domingo, 30 de setembro de 2012


Vinte cinco anos atrás a JMJ chegou à América Latina
Reflexões de Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro


RIO DE JANEIRO, terça-feira, 24 de setembro de 2012(ZENIT.org) - Vinte cinco anos atrás a JMJ chegou à América Latina! Foi a primeira e a única até o momento atual. Depois desse tempo, ela retorna ao nosso continente, agora em nosso país, aqui no Rio de Janeiro.
Em 1987, o Papa viaja à Argentina e lá se realiza a II Jornada Mundial da Juventude, a primeira fora dos muros de Roma. O tema escolhido para aquele primeiro encontro foi: "Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor." (1Jo 4, 16)
Em sua mensagem, o Beato João Paulo II recorda que a América Latina é o continente da esperança, onde se encontra o maior número de jovens. Lembra também da opção preferencial pelos jovens, proclamada em Puebla de los Ángeles, México.
O grande objetivo daquela jornada era preparar os jovens, que são os adultos de hoje, para serem os apóstolos do novo milênio. O objetivo de todas as jornadas é permitir que os jovens experimentem o entusiasmo e a alegria do amor de Deus, que os convoca à unidade e à solidariedade.
Vocês, jovens, estão no mundo, mas não são do mundo. Seus corações apontam para o céu. No entanto, isso não significa sectarismo ou exclusivismo. O fato de vocês se sentirem tocados por Deus e convidados a uma vida de maior entrega no amor significa que vocês são enviados para levar essa experiência aos outros. Esse é o tema da JMJ na América Latina 25 anos depois.
Jesus Cristo é nossa paz, veio trazer a unidade. Uniu dois mundos através do amor. A Cruz é o trono desde onde reina. E faz que céu e terra se toquem. Natural e sobrenatural. Imanente e transcendente (cf. Ef 2,14-15). É característica dos santos ser sumamente exigentes consigo mesmo, mas complacente com o outro. Sem compactuar com o pecado, é capaz de estender as mãos para levantar o irmão. Somente no encontro com Outro absoluto serei capaz de encontrar meu verdadeiro eu, e verei meus irmãos com o amor que é próprio do cristianismo. Nosso objetivo é criar pontes, pois muros já são muitos.
Agora é a vez de o Brasil sediar no Rio de Janeiro a próxima Jornada. Estamos conscientes de que somos servidores para bem acolher essa experiência belíssima – de uma juventude que quer demonstrar suas preocupações com o presente e o futuro da humanidade. Após as semanas missionárias que ocorrerão pelo Brasil e que são da responsabilidade da nossa Conferência Episcopal organizar (CNBB), e com quem estamos em perfeita unidade, todos como irmãos em Cristo de diversas nacionalidades e etnias se dirigirão ao Rio de Janeiro, Santuário Mundial da Juventude em julho de 2013.
Já temos a logomarca, a oração e o hino oficiais. Milhares de voluntários já estão inscritos e muitos deles já servem à Jornada em seus países. Agora, alguns deles começam também a chegar ao Rio de Janeiro para permanecerem até agosto de 2013. As inscrições dos peregrinos recentemente abertas aumentam a cada dia. As casas, salões paroquiais, apartamentos, escolas, universidades, clubes de serviços estão se abrindo para acolher os jovens para a hospedagem e as catequeses.
Agradeço aos bispos, padres, consagrados e leigos, especialmente aos jovens, pelo entusiasmo e alegria que demonstram nesta missão. A presença de tantos no Comitê Organizador local nos entusiasma e eleva o nosso coração a Deus para dar graças por tudo. A assistência continua do Pontifício Conselho para os Leigos, primeiro responsável pela Jornada, nos dá a garantia do caminho certo.
Contamos ainda com a disponibilidade dos governos federal, estadual e municipal para que, desempenhando as suas funções, possamos encontrar os caminhos melhores para bem recebermos a todos. Seja na semana missionária, seja durante os dias da JMJ Rio 2013.
Também os demais poderes e serviços da nação, dos estados e municípios estão atentos para realizarmos a melhor jornada possível. As empresas que estão se associando para ajudar a Jornada estão sinalizando que acreditam na juventude e estão disponíveis para, juntamente com os jovens, construírem uma sociedade justa e solidária.
Além dos legados sociais, culturais, econômicos da Jornada temos certeza de que a melhor herança é mesmo o clima de confiança do jovem no amanhã, com valores pelos quais vale a pena trabalhar e lutar.
Após 25 anos na Argentina, a Jornada Mundial da Juventude retorna à América Latina! Agradeço a Deus por poder fazer parte dessa história e convoco todos os jovens para que se unam em torno dessa missão. Vamos juntos e unidos trabalhar para que a experiência de Deus no seguimento de Cristo nos uma a todos hoje e sempre.
O lema da Jornada da Juventude na Argentina está na primeira pessoa do plural. Quer significar que o encontro pessoal com Cristo nunca é uma experiência individualista. Ela nasce dentro de uma comunidade que reza e intercede por seus filhos. Todos sabemos que a experiência com Cristo nos leva a anunciá-Lo: “Ide e fazei discípulos”! Assim como os apóstolos uma vez tendo encontrado com Cristo O anunciaram ao mundo. A primeira Jornada na América Latina teve como tema o Deus amor, conhecido pelos jovens. Agora estes jovens são chamados a levar esse Amor de Deus ao mundo, fazendo discípulos entre as nações. Minha admiração por todos vocês que, entusiastas, se preparam para vir ao Rio de Janeiro. Meu agradecimento a todos da Região Metropolitana do Rio que se preparam para bem acolher os peregrinos. A Igreja toda intercede por vocês, jovens, para que possam viver no amor e na missão de fazer discípulos.
Ao iniciarmos neste mês a Primavera no hemisfério sul, somos chamados a ser esse anúncio pascal de vida nova para todos: “juventude, primavera, esperança do amanhecer: venham, meus amigos, e sejam enviados como missionários”! Sejamos todos bem-vindos a esta bela e única experiência de vivermos juntos a JMJ Rio 2013!
† Orani João Tempesta, O. Cist.
  Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

