segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Juventude Claretiana!!!





Espero que este comunicado chegue até vós com muita alegria, felicidade e paz, no final deste ano de 2012, venho lembra-los que Chegou o nosso momento.... Amanhã um novo mundo inicia, com a proposta de ser o Ano da Juventude no Brasil, "Vale a pena viver dentro de nós a Palavra de Jesus e caminhar seguindo os seus passos, peçamos ao Senhor que nos ajude a Descobrir a nossa vocação na vida e na Igreja" .... Jovem.... Jesus lhe chama!!! E desejamos como Congregação dos Missionários Claretianos e toda a Família Claretiana lhe auxiliar nesta busca. Jovem, Conte conosco nesta empreitada que iniciamos... Eis que estou convosco.... Feliz 2013 no ano da Juventude!!!

AMO VOCÊS DE TODO O MEU CORAÇÃO 


Fernando Henrique Alves, CMF 
Animador do Setor Juventude 
Missionarios Claretianos do Brasil  






sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


Feira da Solidariedade.

      O evento, entre os dias 6 à 9 de dezembro, organizado pela Arquidiocese de Goiânia em conjunto com suas paróquias, entidades e demais colaboradores já tem espaço marcante dentro do calendário arquidiocesano, tendo como principal objetivo a valorização da pessoa humana. Contudo, a feira desse ano contou com um outro ponto importante, que foi a chamada Feira Jovem - uma espécie de Pré-Jornada, com intenção de movimentar as comunidades em seus movimentos juvenis quanto a participação da "ArquiGyn" na "Semana Missionária", já confirmada para os dias entre 16 a 19  de julho de 2013.
      A Feira Jovem quanto a parte financeira ficou um pouco abaixo das expectativas, porém, o fato importante foi que houve uma primeira movimentação dos jovens que de modo direto estarão nas frentes de trabalho no recebimento e acolhimento dos peregrinos. Shows com músicos de Goiânia, Diego Fernandes, Padre Delton e uma palestra foram acontecimentos que facilitaram a entrada dos participantes no clima de Jornada Mundial da Juventude.
      Com muito carinho e em atenção ao chamado do Arcebispo Dom Washington Cruz os jovens da paróquia claretiana Imaculado Coração de Maria estivemos presentes e pudemos partilhar com os demais grupos e movimentos juvenis. Ao final ficou forte a vontade de que o tempo corresse depressa e que a "Semana Missionária" bem como a JMJ pudessem ser vividas o mais rápido possível. 

     JMJ aí vamos nós!

Pedro Brasilino
Membro do Anjos de Goel
Conselheiro do COJU 
Conselho da Juventude dos Missionários Claretianos


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


Mensagem de Natal do Superior Provincial

Olá Nobres Jovens da Juventude Claretina!!!

Venho por meio deste canal de comunicação, compartilhar a mensagem do superior a todos os Missionários Claretianos por conta do nascimento de Cristo Jesus em nós. 

“Ó inefável mistério! Deus assumiu a natureza do homem, dignou-se nascer da Virgem para nos tornar participantes da sua Divindade”. (Da liturgia do Natal)

Estimados irmãos, acredito que cada um de nós traz em seu coração e memória as mais belas lembranças e imagens do Natal: o aconchego familiar; o encontro com os parentes e amigos; a missa do “galo”; o canto da “Noite Feliz” ao redor da árvore de natal enquanto o Menino Jesus entrava solenemente na casa, geralmente carregado pelo “pequenino” da família; a troca dos presentes e o abraço caloroso da pessoa amada desejando a paz, a felicidade e a esperança.  O belo e o misterioso de tudo isto, é que cada um de nós se relaciona com esta festa de uma forma muita particular e peculiar, mas no fundo, buscamos e almejamos a sublime verdade anunciada por São Paulo: “Por isso, se alguém está em Cristo, é uma nova criatura, eis que aí está uma nova realidade” (2Cor 5,17).
Além de nossas comuns e preciosas memórias do Natal, precisamos, para nos aproximar do verdadeiro sentido natalino, fugir da esfera da razão e deixar que o coração e a fé assumam a dianteira, pois, sem dúvida alguma, o Natal é a festa do coração e da fé. É a festa daqueles que querem celebrar um “novo começo”, um “novo nascimento”. É a festa daqueles que, com a simplicidade de uma criança se abrem para a promessa de uma vida feliz; daqueles que ainda são capazes de se admirar, parar e se deixar tocar pelo abraço amoroso de Deus que toca nossa terra na ternura e simplicidade de um recém-nascido. É festa daqueles que, com seus medos e necessidades, decepções e esperanças, fé e dúvidas, anseiam pelo despontar do “Sol Invictus”, do “Sol da justiça”, da luz sem ocaso, da estrela da manhã, do irromper de um mundo novo. E toda esta realidade encontra abrigo e sentido em nosso coração, porque levamos em nosso interior um profundo “anseio pelo Paraíso”. Como bem expressou o Pe. Zezinho em uma de suas memoráveis canções: “Esta fome de felicidade, é saudade do infinito, é saudade do paraíso, é saudade que a gente tem”. E quem não tem saudades!
Desejo a todos, em nome próprio e de todo Governo Provincial, um Santo e Feliz Natal do e no Senhor. Que as nossas belas e aconchegantes lembranças do Natal ou de um Natal, sejam a porta que nos abre o caminho da contemplação do verdadeiro e libertador Mistério do Natal. Que o Natal não seja “apenas um dia”, mas a mais profunda experiência do encontro e do nascimento, da luz e da verdade, da sinceridade e da fraternidade.
Feliz Natal e abençoado Ano Novo!




