segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Olá Juventude.... continuamos o tema:

A EXPERIÊNCIA DE TRANSMITIR A FÉ

d. Esperança em um futuro absoluto de plenitude que agora já se pode pré-usufruir, anunciar e construir.
Junto com a fé e o amor, a experiência da esperança forma parte das experiências fundamentais do discípulo de Cristo. Dita experiência brota fundamentalmente da ressurreição de Cristo crucificado que, desde o reino dos mortos, entrou na vida de Deus e não foi reanimado simplesmente para voltar à vida presente. Nossa dimensão corporal, como a sua, será transformada, mas não eliminada. O mesmo se diz do cosmos. Este é o testemunho de algumas pessoas que “viram” algo que transformou suas vidas: Jesus vive e vive como primícia para nós, e desde a dimensão de Deus, continua relacionando-se conosco. No acontecimento da ressurreição de Jesus se inclui a ressurreição própria e a ressurreição universal, o perdão e a reconciliação irrevogáveis de Deus, e também a promessa de “céus novos e terra nova” que já se preparam e saboreiam, de alguma maneira, nesta existência. O presente está orientado para o futuro sem deixar de ter sentido como presente. Assim, a fé na ressurreição coloca os crentes num horizonte insuspeitado e indeduzível de esperança. A totalidade do real fica definitivamente orientada para uma meta final de plenitude e realização definitivas. Porém, esta dimensão de futuro tem que ser dialeticamente combinada com sua dimensão de presente. Com efeito, ao se confessar a ressurreição de Jesus, está-se confessando sua presença vivificante de ressuscitado no hoje da história. A história se converte, assim, no cenário onde se pode vislumbrar a vida nova que não tem fim. A esperança cristã não é simples espera passiva, mas exigência ativa de transformação social e gera no cristão a exigência de uma práxis de transformação social, informada pela solidariedade com as vítimas, projetando todo o existente para essa plenitude final de “um céu novo e uma terra nova…, onde será enxugada toda lágrima dos olhos dos homens e não haverá já a morte, nem haverá pranto, nem gritos, nem fadiga, porque o velho mundo passou” (Ap 21, 1.4). Esta experiência de esperança, junto com a experiência da presença sempre atual de Jesus, está ligada a experiência do Espírito do Ressuscitado: O Ressuscitado se vai na ascensão, mas fica, entregando seu Espírito, que nos abre os olhos, e nos permite confessar a Jesus como “O Senhor”, que impulsiona a missão, que cria a comunhão na diversidade, que sopra e fecunda as “sementes do verbo” presentes na humanidade e na criação, atualização e universalização da pessoa e da ação de Jesus.

6. Comunhão Eclesial
Esta experiência de fé, amor e esperança, de que “somos aceitos incondicionalmente, podemos confiar sem limites e de que vale a pena crer no amor” só é possível fazê-la em comunidade, em Igreja. Identidade e pertença se implicam mutuamente. As comunidades são o lugar onde se fortalece a fé e de onde surgem os testemunhos capazes de seguir transmitindo-a. Inclusive, a Igreja constitui o Sacramento (sinal visível e eficaz) da união íntima dos seres humanos com Deus e entre si. A comunidade cristã é o lugar onde se pratica e celebra, alegremente, a vivência da fé, onde se descobre a familiaridade de Deus, a igualdade humana, o serviço, a liberdade, a partilha, o amor incondicional etc. Sem um lugar onde se possa provar a autenticidade da mensagem cristã, este discurso não passaria de um entre tantos outros. Por outro lado, especialmente na situação da falta de apoios externos na sociedade e na cultura, as comunidades cristãs se apresentam, testemunhando sua fé, como contexto vital que promove a pessoa humana e a qualidade de vida da sociedade.

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