sexta-feira, 28 de setembro de 2012


Do Encontro Europeu dos Jovens de Taizé à JMJ Rio2013
Bento XVI receberá jovens da Comunidade de Taizé durante encontro a Roma
Por Maria Emília Marega
ROMA, quinta-feira, 27 de setembro de 2012(ZENIT.org) – O Serviço Diocesano para a Pastoral da Juventude de Roma promoveu o encontro “Rumo ao Rio de Janeiro – Do Encontro Europeu dos Jovens de Taizé à Jornada Mundial da Juventude”, em preparação para a JMJ Rio2013, juntamente com a Comunidade de Taizé.
Há 35 anos a Comunidade Ecumênica de Taizé realiza anualmente o “Encontro Europeu dos Jovens de Taizé”. A idéia do fundador, Irmão Roger, morto em 2005, é de uma peregrinação de confiança através da terra, explicou a ZENIT o irmão David que está em Roma especialmente para organizar o Evento.
Durante todo o ano a Comunidade acolhe muitos jovens na pequena aldeia de Taizé, na França, para uma experiência de oração, retiro, reflexão e encontro. “O irmão Roger compreendeu ao ouvir estes jovens, que era importante também proporcionar espaços em que pudessem descobrir e conhecer a realidade concreta de uma igreja local numa grande cidade”, afirmou irmão David.
O Encontro Internacional acontece todos os anos em uma grande metrópole européia, entre o Natal e o Ano Novo, onde os jovens são acolhidos pela igreja local: famílias, paróquias e comunidades religiosas.
A programação é intensa, são três momentos de oração comunitária: um momento de reflexão em pequenos grupos, um momento de descoberta da realidade paroquial local e workshop.
Este ano o Encontro Europeu dos Jovens de Taizé será em Roma e haverá visita às Catacumbas, concerto, um workshop sobre ciência e fé, e reflexões bíblicas em diferentes igrejas da cidade. As orações da tarde serão realizadas nas quatro basílicas papais de Roma, onde os jovens poderão cantar com tranquilidade os cantos da Comunidade de Taizé.
A grande novidade para este ano será o encontro com Bento XVI. O Papa, logo no início do encontro, dia 29 de dezembro às 18 da tarde, irá acolher os jovens para um momento de oração na Basílica de São Pedro.
“Taizé é uma Comunidade Ecumênica, mas que busca, de fato, uma reconciliação, está em comunhão com a Igreja”, afirmou irmão David. “O papa João XXIII dizia ao irmão Roger que a Igreja Católica é como círculos concêntricos cada vez maiores, e nós, nos situamos nestes espaços. Sendo uma comunidade ecumênica acolhemos irmãos de diferentes Igrejas, e procuramos reunir jovens católicos com jovens protestantes e ortodoxos, que querem caminhar na mesma direção: ao encontro com Cristo e ao serviço dos irmãos”.
Um dos sinais concreto de comunhão é a participação dos jovens de Taizé nas Jornadas Mundiais da Juventude com o Papa. “Desde a primeira JMJ estamos presentes, durante a própria Jornada animamos um espaço de oração, e vamos fazê-lo também no Rio de Janeiro”, comentou irmão David. “Durante todo o ano procuramos falar com os jovens desta oportunidade de viver a JMJ, e o Encontro Europeu de Roma será uma importante etapa em preparação para a JMJ Rio 2013. Os jovens terão a oportunidade de viver alguns meses antes esta experiência de Igreja Universal”. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