Marcos Aurélio Loro, cmf
Superior Provincial
São Paulo, 17 de dezembro de 2012.
Fonte: http://www.claretianos.com.br/noticias

terça-feira, 25 de dezembro de 2012


O Verbo se fez carne
A encarnação é um mistério grande, um fato que a razão humana não pode abarcar
Por Dom Orani Tempesta, O.Cist.

Celebramos o Natal! Mesmo para os que não creem é um momento de repensar a vida e a fraternidade. É o grande Mistério da Encarnação! A notícia do Deus que se faz homem, da salvação presente na doce figura do Menino Deus, convida o homem à contemplação.
A encarnação é um mistério grande, um fato que a razão humana não pode abarcar. Um mistério tremendo que ilumina, porém, toda a vida do homem. O Natal chega, como acontece a cada ano, trazendo um clima diferente.

Para quem crê e para quem ainda não cruzou a “porta da Fé”, este é um tempo de mudar o ritmo da vida, parar, e se reencontrar com aqueles que Deus nos deu. O clima que se estabelece neste tempo faz com que o Natal seja a época de rever a família, de se alegrar com os amigos, de cuidar de quem não tem família, de ajudar os mais necessitados.

Crendo ou não crendo, todo mundo entende que é uma festa, em que sente-se a necessidade de partilhar um presente com alguém. Porém, sabemos que o grande e maior presente é justamente o Verbo de Deus que se fez carne. Deus tanto amou o mundo que enviou o Seu Filho.
Ninguém pode ficar fora da noite de Natal. É uma noite diferente, uma festa especial. O “espírito” do Natal nos investe a todos. Mas, de onde vem toda esta ternura?

Parece-me que este clima nasce do mistério que nós celebramos: a gruta de Belém, os pastores, a estrela, o Menino que nasce. Neste cenário se esconde e se revela o dom imenso do Menino Luz. Um dom que é reconhecido e anunciado pelos presentes dos magos, um dom que comove e faz cantar pastores e anjos, um dom que, tantos homens o entenderam, é o dom maior que se poderia ter. Da ternura anunciada por esses sinais vêm as consequências sociais do Mistério celebrado.

Naquela manjedoura de Belém uma longa espera tem fim, a espera de todo um povo, mais ainda: a espera de todo homem que amou a verdade, a beleza, a justiça. Naquela noite esta espera tem fim. No presépio está presente a Salvação. O simbolismo da manjedoura como o espaço onde é colocado o verdadeiro alimento da humanidade, Jesus Cristo, aparece com muita clareza.
Agora, no lugar da longa espera, uma Presença. Uma Presença, um presente, que inunda de silêncio a noite e que muda, sem que o mundo o saiba, a história. Uma Presença: O Emanuel!
No início do III milênio, o Papa João Paulo II nos lembrava que o “nascimento de Jesus em Belém não é um fato que se possa relegar para o passado. Diante d'Ele, com efeito, está a história humana inteira: o nosso tempo atual e o futuro do mundo são iluminados pela Sua presença. Ele é « o Vivente » (Ap 1, 18), « Aquele que é, que era e que há de vir » (Ap 1, 4)” (IM 1).

