quarta-feira, 14 de agosto de 2013


FAMILIA CLARETIANA SEM FRONTEIRAS

  Olá querida Juventude! Nestes dias estivemos tendo a Jornada Mundial da Juventude em Família Claretiana, a qual tivemos a oportunidade de confraternizar e partilhar o que temos de melhor, a nossa vida e missão neste lindo chão. Estou compartilhando com vocês a avaliação final realizada pelo Pe. Juan Carlos Martos, CMF que esteve abrilhantando nosso encontro. Que esta carta seja motivo de alegria para nós que realizamos o primeiro encontro a nível mundial em pouco tempo. O Departamento Juvenil dos Missionários Claretianos só possuem dois anos de existência e estamos tendo grandes frutos com os inúmeros trabalhos. Esta mensagem vem render graças pelo que é feito a nossa querida Juventude. Parabéns a todos os envolvidos e continuemos a lutar pela juventude, pela alegria das flores e para que os jovens sejam respeitados dentro de suas realidades e esferas de vida. 

O que vimos nestes dias? Convivemos com 500 jovens entusiastas de três continentes. Representavam uma dezena de países falando suas línguas respectivas e  um único objetivo: Encher-se do Espírito para ser enviados pelo Senhor à missão que Ele confiou-nos e realizá-la  ao estilo de Claret. Este foi o propósito comum ao participar desta JMJ em suas duas etapas: A JMJ claretiana e a JMJ oficial.
Os jovens peregrinos participantes mostraram de um jeito forte e entusiasta não só que necessitamos viver unidos à Igreja, mas que podemos caminhar juntos como  Família Claretiana jovem. Os dias de convívio no Rio de Janeiro foi uma oportunidade de comprovar isso com fatos, não com meras declarações e intenções.
Encerramos a JMJ com um dia em Família claretiana onde realizamos um retiro para assimilar o que foi vivenciado durante a JMJ antes do  retorno aos seus lugares de origem. Ficou evidenciado esta vivência como um  marco vocacional. Com a celebração da missa, num espaço de festa e saudades, nos despedimos com o compromisso de ser missionários. Se for a vontade de Deus, nos encontraremos em, 2016 em Cracóvia.
Como fazer um resumo de toda a vivência destes dias carregados de emoções profundas e fé? Qual a mensagem que se  pode recolher desta experiência celebrada como Família claretiana? Fazendo eco de tudo o visto, sentido e ouvido atrevo-me a sugerir o seguinte:
- É importante que melhoremos nossos métodos de coordenar e organizar. Necessitamos aprender e fazer melhor as coisas. Isso é verdade. Embora não seja o mais importante e decisivo. Não obstante, constatamos que o BEM que a JMJ fez para  todos os nossos jovens e responsáveis foi determinante. Como uma catapulta, a JMJ+FC nos lança a implicarmos mais em nossas pastorais juvenis. Quando ao longo destes dias experimentávamos o caos, as improvisações, desajustes, o frio inesperado, tantas coisas aparentemente negativas... Aconteceu “uma coisa nova”  que nos levou a transcendê-las. E os “ obstáculos”, transformaram-se em oportunidades para crescer. O Espírito Santo se presentificou em cada um e em todos os que estávamos lá. Comprovamos que esse Espírito ninguém pode detê-lo. É maior e mais poderoso que as dificuldades, imprevistos e deficiências da nossa gestão. Nossas limitações, não devem jamais convencer-nos de não levar adiante um trabalho verdadeiro com estas novas gerações que tem fome do evangelho. Nada poderá nos deter!
- Sentimo-nos identificados com o Papa Francisco. Somos testemunhas de como suas palavras e atitudes atingiram os nossos jovens. Seu discurso claro, profundo, profético, luminoso, humilde, evangélico, sinalava o caminho reto... O Papa não julgou os jovens nem a nós, seus educadores. Acusação pelos defeitos jamais será o método para construir. Abriu as portas apontando horizontes. Aproximou-se de todos, evitando a “papolatria” (os shows) para fazer-se pastor e pai de todos. Aos jovens gritou fortemente qual é o caminho. Primeiro: “Organizem uma grande bagunça, não nos deixem tranqüilos.” Segundo: “Cuidem da eucaristia, da oração e do serviço aos demais”. A revolução da espiritualidade e do serviço é agora o objetivo. Haverá quem desprecie o desafio?
- Todos estes dias, vivemos submergidos num imenso mar de jovens qual fluxo nos levava adiante. Ninguém podia parar a multidão incontável que passou dos três milhões. Gritavam com freqüência e na diversidade de idiomas: “esta é a juventude do Papa”. O que nos estão dizendo? Ofereço uma interpretação. Dentro de uma semana, os entusiasmos se terão extinguido e com certeza já não cantarão mais este lema. Oxalá que não se calem nem extingam as convicções de que não podemos viver só. A vida cristã ou a vivemos com os outros –com o povo- ou não existe. Porque não somarmos a uma cadeia de vida, compartilhada por muitos, que nos impulsionam a continuar adiante e que nos segurem nas dificuldades? Porque não deixar de uma vez o individualismo e o isolamento pastoral? ... Não é possível viver uma vida cristã jovem (ou adulta, idosa) isolada o como uma ilha. Somos convidados outra vez a partilhar este algo muito maior que está acontecendo agora nesta nossa igreja.
Hoje é um suicídio distanciarmo-nos dos jovens por medo (acreditar que eles nos repelem porque somos muito diferentes), por complexo de incapacidade (acreditar que não sabemos ajudá-los) ou por complexo de culpabilidade (acreditar que não somos o suficiente bom para eles). “A fuga iuventutis” pode ser uma reedição de uma grave “fuga mundi” que hoje ofende a Deus.
- Se conseguirmos aproximarmo-nos e permanecermos junto aos jovens, eles vão se converter. Os jovens são os nossos mestres. Eles nos tiram das nossas comodidades e rotinas, denunciam nossas incoerências, mobilizam nossa consciência, fazem-nos perguntas difíceis, colocam-nos metas, exigem e motivam-nos a ir em frente. Querem sim que partilhemos com eles, fazem com que demos o melhor de nós mesmos... E nos pedem viver em radicalidade e santidade o seguimento de Jesus como seus discípulos e missionários.
- O carisma claretiano está muito vivo. Nossos jovens participantes saíram apaixonados por Claret. Temos agora a obrigação de não decepcioná-los. Não podemos permitir que por mais difícil, sacrificado e laborioso que seja deixarmos de vivenciar como Família Claretiana um futuro compartilhado com e para os nossos jovens. Nossa família claretiana está “em construção”... Não queremos que ela dê por antecipação o que ainda não consegue dar... Todos e todas temos que mudar muitas coisas. Não nos eximimos da responsabilidade de oferecer nossos ombros e nosso apoio para demonstrar aos nossos jovens que cada ramo da nossa família é depositaria de um esplendido e atual carisma. Será sem dúvida um elemento insubstituível de criação de uma cultura vocacional claretiana.
Juan Carlos Martos cmf





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