01 de janeiro de 2013: XLVI Dia Mundial da Paz
CIDADE DO VATICANO, 31 de Dezembro de 2012 - Em sua mensagem para o 46° Dia
Mundial da Paz, amanhã 01 de janeiro, Bento XVI escolheu o tema
“Bem-Aventurados os obreiros da Paz”.
O Papa recorda que passados 50 anos do Concilio Vaticano II, “anima
constatar como os cristãos, Povo de Deus em comunhão com Ele e caminhando entre
os homens, se comprometem na história compartilhando alegrias e esperanças,
tristezas e angústias, anunciando a salvação de Cristo e promovendo a paz para
todos”.
“O nosso tempo - afirma - caracterizado pela globalização, com
seus aspectos positivos e negativos, e também por sangrentos conflitos ainda em
curso e por ameaças de guerra, requer um renovado e concorde empenho na busca
do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo”.
“Causam apreensão - recorda Bento XVI - os focos de tensão e
conflito causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo
predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime
inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado. Além de variadas
formas de terrorismo e criminalidade internacional, põem em perigo a paz
aqueles fundamentalismos e fanatismos que distorcem a verdadeira natureza da
religião, chamada a favorecer a comunhão e a reconciliação entre os homens”.
No entanto as inúmeras obras de paz, de que é rico o mundo –
reconhece o Papa – “testemunham a vocação natural da humanidade à paz. Em cada
pessoa, o desejo de paz é uma aspiração essencial e coincide, de certo modo,
com o anelo por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida. Por outras
palavras, o desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou
seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e
isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é
feito para a paz, que é dom de Deus”.
Tudo isso sugeriu inspiração, para esta Mensagem, às palavras de
Jesus Cristo: «Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos
de Deus» (Mt 5,
9).
O Papa comenta que bem-aventurança de Jesus diz que a paz é,
simultaneamente, dom messiânico e obra humana.
“A paz – afirma - envolve o ser humano na sua integridade e supõe
o empenhamento da pessoa inteira: é paz com Deus, vivendo conforme à sua
vontade; é paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda
a criação. Como escreveu o Beato João XXIII na Encíclica Pacem in terris– cujo
cinquentenário terá lugar dentro de poucos meses –, a paz implica
principalmente a construção duma convivência humana baseada na verdade, na
liberdade, no amor e na justiça”.
“A realização da paz depende sobretudo do reconhecimento de que
somos, em Deus, uma única família humana” - acrescentou - .
“A paz não é um sonho, nem uma utopia; a paz é possível – destaca
o Pontífice - Os nossos olhos devem ver em profundidade, sob a superfície das
aparências e dos fenómenos, para vislumbrar uma realidade positiva que existe
nos corações, pois cada homem é criado à imagem de Deus e chamado a crescer
contribuindo para a edificação dum mundo novo”.
Fonte: www.zenit.org
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