Um fato que tem um alcance universal, um fato na história que julga toda a história. Na plenitude dos tempos, a Plenitude ali, repousando na manjedoura de Belém de Judá.
O que foi anunciado a Maria, a Salvação que ela carregou no seu ventre, se torna uma presença destinada a alcançar cada homem. A salvação presente numa criança, na carne de um homem. Este é o anúncio alegre que muda toda a história. “Torna-se evidente que Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus, como exprime a fé da Igreja” (Bento XVI, em seu livro sobre a Infância de Jesus, p. 106)

É o anúncio de uma Presença que é germe de um mundo novo, realidade nova num mundo ainda marcado pela injustiça e pela violência. O mundo parece o mesmo de antes, mas não é. No mundoem que Elenasce, ontem e hoje, tinha e têm guerras, genocídios, injustiças, violências, divisões. Mas a Sua presença ilumina, dentro de todas as contradições, cada homem que O encontra.

A Sua presença gera uma humanidade nova, um amor mais potente e doce, que se chama Caridade. A Sua presença muda a vida de muitos homens e continua, na carne deles, sendo um germe de um mundo novo.

Ele é o centro da história, para quem converge toda a história e de onde inicia toda a nova humanidade nascida do novo Adão. Depois da encarnação, o Divino continua presente na vida daqueles que O encontraram e seguiram.

A nossa cidade está prestes a viver o acolhimento alegre de milhares de jovens unidos por um único ideal: o seguimento d'Aquele que nasceuem Belém. Elesserão um sinal eloquente para todos nós de uma humanidade, de uma carne que carrega o Divino e que convida à alegria de viver na Sua presença.

Desejo a todos um Santo Natal, pleno da luz e da paz quem vem do Cristo Senhor.

sábado, 22 de dezembro de 2012


Que devemos fazer?
Como preparar-se para o Natal
BELÉM DO PARÁ, sexta-feira, 14 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Sempre que irrompe diante de nossos olhos a novidade, surgem com ela as interrogações e as provocações a uma reação. Os fatos mais corriqueiros, positivos ou negativos, podem ser compreendidos como sinais que pedem nossa resposta, tanto que um mínimo de consciência pessoal e social causa indignação quando se espalha a indiferença e a insensibilidade. Passar pela rua e ver um acidente de trânsito suscita curiosidade, dela se vai à pergunta sobre as causas, verifica-se a ocorrência de ajuda às pessoas envolvidas, provoca-se a coragem para parar e perguntar se se pode fazer algo. É um processo que pode durar segundos ou horas, mas faz parte de nossa humanidade desejar envolver-se e participar, responder com gestos concretos aos fatos que nos cercam.
Diante do fato mais significativo de toda a história, o mistério do Verbo de Deus encarnado, em torno do qual gira o tempo, não é possível ficar indiferentes. Ao preparar a estrada do mundo e dos corações para a manifestação de Jesus Cristo, seu precursor João Batista (Lc 3,10-18) suscitou na multidão a pergunta que muda a vida: “Que devemos fazer?” Nos tempos que correm, quando a humanidade deve, pela duomilésima décima segunda vez dizer “bem vindo” ao Menino de 
Belém de Judá, nosso Senhor Jesus Cristo, Redentor da humanidade, repete-se a mesma interrogação. Das respostas dadas por João Batista, colhemos indicações precisas e atuais.
Prepara-se a vinda de Jesus e se estabelece o clima para com ele conviver, quando quem “tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!” Existem no mundo recursos para uma vida digna de todos os seus habitantes. A natureza pode oferecer o necessário para alimentar sua população. São conceitos de uma “demografia” diferente, que parte da partilha e da comunhão, semelhante à coleta feita por São Paulo: “De fato, quando existe a boa vontade, ela é bem aceita com aquilo que se tem; não se exige o que não se tem. Não se trata de vos pôr em aperto para aliviar os outros. O que se deseja é que haja igualdade: que, nas atuais circunstâncias, a vossa fartura supra a penúria deles e, por outro lado, o que eles têm em abundância complete o que acaso vos falte. Assim, haverá igualdade, como está escrito: Quem recolheu muito não teve de sobra, e quem recolheu pouco não teve falta” (2 Cor 8,12-15). Fala-se tanto de uma crise mundial, e não poucos alertam para sua possível chegada às nossas plagas, e chegará mesmo, porque a era do individualismo, da ganância e do consumo descontrolado veio na frente. Independente das eventuais crises, realiza-se como pessoa humana quem se lança na aventura da partilha e da comunhão!
No tempo de João Batista, “até alguns cobradores de impostos foram para o batismo e perguntaram: Mestre, que devemos fazer? Ele respondeu: Não cobreis nada mais do que foi estabelecido”. Recentemente celebrou-se um dia de movimentação contra a corrupção! De João Batista para cá, as mazelas humanas continuam tendo características semelhantes e as respostas são as mesmas! Se criássemos juízo, nem seriam necessárias as sucessivas operações policiais para a mudança. É hora de retornar à proposta do Evangelho!
“Alguns soldados também lhe perguntaram: E nós, que devemos fazer? João respondeu: Não maltrateis a ninguém; não façais denúncias falsas e contentai-vos com o vosso soldo”. Mais uma vez a atualidade da Palavra se revela. Todos os que detêm algum poder da sociedade podem ouvir e descobrir atual a resposta de João Batista. Se o conselho foi dado aos soldados, que dizer aos que têm parentesco ou conluio com o crime organizado? Que se pode pensar da violência organizada no campo ou na cidade, em nosso Estado e em nosso País? Ou, se voltarmos ao recesso de nosso lar, onde tantas vezes se inicia a corrupção e o relaxamento moral, ali comece a superação da violência!
Santa ingenuidade! Poderão dizer algumas pessoas. É simplória a proposta da Igreja, que pede partilha dos bens, superação da corrupção, amor ao próximo? No entanto, a realidade demonstra que não há caminho mais verdadeiro. Quando o Evangelho diz que “assim e com muitas outras exortações, João anunciava ao povo” (Lc 3,18), fica aberta a conversa, para que cada um de nós pergunte ao Precursor, com coragem para ouvir a resposta, o que deve fazer para receber Jesus, aquele de quem João disse com sinceridade: “Virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desatar a correia das suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Ele traz a pá em sua mão para limpar a eira, a fim de guardar o trigo no celeiro; mas a palha, ele queimará num fogo que não se apaga” (Lc 3,16-17).
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


