de Janeiro foi uma oportunidade de comprovar isso com fatos, não com meras declarações e intenções.
Encerramos a JMJ com um dia em Família claretiana onde realizamos um retiro para assimilar o que foi vivenciado durante a JMJ antes do  retorno aos seus lugares de origem. Ficou evidenciado esta vivência como um  marco vocacional. Com a celebração da missa, num espaço de festa e saudades, nos despedimos com o compromisso de ser missionários. Se for a vontade de Deus, nos encontraremos em, 2016 em Cracóvia.
Como fazer um resumo de toda a vivência destes dias carregados de emoções profundas e fé? Qual a mensagem que se  pode recolher desta experiência celebrada como Família claretiana? Fazendo eco de tudo o visto, sentido e ouvido atrevo-me a sugerir o seguinte:
- É importante que melhoremos nossos métodos de coordenar e organizar. Necessitamos aprender e fazer melhor as coisas. Isso é verdade. Embora não seja o mais importante e decisivo. Não obstante, constatamos que o BEM que a JMJ fez para  todos os nossos jovens e responsáveis foi determinante. Como uma catapulta, a JMJ+FC nos lança a implicarmos mais em nossas pastorais juvenis. Quando ao longo destes dias experimentávamos o caos, as improvisações, desajustes, o frio inesperado, tantas coisas aparentemente negativas... Aconteceu “uma coisa nova”  que nos levou a transcendê-las. E os “ obstáculos”, transformaram-se em oportunidades para crescer. O Espírito Santo se presentificou em cada um e em todos os que estávamos lá. Comprovamos que esse Espírito ninguém pode detê-lo. É maior e mais poderoso que as dificuldades, imprevistos e deficiências da nossa gestão. Nossas limitações, não devem jamais convencer-nos de não levar adiante um trabalho verdadeiro com estas novas gerações que tem fome do evangelho. Nada poderá nos deter!
- Sentimo-nos identificados com o Papa Francisco. Somos testemunhas de como suas palavras e atitudes atingiram os nossos jovens. Seu discurso claro, profundo, profético, luminoso, humilde, evangélico, sinalava o caminho reto... O Papa não julgou os jovens nem a nós, seus educadores. Acusação pelos defeitos jamais será o método para construir. Abriu as portas apontando horizontes. Aproximou-se de todos, evitando a “papolatria” (os shows) para fazer-se pastor e pai de todos. Aos jovens gritou fortemente qual é o caminho. Primeiro: “Organizem uma grande bagunça, não nos deixem tranqüilos.” Segundo: “Cuidem da eucaristia, da oração e do serviço aos demais”. A revolução da espiritualidade e do serviço é agora o objetivo. Haverá quem desprecie o desafio?
- Todos estes dias, vivemos submergidos num imenso mar de jovens qual fluxo nos levava adiante. Ninguém podia parar a multidão incontável que passou dos três milhões. Gritavam com freqüência e na diversidade de idiomas: “esta é a juventude do Papa”. O que nos estão dizendo? Ofereço uma interpretação. Dentro de uma semana, os entusiasmos se terão extinguido e com certeza já não cantarão mais este lema. Oxalá que não se calem nem extingam as convicções de que não podemos viver só. A vida cristã ou a vivemos com os outros –com o povo- ou não existe. Porque não somarmos a uma cadeia de vida, compartilhada por muitos, que nos impulsionam a continuar adiante e que nos segurem nas dificuldades? Porque não deixar de uma vez o individualismo e o isolamento pastoral? ... Não é possível viver uma vida cristã jovem (ou adulta, idosa) isolada o como uma ilha. Somos convidados outra vez a partilhar este algo muito maior que está acontecendo agora nesta nossa igreja.
Hoje é um suicídio distanciarmo-nos dos jovens por medo (acreditar que eles nos repelem porque somos muito diferentes), por complexo de incapacidade (acreditar que não sabemos ajudá-los) ou por complexo de culpabilidade (acreditar que não somos o suficiente bom para eles). “A fuga iuventutis” pode ser uma reedição de uma grave “fuga mundi” que hoje ofende a Deus.
- Se conseguirmos aproximarmo-nos e permanecermos junto aos jovens, eles vão se converter. Os jovens são os nossos mestres. Eles nos tiram das nossas comodidades e rotinas, denunciam nossas incoerências, mobilizam nossa consciência, fazem-nos perguntas difíceis, colocam-nos metas, exigem e motivam-nos a ir em frente. Querem sim que partilhemos com eles, fazem com que demos o melhor de nós mesmos... E nos pedem viver em radicalidade e santidade o seguimento de Jesus como seus discípulos e missionários.
- O carisma claretiano está muito vivo. Nossos jovens participantes saíram apaixonados por Claret. Temos agora a obrigação de não decepcioná-los. Não podemos permitir que por mais difícil, sacrificado e laborioso que seja deixarmos de vivenciar como Família Claretiana um futuro compartilhado com e para os nossos jovens. Nossa família claretiana está “em construção”... Não queremos que ela dê por antecipação o que ainda não consegue dar... Todos e todas temos que mudar muitas coisas. Não nos eximimos da responsabilidade de oferecer nossos ombros e nosso apoio para demonstrar aos nossos jovens que cada ramo da nossa família é depositaria de um esplendido e atual carisma. Será sem dúvida um elemento insubstituível de criação de uma cultura vocacional claretiana.
Juan Carlos Martos cmf





