Continuamos a nossa reflexão
sobre Santo Antonio Maria Claret,
conhecendo a sua vida e história entre nós
Em seu primeiro ano de filosofia no meio de tantos
estudos, jamais esquecera a vontade de ser Cartuxa. No entanto somente seu
diretor espiritual estava ciente, os demais o ignoravam.
No seu habito diário introduziu a confissão e a
comunhão. Contando sempre com a ajuda e aconselhamento dos padres, de “são
Felipe de Néri”. Ajudava na missa, orações diárias, visitava o Santíssimo
Sacramento e recitava o rosário. Nisso pode reencontrar o fervor religioso de
outros tempos.
Deus quis que o Antônio assumisse como vigário-geral de
Sallent, pelo recebimento do beneficio da tonsura. Assim, concluiu que a
vocação da Cartuxa era passageira, podendo oferecer o seu tempo às confrarias e
a oração.
No segundo ano de filosofia, por ocasião de um
resfriado tive que ficar de repouso. Nesse período em que ficou de cama teve
uma terrível tentação. Agarrou-se a oração para que se esquecesse da tentação,
tudo sem sucesso. A Virgem Santíssima novamente veio em seu auxilio, em uma
bela imagem. Depois da visão da Virgem Maria a tentação tinha desaparecido completamente.
No ano de 1833, antes de terminar o segundo ano de
teologia recebeu as ordens menores antes de terminar os quatro anos de
teologia; em 1834 recebe o subdiaconato. Em 13 de junho de 1835 foi ordenado
presbítero pelo bispo de Solsona, pois o de Vic estava enfermo, fez quarenta
dias de retiro espiritual como era de costume. Celebrou sua primeira missa em
Sallent sua terra natal. No dia 02 de agosto do mesmo ano obteve licença para
pregar e confessar.
Volta para Vic, para terminar os estudos, entretanto
por causa da guerra cível os estudantes não podiam se reunir no seminário.
Naquela ocasião ficou também estabelecido que ele ficaria em Sallent, pois não
havia vigário no povoado.
Ficou na Paróquia de Santa Maria de Sallent. Após dois
anos como coadjutor, tornou-se vigário paroquial. Seu projeto pessoal de vida
era: confessava de oito em oito dias, jejuava às sextas e sábados; 2ª, 4ª e 6ª
impunha as disciplinas a saber; 3ª, 5ª e sábado aplicava o cilício.
Meditava constantemente no que faria e como faria para
salvar a alma do seu próximo. Em muitas partes da Sagrada Escritura, sentia a
voz do Senhor a te chamar para que saísse a pregar. Na intenção de salvar não
só a própria alma, mas também a do próximo e na sua afeição a leitura Bíblica,
começa a nascer as inclinações de uma vida missionária. Nas leiruras vê um
recado personificado do próprio Deus para ele.
Decidiu ir a Roma e apresentar-se a Congregação da
Propaganda Fide, a fim de que enviasse a qualquer parte do mundo para vida
missionária a fim de pregar.
Já na saída da Espanha enfrentou fortes dificuldades. A
primeira foi com a comunidade de Sallent, que não desejava sua saída. Depois
foi com o seu superior eclesiástico, por fim Deus dignou-se retirar essas
barreiras. Outra dificuldade foi a retirada de passaporte, isso o forçou fazer
um itinerário de cidade em cidade até tomar o vapor, para que pudesse chegar em
Roma. Devido aos percalços da viagem, principalmente o fato de com homens
armados, o padre Antônio rende graças a Deus por tê-lo livrado e feito chegar a
salvo.
Na passagem pela França conta ter sido muito bem
recebido. Recebeu passaporte de refugiado. Em seguida, em Perpigman, obteve um
passaporte que o permitisse chegar a Roma. Segundo ele tudo com a graça da
Providência Divina. Em tudo foi acolhido naquilo que necessitava. Vivenciou a
disponibilidade e solicitude até a hora do embarque no navio.
No navio encontrou religiosos Beneditinos, que estavam
a caminho de Roma. Os Beneditinos apontaram o religioso que havia faltado com
sua palavra de viajar com o padre Claret, e durante a viagem tinha sido roubado
e estava desolado.
Na chegada a Roma colocou-se a procura de religiosos
espanhóis catalães. Mediante ajuda encontrou clérigos catalães, que o receberam
muito bem. Posteriormente foi em busca de falar com o Prefeito da Propaganda
Fide, não o encontrando, indo parar na casa dos professores da Companhia de
Jesus. Na casa Jesuíta recebeu um livro, exercícios de santo Inácio.
Claret por incentivo de um padre Jesuíta decide
escrever uma carta, endereçada ao Superior da ordem, a fim de ser admitido.
Mostrou-se apaixonado pelo modo de vida e dedicação com
o qual se depara na Ordem da Companhia de Jesus. Claret agradece a Deus pela
possibilidade de aprendizado que teve na ordem durante o tempo em que este com
os Jesuítas.
Continua...
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