"Que o natal não seja só uma festa exterior"
Durante o ângelus dominical, Bento XVI centrou-se nas virtudes de São João Batista
CIDADE DO VATICANO, domingo, 9 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir as palavras do Papa Bento XVI no ângelus desta manhã. O Santo Padre apareceu às 12hs na janela do seu escritório no Palácio Apostólico Vaticano, cumprimentando os peregrinos e os fieis reunidos na Praça de São Pedro.

***
Queridos irmãos e irmãs!

No tempo do Advento a liturgia enfatiza, de modo  particular, duas figuras que preparam a vinda do Messias: a Virgem Maria e João Batista. Hoje São Lucas nos apresenta este último, e o faz com características diferentes dos outros Evangelistas. "Todos os quatro Evangelhos colocam no início do ministério de Jesus a figura de João Batista e apresentam-no como o seu precursor. São Lucas colocou antes a conexão entre as duas figuras e as suas respectivas missões [...] Já na concepção e no nascimento, Jesus e João colocaram-se em relação entre si” (A infância de Jesus, 23).

Essa configuração ajuda a entender que João, enquanto filho de Zacarias e Isabel, ambos de famílias sacerdotais, não é apenas o último dos profetas, mas representa também todo o sacerdócio da Antiga Aliança e por isso prepara os homens ao culto espiritual da Nova Aliança, inaugurado por Jesus (cf. ibid. 27-28). Lucas também afasta qualquer leitura mítica que às vezes é feita dos Evangelhos e coloca historicamente a vida do Batista: "No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador [...] enquanto eram sumos sacerdotes Anás e Caifás” (Lc 3, 1-2). Dentro deste quadro histórico reside o verdadeiro grande evento, o nascimento de Cristo, que seus contemporâneos não vão perceber. Para Deus os grandes homens da história formam o pano de fundo para os pequenos!

João Batista se define como a “voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas" (Lc 3, 4). A voz proclama a palavra, mas, neste caso, a Palavra de Deus precede, enquanto que é ela mesma que desce sobre João, Filho de Zacarias, no deserto (cf. Lc 3, 2). Ele, então, desempenha um grande papel, mas sempre em relação a Cristo. Santo Agostinho comenta: "João é a voz. Do Senhor ao contrário se diz: "No princípio era o Verbo" (João 1, 1).