Por que a confissão ao menos uma vez por ano?
Pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual, aponta uma resposta
Nesta sexta-feira, 21 de setembro de 2012 a Zenit (ZENIT.org) publicou este artigo do pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual a respeito da confissão.

Muitos sacerdotes recomendam a confissão pelo menos uma vez ao ano, conforme é indicado pelo número 2042 do Catecismo da Igreja Católica. Outros sacerdotes dizem que a confissão não é necessária se não se cometeram pecados graves. Assim, quem avalia que não cometeu nenhum pecado grave acaba não se confessando nem mesmo uma vez por ano. Pe. Edward, qual é a sua opinião a este propósito?

Pe. Edward: Eu acho que podemos encontrar a resposta olhando para os diferentes contextos.
Em primeiro lugar: "Os fiéis são obrigados a confessar, de acordo com tipo e número, todos os pecados graves cometidos depois do batismo e ainda não diretamente perdoados pelo poder das chaves da Igreja, nem acusados ​​em confissão individual, dos quais tenha consciência depois de um diligente exame".
"§ 2. Recomenda-se aos fiéis confessar também os pecados veniais".
O cânon 989 indica que o tempo máximo para cumprir a exigência é de um ano. Muitos intérpretes do direito canônico consideram que a obrigação se aplica apenas aos pecados mais graves. Supondo-se que uma pessoa não tenha cometido pecados mortais, este cânon não se aplicaria a ela.
Vemos também que o catecismo, no número 1457, menciona o cânon 989 e aborda a necessidade de confessar os pecados graves antes de receber a comunhão.
No número 2042, o catecismo se refere de novo ao cânon 989 na nota de rodapé, sob a perspectiva da vocação do homem e da sua vida no espírito, considerando o segundo preceito como um requisito mínimo para o crescimento espiritual.
Por esta razão, o segundo preceito não fala de "pecados graves ou mortais" e é prescritivo, havendo pecado grave ou não. Portanto, o número 2042 do catecismo diz que a confissão anual "garante a preparação para a eucaristia por meio da recepção do sacramento da reconciliação, que continua a obra de conversão e de perdão do batismo".
Aqui, a confissão não é vista apenas como um meio necessário para sermos absolvidos do pecado mortal, mas como uma das formas habituais, se não necessárias, para o progresso espiritual.
O compêndio do catecismo também não faz nenhuma menção à necessidade de pecado mortal para que a confissão seja obrigatória ao menos uma vez por ano. No número 432, ele formula o preceito da seguinte forma: “Confessar os pecados, recebendo o sacramento da reconciliação, pelo menos uma vez ao ano”.
Assim, tanto o catecismo quanto o compêndio descem da teoria canônica à realidade da vida cristã. A ideia de que a obrigação canônica de se confessar uma vez por ano exista somente em caso de pecado grave é boa no papel, mas a experiência de muitos diretores espirituais nos ensina que é raro que se evite o pecado grave durante um ano ou mais do que um ano.
Sem dúvida, nos casos em que uma pessoa consegue evitar os pecados graves no decorrer de vários anos, é porque ela regularmente e frequentemente confessa os seus pecados veniais e usa o sacramento da reconciliação para crescer na sensibilidade da consciência e no amor de Deus. Essas almas também usam outros meios de progresso espiritual, como a oração frequente, comungar regularmente e fazer obras de caridade.
Temos que notar ainda que o dever de se confessar uma vez por ano não recai em quem não pode fazê-lo, seja por causa da idade, de doença ou de outros motivos justos.
A dificuldade a respeito deste assunto pode nascer da grande redução sofrida pelo conceito de pecado mortal, a ponto de ele nem ser mais entendido como tal. Muitas vezes, as pessoas o confundem com a violação do sexto mandamento.
Nós, sacerdotes, temos que lembrar aos fiéis e a nós mesmos que há sete pecados capitais (orgulho, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça) e que cada um deles envenena a alma de maneira diferente.
Além de tudo isto, a obrigação da confissão uma vez por ano ajuda todos nós a lutar contra o pecado da presunção diante do julgamento divino.