segunda-feira, 12 de agosto de 2013


Olá Juventude!!!

Nestes dias fomos todos surpreendidos com a belíssima repercussão da visita papal em nosso país e de forma especial, a movimentação juvenil entre todos os estados da Federação para tamanho encontro com o representante de Cristo Jesus entre nós. 
Mas também após alguns dias, foi aprovado o Estatuto da Juventude, que para muitos foi uma verdadeira revolução no que tange aos direitos e deveres da Juventude Nacional. Mas diante destes momentos de euforia, gostaria de leva-los a uma pequena reflexão sobre este "avanço para a juventude" e utilizando este canal, gostaria de realizar alguns questionamentos, se me permitem! 

No primeiro instante, convido você a ler o Estatuto da Juventude que se encontra na pagina da Casa Civil  http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm e após refletirmos alguns pontos, que o Wilson, formado em Direito, ressaltou a mim em algumas conversas sobre o assunto. A ideia deste artigo é suscitar o conhecimento de um Estatuto que estava a tempos parados, e por conta da movimentação juvenil destes últimos mês é sancionado pela presidente. 

Além disto, muitas coisas inscritas neles são bem genéricas e vão contra o pensamento mundial, por exemplo a idade da juventude para a ONU é de 15 a 24 anos como atesta o site e alguns documentos http://www.unric.org/html/portuguese/ecosoc/youth/Jovens-3.pdf. E para nós Brasileiros entre 15 a 18 anos o jovem está mais para o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) do que para o Estatuto da Juventude, como segue abaixo! 

"A Assembleia Geral da ONU definiu a juventude, pela primeira vez, em 1985 para o Ano Internacional da Juventude. Ao subscrever as diretrizes para o planeamento posterior e o acompanhamento adequado no setor da juventude, a Assembleia, para fins estatísticos, definiu como jovens as pessoas entre os 15 e os 24 anos, sem prejuízo de outras definições de Estados Membros. Quando a Assembleia Geral aprovou o Programa Mundial de Ação para a Juventude até ao Ano 2000 e Posteriormente, reiterou que a Assembleia Geral definia a juventude como a coorte etária 15-24. No entanto, acrescentou que, para além da definição estatística do termo juventude referida atrás, o sentido do termo juventude variava em diferentes sociedades em todo o mundo e que as definições de juventude haviam mudado continuamente como resposta a flutuações das circunstâncias políticas, econômicas e socioculturais". 


No segundo momento gostaria de utilizar de uma reflexão realizada entre eu e o Wilson sobre alguns pontos que para um simples leigo como eu, que não compreende as leis e normas e como são criadas podem levar a um erro muito genérico e profundo. 

Vejamos os incisos III e VI do artigo 18, do Estatuto da Juventude parece impor a "Cultura Gay" na perspectiva mais negativa do termo "Lobby Gay", como o Papa chamou nestes dias em que esteve em visita apostólica no Brasil.