João é a voz que passa, Cristo é o Verbo eterno, que existia no princípio. Se tiras a voz da palavra, o que é que resta? Um som fraco. A voz sem palavra atinge o ouvido, mas não edifica o coração” (Sermão 293, 3).

Nosso objetivo é dar hoje ouvido à essa voz para conceder espaço e acolhida no coração à Jesus, Palavra que nos salva. Neste Tempo de Advento, preparemo-nos para ver, com os olhos da fé, na humilde Gruta de Belém, a salvação de Deus (cf. Lc 3, 6). Na sociedade dos consumos, em que se busca a alegria nas coisas, o Batista nos ensina a viver de uma forma essencial, para que o Natal seja vivido não só como uma festa exterior, mas como a festa do Filho de Deus que veio para trazer aos homens a paz, a vida e a alegria verdadeira.

À materna intercessão de Maria, Virgem do Advento, confiamos o nosso caminho de encontro com o Senhor que vem, para estarmos prontos para acolher, no coração e em toda a vida, o Emanuel, o Deus-conosco.
(Trad.TS)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012


Maioridade Pena


Olá Jovens e pessoas que acompanham este espaço de informação e formação. Nestes dias ocorreu nos EUA mais uma atrocidade envolvendo jovem e armas de fogo e sempre que ocorre estas calamidades volta-se um tema muito importante para nós enquanto juventude que é "Maioridade Penal" para tanto estou disponibilizando uma dinâmica  para os diversos grupos de jovens comentarem sobre o assunto. Acesse, Comente e divulgue a ideia, para começarmos a montar nossa opinião sobre o assunto. Abraços e boa semana a todos 
Fonte: soupjoteiro.blogspot.com.br/2012/12/maioridade-penal-e-ai.html


Era um grupo de jovens reunido numa manhã de domingo. Passados os momentos iniciais da reunião, a coordenadora seleciona um voluntário do grupo com menos de 18 e com mais de 16 anos e o coloca numa cadeira ao centro do círculo formado pelos demais integrantes. Em seguida, divide a turma em dois grupos. Explica que ali seria feito um júri simulado.

A primeira metade iria atacar o réu (aquele jovem ao centro do círculo) e a outra metade iria tentar defende-lo. Situação bem simples. Só faltava dizer o que o jovem teria feito. Ele em si não fez nada, explicou a coordenadora. Mas na figura dele seria julgada a redução da maioridade penal. O grupo favorável à redução da maioridade penal apresentaria seus argumentos e o contrário tentaria rebatê-los. E assim, deu-se início.

 
O argumento básico para diminuir a maioridade penal é bem simples. O sujeito pode votar, pode doar sangue, mas não pode ser responsabilizado por crimes que venha a cometer. Isto é uma incoerência. Admitir que ele não tenha capacidade de discernir o certo do errado é ignorar a inteligência deste jovem. Com essa idade ele já não pode escolher que faculdade fazer? Nesta idade alguns já têm filhos. Não é uma decisão ‘adulta’? Por que não podem responder por seus atos? A TV e os jornais mostram hoje cada vez mais crimes cometidos por menores. Quem mata por maldade, por exemplo, merece punição sem piedade. Mas nossa sociedade os protege demais. Se a família não os educa adequadamente, que a sociedade o faça. Eles precisam aprender que para toda ação há uma consequência. É preciso que entendam que há limites, senão vira bagunça”.


A advogada de acusação pigarreou e depois continuou:

"Pelas nossas leis, um menor de idade que cometer um crime pode ser advertido, obrigado a reparar o dano, prestar serviços à comunidade, ter a liberdade assistida, ser inserido num regime de semiliberdade ou ser internado em estabelecimento socioeducativo por até três anos. Não pode ser encaminhado para uma prisão. Mas sabemos que estas unidades socioeducativas acabam se tornando uma escola de bandidos. Por isso três anos é muito pouco para mantê-los presos. Eles saem piores de lá. E, espantem-se, com a ficha limpa! Traficantes usam os menores de idade e lhes oferecem cola de sapateiro, crack, cocaína e armas para matar porque têm certeza da impunidade. Ora, vejam, mas como não são os políticos que sofrem com este mal, e sim nós, seres comuns, pagadores de impostos, as leis não mudam. É preciso que nós, cidadãos de bem e cumpridores da lei façamos a pressão popular. Se estes jovens não podem melhorar, é porque a educação está falha. Mas não podemos esperar a mudança educacional acontecer. É preciso punir quem pratica o mal. E tenho dito".

