FAMILIA
CLARETIANA SEM FRONTEIRAS
Olá querida Juventude! Nestes dias estivemos tendo a Jornada Mundial da Juventude em Família Claretiana, a qual tivemos a oportunidade de confraternizar e partilhar o que temos de melhor, a nossa vida e missão neste lindo chão. Estou compartilhando com vocês a avaliação final realizada pelo Pe. Juan Carlos Martos, CMF que esteve abrilhantando nosso encontro. Que esta carta seja motivo de alegria para nós que realizamos o primeiro encontro a nível mundial em pouco tempo. O Departamento Juvenil dos Missionários Claretianos só possuem dois anos de existência e estamos tendo grandes frutos com os inúmeros trabalhos. Esta mensagem vem render graças pelo que é feito a nossa querida Juventude. Parabéns a todos os envolvidos e continuemos a lutar pela juventude, pela alegria das flores e para que os jovens sejam respeitados dentro de suas realidades e esferas de vida.
O que vimos
nestes dias? Convivemos com 500 jovens entusiastas de três continentes.
Representavam uma dezena de países falando suas línguas respectivas e um único objetivo: Encher-se do Espírito para ser enviados pelo Senhor à missão que Ele
confiou-nos e realizá-la ao estilo de
Claret. Este foi o propósito comum ao participar desta JMJ em suas duas
etapas: A JMJ claretiana e a JMJ oficial.
Os jovens peregrinos participantes mostraram de um
jeito forte e entusiasta não só que necessitamos viver unidos à Igreja, mas que
podemos caminhar juntos como Família
Claretiana jovem. Os dias de convívio no Rio de Janeiro foi uma oportunidade de
comprovar isso com fatos, não com meras declarações e intenções.
Encerramos a JMJ com um dia em Família claretiana onde
realizamos um retiro para assimilar o que foi vivenciado durante a JMJ antes do
retorno aos seus lugares de origem.
Ficou evidenciado esta vivência como um marco vocacional. Com a celebração da missa,
num espaço de festa e saudades, nos despedimos com o compromisso de ser
missionários. Se for a vontade de Deus, nos encontraremos em, 2016 em Cracóvia.
Como fazer um resumo de toda a vivência destes dias
carregados de emoções profundas e fé? Qual a mensagem que se pode recolher desta experiência celebrada como
Família claretiana? Fazendo eco de tudo o visto, sentido e ouvido atrevo-me a
sugerir o seguinte:
- É importante que
melhoremos nossos métodos de coordenar e organizar. Necessitamos aprender e
fazer melhor as coisas. Isso é verdade. Embora não seja o mais importante e decisivo.
Não obstante, constatamos que o BEM que a JMJ fez para todos os nossos jovens e responsáveis foi
determinante. Como uma catapulta, a JMJ+FC nos lança a implicarmos mais em
nossas pastorais juvenis. Quando ao longo destes dias experimentávamos o caos,
as improvisações, desajustes, o frio inesperado, tantas coisas aparentemente
negativas... Aconteceu “uma coisa nova”
que nos levou a transcendê-las. E os “ obstáculos”, transformaram-se em
oportunidades para crescer. O Espírito Santo se presentificou em cada um e em
todos os que estávamos lá. Comprovamos que esse Espírito ninguém pode detê-lo.
É maior e mais poderoso que as dificuldades, imprevistos e deficiências da
nossa gestão. Nossas limitações, não devem jamais convencer-nos de não levar
adiante um trabalho verdadeiro com estas novas gerações que tem fome do
evangelho. Nada poderá nos deter!
- Sentimo-nos identificados com o
Papa Francisco. Somos testemunhas
de como suas palavras e atitudes atingiram os nossos jovens. Seu discurso
claro, profundo, profético, luminoso, humilde, evangélico, sinalava o caminho
reto... O Papa não julgou os jovens nem a nós, seus educadores. Acusação pelos
defeitos jamais será o método para construir. Abriu as portas apontando horizontes.
Aproximou-se de todos, evitando a “papolatria” (os shows) para fazer-se pastor
e pai de todos. Aos jovens gritou fortemente qual é o caminho. Primeiro: “Organizem uma grande
bagunça, não nos deixem tranqüilos.” Segundo:
“Cuidem da eucaristia, da oração e do serviço aos demais”. A revolução da
espiritualidade e do serviço é agora o objetivo. Haverá quem desprecie o
desafio?
- Todos estes
dias, vivemos submergidos num imenso mar de jovens qual fluxo nos levava
adiante. Ninguém podia parar a multidão incontável que passou dos três
milhões. Gritavam com freqüência e na diversidade de idiomas: “esta é a juventude do Papa”. O que nos
estão dizendo? Ofereço uma interpretação. Dentro de uma semana, os entusiasmos
se terão extinguido e com certeza já não cantarão mais este lema. Oxalá que não
se calem nem extingam as convicções de que não podemos viver só. A vida cristã
ou a vivemos com os outros –com o povo- ou não existe. Porque não somarmos a
uma cadeia de vida, compartilhada por muitos, que nos impulsionam a continuar
adiante e que nos segurem nas dificuldades? Porque não deixar de uma vez o
individualismo e o isolamento pastoral? ... Não é possível viver uma vida
cristã jovem (ou adulta, idosa) isolada o como uma ilha. Somos convidados outra
vez a partilhar este algo muito maior que está acontecendo agora nesta nossa
igreja.
Hoje é um suicídio distanciarmo-nos dos jovens por
medo (acreditar que eles nos repelem porque somos muito diferentes), por
complexo de incapacidade (acreditar que não sabemos ajudá-los) ou por complexo
de culpabilidade (acreditar que não somos o suficiente bom para eles). “A fuga
iuventutis” pode ser uma reedição de uma grave “fuga mundi” que hoje ofende a
Deus.
- Se conseguirmos
aproximarmo-nos e permanecermos junto aos jovens, eles vão se converter. Os
jovens são os nossos mestres. Eles nos tiram das nossas comodidades e rotinas,
denunciam nossas incoerências, mobilizam nossa consciência, fazem-nos perguntas
difíceis, colocam-nos metas, exigem e motivam-nos a ir em frente. Querem sim
que partilhemos com eles, fazem com que demos o melhor de nós mesmos... E nos
pedem viver em radicalidade e santidade o seguimento de Jesus como seus
discípulos e missionários.
- O carisma claretiano está
muito vivo.
Nossos jovens participantes saíram apaixonados por Claret. Temos agora a
obrigação de não decepcioná-los. Não podemos permitir que por mais difícil, sacrificado
e laborioso que seja deixarmos de vivenciar como Família Claretiana um futuro
compartilhado com e para os nossos jovens. Nossa família claretiana está “em
construção”... Não queremos que ela dê por antecipação o que ainda não consegue
dar... Todos e todas temos que mudar muitas coisas. Não nos eximimos da responsabilidade
de oferecer nossos ombros e nosso apoio para demonstrar aos nossos jovens que
cada ramo da nossa família é depositaria de um esplendido e atual carisma. Será
sem dúvida um elemento insubstituível de criação de uma cultura vocacional
claretiana.
Juan Carlos Martos cmf
Nenhum comentário:
Postar um comentário