FONTE www.Zenit.org

terça-feira, 18 de setembro de 2012


"A vocação da Igreja e do cristão é servir"
Homilia de Bento XVI durante missa no City Center Waterfront de Beirtute
BEIRUTE, domingo, 16 de setembro de 2012(ZENIT.org) – Às 10:00 da manhã de hoje, XXIV Domingo do Tempo Comum, o Papa presidiu à celebração da Santa Missa por ocasião da publicação da Pós-sinodal Ecclesia no Oriente Médio da Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos.
Após a proclamação do Santo Evangelho, Bento XVI pronunciou a seguinte homilia:
Amados irmãos e irmãs!
«Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo» (Ef 1, 3). Bendito seja Ele neste dia em que tenho a alegria de me encontrar convosco aqui, no Líbano, para entregar aos Bispos da região a Exortação apostólica pós-sinodal Ecclesia in Medio Oriente. Agradeço cordialmente a Sua Beatitude Béchara Boutros Raï as amáveis palavras de boas-vindas. Saúdo os outros Patriarcas e os Bispos das Igrejas orientais, os Bispos latinos das regiões vizinhas bem como os Cardeais e os Bispos vindos doutros países. Com grande afecto, saúdo a todos vós, queridos irmãos e irmãs do Líbano e também dos países de toda esta amada região do Médio Oriente, que viestes celebrar, com o sucessor de Pedro, Jesus Cristo crucificado, morto e ressuscitado. Dirijo também a minha deferente saudação ao Presidente da República e às Autoridades libanesas, aos Responsáveis e aos membros das outras tradições religiosas que quiseram estar aqui nesta manhã.
Neste domingo em que o Evangelho nos interpela sobre a verdadeira identidade de Jesus, sentimo-nos a caminhar com os discípulos na estrada que leva às aldeias da região de Cesareia de Filipe. «E quem dizeis vós que Eu sou?» (Mc 8, 29): pergunta-lhes Jesus. O momento escolhido para lhes colocar esta questão não é sem significado. Jesus encontra-se num ponto de viragem decisiva da sua vida. Sobe para Jerusalém, para o lugar onde será realizado, através da cruz e ressurreição, o acontecimento central da nossa salvação. É também em Jerusalém que, depois de todos estes acontecimentos, vai nascer a Igreja. E, neste momento decisivo, Jesus começa por perguntar aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que Eu sou?» (Mc 8, 27), recebendo deles respostas muito variadas: João Batista, Elias, um profeta… Ainda hoje, como ao longo dos séculos, aqueles que, de diversas maneiras, se cruzaram com Jesus no seu caminho têm a sua resposta a dar. São abordagens que podem ajudar a encontrar o caminho da verdade. Mas as mesmas, embora não sejam necessariamente falsas, são insuficientes, porque não atingem o cerne da identidade de Jesus. Só alguém que aceite seguir pelo seu caminho, viver em comunhão com Ele na comunidade dos discípulos, é que pode ter um verdadeiro conhecimento. Tal é o caso de Pedro, que, desde há algum tempo, vive com Jesus e que agora responde: «Tu és o Messias» (Mc 8, 29). Resposta certa, sem dúvida alguma; mas ainda insuficiente, dado que Jesus sente a necessidade de a especificar. Ele entrevê que as pessoas poderiam servir-se desta resposta para desígnios que não são os seus, para suscitar falsas esperanças temporais sobre Ele. Não se deixa bloquear nos simples atributos do libertador humano que muitos esperam.
Anunciando aos seus discípulos que terá de sofrer, ser condenado à morte e depois ressuscitar, Jesus quer fazer-lhes compreender quem Ele é verdadeiramente. Um Messias sofredor, um Messias servo, e não um libertador político omnipotente. Ele é o Servo obediente à vontade de seu Pai até ao ponto de perder a sua vida. É o que anunciava já o profeta Isaías na primeira leitura. Assim Jesus vai contra o que muitos esperavam d’Ele. A sua afirmação choca e desconcerta. E ouve-se o protesto de Pedro, que O censura, recusando para o seu Mestre o sofrimento e a morte. Jesus mostra-se severo com ele, e faz-lhe compreender que aquele que quiser ser seu discípulo deve aceitar ser servo, como Ele Se fez Servo.