A palavra foi passada ao segundo grupo. Eles haviam anotado todas as observações feitas pelo primeiro grupo. Uma represente se levantou e começou a expor:
“Analisemos os critérios apontados pelos nobres colegas para reduzir a maioridade penal. Eles começam afirmando que quem pode votar, escolher faculdade, ser pai ou mãe também pode responder por um crime que tenha cometido. Claro que pode. Aliás, eles também afirmaram que isto já acontece. Está na lei. No Estatuto da Criança e do Adolescente. Mas a ideia deles não é essa. Eles querem penalizar o adolescente e o jovem como se penaliza um adulto. E por quê? Uma primeira ideia é de que por trás deste argumento está a demonização da adolescência e da juventude. ‘Desconfiamos de vocês. Não sabem votar, escolher uma faculdade ou criar filhos. Se nos criarem problemas, cadeia em vocês’. Eles acreditam que o adolescente ou o jovem não é alguém que possa ser integrado e motivado a buscar a felicidade, mas sim um inimigo em potencial. É alguém sob o qual deve-se manter vigilância constante. Porém, alguns de seus argumentos se baseiam em mentiras e no apelo à emoção, senão vejamos”.
 O outro grupo entreolhou-se, mas ela continuou.
“Quando dizem que o número de delitos cometidos por menores de 18 anos aumentou porque isso aparece mais na TV e nos jornais, na verdade é uma mentira. Os crimes cometidos por adolescentes e jovens menores de 18 anos não chegam a 10% dos crimes cometidos no Brasil. Claro que as notícias chocantes que aparecem na mídia geram um óbvio sentimento de indignação. No entanto é preciso saber que as estatísticas apontam que apenas 2 em cada 1000 adolescentes e jovens menores de 18 anos se envolvem em crimes. Não é possível, portanto associar uma onda de crimes a todos os jovens. Ainda acrescentam que toda maldade no crime deve ser punida impiedosamente. É a volta do olho por olho, dente por dente; é a famosa Lei do Talião que está por trás. Mas essa idéia certamente é equivocada. Basta olhar os índices dos crimes em países com regimes extremamente rígidos. Com todo aparato e repressão, ainda assim não conseguiram reduzir ou resolver o problema da violência. A maior necessidade está no cumprimento das leis que já existem.”

“Criminalizar o adolescente ou o jovem significa jogar sobre as costas das camadas mais pobres e carentes da sociedade todo o peso da lei. Façam uma reflexão e olhem para os presídios atualmente. Quem é a maioria lá? São pobres e negros. Para quantos a estrutura da nossa sociedade ofereceu garantias de integração? Por que entre os jovens criminalizados seria diferente? Reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa. É encarcerar mais cedo a população pobre jovem, apostando que ela não tem outro destino ou possibilidade. Além disso, todos nós sabemos que prender os criminosos não é garantia e nem diminui os índices de criminalidade. Cadeias e penitenciárias estão inchadas. É possível acreditar que um ambiente assim possa educar um adolescente ou jovem e reinseri-lo na sociedade?”

“Afirmar que a lei é frouxa é um erro. O que ocorre é que as determinações que existem no ECA não são cumpridas ou o são de maneira inadequada. Muitos adolescentes e jovens que são privados da sua liberdade, por exemplo, não ficam em instituições efetivamente preparadas para reeducar estes adolescentes e jovens e acabam reproduzindo o ambiente de uma prisão comum. Um ambiente adequado para cumprimento de medidas sócio-educativas precisa contar com profissionais preparados e recursos adequados para recuperar o ser humano. É preciso apresentar perspectivas à estes adolescentes e jovens. Para uma pessoa sem perspectivas, qualquer horizonte serve, seja o do abandono, do crime ou do perigo da morte”.