Outra coisa que ficou muito "estranha" no Estatuto é a criação do "Conselho da Juventude"que é bem parecido, pela sua forma de organização e competências, com o famoso Conselho Tutelar. Parece que aqui temos um pequeno cabide de emprego? 

Na terceira linha de nossa reflexão, é sobre o Artigo 23 do Estatuto que trata da meia entrada. Da forma como está redigido ficou muito confuso:  tem direito à meia entrada todo jovem carente de menos de 29 anos, ou só os jovens carentes de 29 anos que são estudantes? O regulamento que trata o Artigo é para os estudantes ou para esse os jovens de 29 anos carentes? Quem fiscalizará se atingiu ou não os 40% de meia entrada? Pedindo maiores esclarecimentos sobre este ponto com  Wilson o mesmo relatou:  "A redação confusa não é um erro! Em Direito, e principalmente no Brasil que tem a melhor redação de leis do mundo (e é um fato mesmo, não é ironia). Sabemos que um artigo mal escrito pode ser fruto de divergência parlamentar, ou  para permitir a ação dos lobbies junto ao Executivo na regulamentação, ou ainda, impor longas batalhas judiciais. Imagine que uma lacuna dessa descambe  numa guerra de liminares e ações que impediriam por um bom tempo a meia entrada."

Bem gostaria de agradecer as pessoas que auxiliaram a escrever este pequeno artigo no calor das discussões, e convido você, querido jovem a buscar mais informações sobre o mesmo, para que nao sejamos "Manipulados"como teme o sumo Pontificie e nos alertou para isto na entrevista que concedeu ao repórter Gerson Camarotti a TV Globo! 

Abraços e boa Reflexão! 

Fernando Henrique Alves, cmf
Wilson Henrique Santos Gomes (ENS e Ejoquiano) 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013


Jovens de diversos países se reúnem para o Encontro da Juventude da Família Claretiana

Foram 478 inscrições de jovens e lideranças juvenis, para o encontro da Jornada Mundial da Juventude em Família Claretiana (JMJ+FC). Com o tema: “Claret: Missão e Profecia na América Latina” e o lema: “Jovem, a missão urge!” esse evento, que precede e prepara para a Jornada Mundial da Juventude, propicia um momento forte de espiritualidade e aprofundamento no carisma de Santo Antonio Maria Claret, vivenciado desde sua experiência Latino-americana, na Ilha de Cuba.
Desde o dia 12 de julho os peregrinos começaram a chegar na Paróquia Basílica do Imaculado Coração de Maria, no Bairro do Méier, zona norte do Rio de Janeiro. Vindo de diversos países, estes jovens participam de comunidades paroquiais, de colégios e outras atividades atendidas pelos Missionários Claretianos, pelas Religiosas Missionárias de Maria Imaculada, Missionárias de Santo Antonio Maria Claret, Filiação Cordimariana e Leigos Claretianos. O carisma de Santo Antonio Maria Claret une a todos no ideal de dilatar o Reino de Deus.

Muita integração, festa e amizade! O primeiro dia do Encontro Mundial da Juventude Claretiana

O dia 20 de julho, sábado, primeiro dia do Encontro Mundial da Juventude Claretiana marcou os jovens presentes pela descontração, integração, amizade. Durante o dia, reunidos na Escola Coração de Maria, nos arredores da Paróquia, os jovens foram motivados para integrarem entre os diversos grupos e buscarem o conhecimento de si e das culturas presentes. 
Divididos em grupos, que foram chamados de comunidades, puderam conhecer-se e expressar seus anseios e desejos para este grande encontro. Na parte da tarde, foram conduzidos a dinâmicas e vivências que os ajudou compreender o sentido de sua missão no mundo, como Igreja e participantes do carisma de nosso fundador. Às 17h, todos se dirigiram para a Basílica do Coração de Maria, onde participaram da Santa Missa presidida pelo Superior Provincial, P. Marcos Loro, e concelebrada por diversos sacerdotes cordimarianos.
Depois da Festa da Palavra e do Corpo e do Sangue do Senhor, todos voltaram para o Colégio. Depois da janta, os paroquianos aqui do Méier, fizeram uma surpresa para nossos jovens: um grupo de dança típicas portuguesas chamou todos para a dança. Mas, a surpresa maior estava por vir. Na terra do samba, nossos irmãos cariocas não poderiam deixar de nos brindar com tamanha alegria: a escola de Samba Unidos do Jacarezinho corou a noite com muita amizade na cabeça e samba no pé. Encerrando a noite, o jovem Neto, membro da pastoral juvenil da Paróquia Coração de Maria de São Paulo, encarnou o Palhaço Costelinha com um show de variedades e muita alegria, mostrando o seu trabalho como reeducador social.