Seguir Jesus significa tomar a própria cruz para O acompanhar pelo seu caminho, um caminho incómodo que não é o do poder nem da glória terrena, mas o que leva necessariamente a renunciar a si mesmo, a perder a sua vida por Cristo e pelo Evangelho, a fim de a salvar. É que nos foi dada a certeza de que este caminho leva à ressurreição, à vida verdadeira e definitiva com Deus. Decidir acompanhar Jesus Cristo que Se fez o Servo de todos exige uma intimidade cada vez maior com Ele, colocando-se atentamente à escuta da sua Palavra, a fim de tirar dela a inspiração para o nosso agir. Ao promulgar o Ano da Fé, que começará em 11 de Outubro próximo, quis que cada fiel pudesse comprometer-se de maneira renovada neste caminho da conversão do coração. Por isso, ao longo deste ano, encorajo-vos vivamente a aprofundar a vossa reflexão sobre a fé para a tornar mais consciente e fortalecer a vossa adesão a Jesus Cristo e ao seu Evangelho.
Irmãos e irmãs, o caminho por onde Jesus nos quer conduzir é um caminho de esperança para todos. A glória de Jesus revela-se no momento em que, na sua humanidade, Ele Se mostra mais frágil, especialmente na encarnação e na cruz. É assim que Deus manifesta o seu amor, fazendo-Se servo, dando-Se a nós. Porventura não é este um mistério extraordinário, por vezes difícil de admitir? O próprio apóstolo Pedro só o compreenderá mais tarde.
Na segunda leitura, São Tiago lembrou-nos como este seguimento de Jesus, para ser autêntico, exija actos concretos: «Pelas obras, te mostrarei a minha fé» (Tg2, 18). Servir é uma exigência imperativa para a Igreja, de modo que os cristãos são verdadeiros servos à imagem de Jesus. O serviço é um elemento constitutivo da identidade dos discípulos de Cristo (cf. Jo 13, 15-17). A vocação da Igreja e do cristão é servir; e fazê-lo, como o próprio Senhor, gratuitamente e a todos sem distinção. Assim, servir a justiça e a paz, num mundo onde a violência não cessa de alongar o seu rasto de morte e destruição, é uma urgência de modo a comprometer-se em prol duma sociedade fraterna, para edificar a comunhão. Amados irmãos e irmãs, peço ao Senhor de modo particular que conceda a esta região do Médio Oriente servidores da paz e da reconciliação, para que todos possam viver pacífica e dignamente. É um testemunho essencial que os cristãos devem prestar aqui, em colaboração com todas as pessoas de boa vontade. Eu vos convido a todos a trabalhar pela paz; cada qual ao seu nível e no lugar onde se encontra.
Além disso o serviço deve estar no centro da vida da própria comunidade cristã. Todo o ministério, toda a função na Igreja é primariamente um serviço a Deus e aos irmãos. É este espírito que deve animar todos os baptizados, uns em relação aos outros, especialmente através dum compromisso efectivo a favor dos mais pobres, dos marginalizados, daqueles que sofrem, para que seja preservada a dignidade inalienável de toda a pessoa.
Queridos irmãos e irmãs que sofreis no corpo ou no coração, o vosso sofrimento não é inútil. Cristo Servo está perto de todos aqueles que sofrem. Está presente junto de vós. Oxalá encontreis no vosso caminho irmãos e irmãs que manifestem concretamente a presença amorosa de Cristo, que não vos pode abandonar. Permanecei cheios de esperança por causa de Cristo!