Ela também pigarreou, olhou para o outro grupo e depois para o jovem no centro do circulo e continuou:
“Se os bandidos e traficantes usam os menores de 18 anos hoje para cometer os crimes, claro que continuarão usando os menores de 16, 14 ou 12 anos, conforme forem reduzindo a maioridade penal. Não é disso que precisamos. É urgente e necessária a implantação de programas e estruturas para a execução das medidas socioeducativas previstas no ECA. E é tão, ou mais necessária, a realização de políticas públicas de juventude para sua inclusão social e cultural. Reduzir a maioridade penal isenta o Estado do compromisso com a construção de políticas educativas e de atenção para com a juventude. E sem estas políticas, nosso país não terá aberto democraticamente para toda a população as portas para o futuro, já que hoje somente um de cada dois destes jovens estuda atualmente no país. Quando há um discurso que insiste em falar só da maioridade penal, há um desvio do olhar para todos os problemas já ditos, como: desigualdade social, impunidade, falhas na educação, falta de políticas publicas e isto não ajuda a nos contrapormos a valores tão em voga na nossa sociedade: consumismo, hedonismo, prazer pelo prazer e individualismo”.

“O que pouco se fala nesta conversa toda sobre a redução da maioridade penal é que é crescente o índice de adolescentes e jovens, de 15 a 24 anos, mortos violentamente no Brasil. Este índice aumenta e muito quando olhamos para as periferias das nossas cidades. E fica ainda maior se olharmos somente para adolescentes e jovens negros. Não se pode mais deixar de prestar atenção a esta triste realidade. É urgente que organizações, entidades, igrejas e poder público se unam no mesmo grito: ‘A JUVENTUDE QUER VIVER’. Mas isto não pode ser de um jeito qualquer. Queremos vida e vida em plenitude para a juventude. Adolescentes e jovens precisam ser reconhecidos(as) como sujeitos desta sociedade. Por isso, merecem cuidado, acolhida, respeito e, principalmente, oportunidades”.

Dito isto, os grupos foram desfeitos. Argumentos foram anotados em cartazes e todos puderam ser júri. Quais foram os melhores argumentos? Se você fosse desse grupo, como votaria? 

domingo, 16 de dezembro de 2012


O que devemos fazer para receber a visita de Deus? (Lc 3,10-18) - Mesters e Lopes
PARTILHA: A CONDIÇÃO PARA RECEBER A VISITA DE DEUS

Texto extraído do livro "O AVESSO É O LADO CERTO" - Círculos Bíblicos sobre o Evangelho de Lucas. Autores: Carlos Mesters e Mercedes Lopes. Edição: CEBI e Paulinas. Saiba mais em vendas@cebi.org.br
Lucas 3, 10-14: O que devemos fazer?
Três categorias de pessoas vêm perguntar: "O que devemos fazer?": o povo, os publicanos e os soldados. A resposta para o povo é simples: Quem tiver duas túnicas deve repartir com quem não tem. "Quem tiver comida deve dar a quem não tem!" Resposta clara: a partilha dos bens é a condição para a pessoa poder receber a visita de Deus e passar do Antigo para o Novo. A resposta para os publicanos e os soldados diz a mesma coisa, mas aplicada à categoria deles. Os publicanos já não podem cobrar mais do que o permitido. A exploração do povo pelos publicanos era a chaga da sociedade daquela época. Os soldados já não podem fazer extorsão nem fazer denúncias falsas e devem contentar-se com o salário. Se João voltasse hoje, muito provavelmente não exigiria dos pobres "contentar-se com o salário", mas diria: "lutar por um salário justo!"


Lucas 3, 15-18: Ternura em vez de julgamento
João reconhece Jesus como o mais forte. A diferença entre ele e Jesus está no dom do Espírito que será dado através de Jesus. Nestes versículos, Lucas mostra como a ideia que João faz do Messias não é completa. Para João, o Messias seria como um juiz severo, pronto para iniciar o julgamento, a colheita (Lc 3,17). Talvez seja por isso que, mais tarde, João teve problema em reconhecer Jesus como Messias (Lc 7,18-28), pois Jesus não se comportava como um juiz severo que condenava. Ao contrário, chegou a dizer: "Eu não condeno ninguém!" (Jo 8,15;12,47). Em vez de julgamento e condenação, mostrava ternura, acolhia os pecadores e comia com eles.