Os jovens evangelizam no calçadão de Copacabana no segundo dia do Encontro Mundial da Juventude Claretiana

No domingo, logo cedo, às 8h30, nossos jovens participaram da Santa Missa. Depois, no Colégio Coração de Maria, receberam animação missionária e de evangelização, com orientações sobre a atividade que se realizaria pela tarde.
Depois do almoço, partindo do Forte de Copacabana, percorreram o calçadão em 16 grupos. Num grande clima de alegria, divulgaram a Jornada Mundial de Juventude e evangelizaram as pessoas que encontraram pelo caminho, com um sorriso, abraço e benção de Deus.

Dia livre para passeios e para organizar-se para participar da Jornada Mundial da Juventude

O dia 22, segunda-feira, foi tranquilo para alguns e muito agitado para outros. Muitos aproveitaram o dia para passear, conhecer o Cristo Redentor e outros pontos turísticos da Cidade Maravilhosa. Outros enfrentaram filas para retirar os kits e credenciais para participar da Jornada Mundial da Juventude. Como parte da JMJ+FC, tivemos apenas a oração da manhã e a missa ao final do dia, presidida pelo Pe. Juan Carlos Martos, responsável pela animação vocacional dos Missionários Claretianos. Momento marcante na Eucaristia foi o convite realizado pelo Pe. Juan Carlos aos jovens, para que se achegassem à cruz e realizassem em um momento de silêncio e oração o oferecimento da própria vida. A grande maioria realizou o gesto e muitos com muita piedade e comoção. E como lembrou Pe. Martos até agora vivíamos como Família Claretiana, no próximo dia somos chamados a viver com Igreja, a mesma alegria que nos marcou até agora.
Os trabalhos e vivências como juventude claretiana reiniciam-se no dia 28 pela noite e seguem até a noite do próximo dia. No dia 30 e seguintes todos retornam para seus lugares de origem.

Veja abaixo os números dos peregrinos da JMJ+FC:

Por local de origem

Cidade
Participantes
Brasil
304
Ribeirão Preto – SP
47
Londrina – PR
39
Brasília – DF
36
Rio de Janeiro – RJ
35
Pinhais – PR
22
Goiânia – GO
20
Santos – SP
18
Batatais – SP
17
São Paulo – SP
13
Curitiba – PR
12
Murici – AL
10
Belo Horizonte – MG
9
Goianésia – GO
5
Rio Claro – SP
5
Clevelândia – PR
3
Contagem – MG
3
Taguatinga – DF
3
Pouso Alegre – MG
3
Seringueiras – RO
2
São Miguel do Guaporé - RO
1
Guarulhos – SP
1



País
Participantes
Estrangeiros
174

Argentina
47

Venezuela
36

Estados Unidos
23

Peru
14

Chile
11

Bolívia
8

France
7

Portugal
7

Costa Rica
5

Guatemala
5

Equador
4

Colômbia
3

Costa do Marfim
1

Moçambique
1

Itália
1

Nigéria
1



Total Geral
478
Clique no link a seguir para ver este dados num mapa <http://goo.gl/hN1MnK>.

Por idade e sexo:

feminino
masculino
Total
14 e 15 anos
18
9
27
16 e 17 anos
58
45
103
De 18 a 25 anos
76
68
144
De 26 a 35 anos
29
34
63
De 36 a 49 anos
21
22
43
Acima 50 anos
16
5
21
não informado
41
36
77
Total
259
219
478

Curta a página da JM+FC no Facebook para ver mais fotos sobre o evento: www.facebook.com/jmjfc2013.







Por: Imprensa Claretiana (Pe. Cláudio Scherer, cmf) e Comunicações JMJ+FC (Pe. Almir Borges, cmf)