ALARGANDO
Desde o século VI antes de Cristo, a profecia tinha cessado: "Não existem mais profetas", assim se dizia (Sl 74,9). O povo vivia à espera do profeta prometido por Moisés. Esta longa espera termina com a chegada de João (Lc 16,16). João era visto pelo povo não como um revoltoso do tipo Barrabás nem como um escriba ou fariseu, mas como o profeta que todos esperavam. Muitos achavam que ele fosse o Messias. Até na época de Lucas havia pessoas, sobretudo entre os judeus, que aceitavam João como Messias.
João chega e anuncia: "Mudem de vida, porque o Reino de Deus chegou!" Ele é preso por causa da sua coragem de denunciar os erros tanto do povo como dos homens do governo. Jesus, ouvindo que João foi preso, volta para a Galileia e faz o mesmo anúncio que João fazia: "Esgotou-se o prazo! O Reino de Deus chegou! Mudem de vida! Acreditem nesta Boa Nova!" Jesus continua a pregação de João e a ultrapassa. Em João termina o AT, em Jesus começa o NT. Jesus chegou a dizer: Dentre os nascidos de mulher, não há maior do que João, mas o menor do Reino é maior do que ele" (Lc 7,28). 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012


Advento: um mistério que envolve inteiramente o cosmo e a história
Palavras de Bento XVI durante a oração mariana do Angelus
CIDADE DO VATICANO, domingo, 2 de dezembro de 2012 - Apresentamos a seguir as palavras de Bento XVI dirigida aos fiéis e peregrinos reunidos na praça de São Pedro para a tradicional oração mariana do Angelus.

Queridos Irmãos e irmãs

A Igreja inicia um novo Ano Litúrgico, um caminho que é enriquecido pelo Ano da Fé, 50 anos após a abertura do Concilio Ecumênico Vaticano II.  O primeiro tempo deste itinerário é o Advento, formado, no Rito Romano, pelas quatro semanas que antecedem o Natal do Senhor, isto é, a Encarnação. A palavra “advento” significa “vinda” ou “presença”. No mundo antigo indicava a visita do rei ou do imperador a uma província; na linguagem cristã refere-se à vinda de Deus, à sua presença no mundo; um mistério que envolve inteiramente o cosmo e a história, mas que conhece dois momentos culminantes: a primeira e a segunda vinda de Jesus Cristo. A primeira é a própria encarnação; a segunda é o retorno glorioso ao fim dos tempos. Estes dois momentos, que cronologicamente são distantes – e não se sabe o quanto -, tocam-se profundamente, porque com sua morte e ressurreição Jesus já realizou a transformação do homem e do cosmo que é a meta final da criação. Mas antes do final, é necessário que o Evangelho seja proclamado a todas as nações, disse Jesus no Evangelho de São Marcos (cf Marcos 13,10). A vinda do Senhor continua, o mundo deve ser penetrado pela sua presença. E esta vinda permanente do Senhor no anuncio do Evangelho requer continuamente nossa colaboração; e a Igreja, que é como a Noiva, a esposa prometida do Cordeiro de Deus crucificado e ressuscitado (cf Ap 21,9), em comunhão com o Senhor colabora nesta vinda do Senhor,  na qual ja inicia o seu retorno glorioso.
A isto nos convida hoje a Palavra de Deus, traçando a linha de condução a seguir para estarmos prontos para a  vinda do Senhor. No Evangelho de Lucas, Jesus diz aos discípulos: “Os vossos corações não fiquem sobrecarregados com dissipação e embriaguez e dos cuidados da vida... vigiai em cada momento orando” (Lucas 21, 34.36). Portanto, sobriedade e oração. E o apostolo Paulo acrescenta o convite a “crescer e avantajar no amor” entre nos e com todos, para tornar nosso coração firme e irrepreensível na santidade (cfr 1 Ts 3,12-13). Em meio aos transtornos do mundo, ou ao deserto da indiferença e do materialismo, os cristãos acolham do Senhor a salvação e a testemunhem com um modo diverso de viver, como uma cidade colocada sobre um monte. “Naqueles dias- anuncia o profeta Jeremias- Jerusalém viverá tranquila, e será chamada: Senhor – nossa – justiça (33,16). A comunidade dos crentes é sinal do amor de Deus, da sua justiça que é já presente e operante na historia mas que ainda não foi plenamente realizada, e portanto, deve ser sempre esperada, invocada, procurada com paciência e coragem.
A Virgem Maria encarna perfeitamente o espirito do Advento, feito da escuta de Deus, do desejo profundo de fazer a sua vontade, de alegre serviço ao próximo. Deixemo-nos guiar por ela, para que o Deus que vem não nos encontre fechados ou distraídos, mas possa, em cada um de nos, estender o seu reino de amor, de justiça e de paz.

FONTE: Zenit.org