E vós todos, irmãos e irmãs, que viestes participar nesta celebração, procurai tornar-vos cada vez mais conformes ao Senhor Jesus, Ele que Se fez Servo de todos pela vida do mundo. Deus abençoe o Líbano, abençoe todos os povos desta amada região do Médio Oriente e lhes conceda o dom da sua paz. Amen.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Hino oficial da JMJ acaba de ser lançado


Acabou de ser anunciado o hino oficial da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, durante a festa “Aventura da Cruz”, no Rio de Janeiro! No dia em que a Igreja celebra a Exaltação da Santa Cruz, o hino “Esperança do Amanhecer!”, composto pelo padre José Cândido, da Arquidiocese de Belo Horizonte, foi divulgado. 

O hino e a letra podem ser baixados aqui.

Os hinos das Jornadas representam sempre um dos grandes marcos dos encontros mundiais da juventude com o Santo Padre e desta vez não será diferente: com letra e melodia simples, a música vai conduzir os jovens do mundo inteiro que participarão da JMJ, no ano que vem, em momentos de oração, convivência e, principalmente, para que sejam impulsionados a corresponder ao apelo de Cristo, contido no tema da JMJ de 2013: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19).
Além disso, a letra do hino, inspirado na natureza do Rio de Janeiro e no Cristo Redentor, um dos principais pontos turísticos da capital fluminense, leva o jovem a meditar sobre sua pertença a Cristo e o amor de Deus que sustenta e garante a fidelidade do cristão, conforme indica o hino.
Anunciar Teu Evangelho
a toda gente é transformar
o velho homem em novo homem
em mundo novo que vai chegar.
Este trecho da composição indica como os jovens podem seguir o apelo de Jesus enquanto missionários a fim de que todos os povos, raças e nações experimentem a renovação de Cristo em toda terra e, assim, formem homens novos para um mundo novo.


Confira a íntegra do Hino Oficial da JMJ Rio 2013, “Esperança do Amanhecer!”: 
Cristo nos convida:
“Venham, meus amigos!”
Cristo nos envia:
“Sejam missionários!”
Sou marcado desde sempre
com o sinal do Redentor,
que sobre o monte, o Corcovado.
abraça o mundo com Seu amor.
Juventude, primavera,
esperança do amanhecer;
quem escuta este chamado
acolhe o dom de crer!
Quem no dera fosse a terra,
fosse o mundo todo assim!
Não à guerra, fora o ódio,
só o bem e a paz a não ter fim.
Do nascente ao poente,
nossa casa não tem porta,
nossa terra não tem cerca,
nem limites o nosso amor!
Espalhados pelo mundo,
conservamos o mesmo ardor.
É tua graça que nos sustenta
nos mantém fiéis a Ti, Senhor!
Atendendo ao teu chamado:
“Vão e façam, entre as nações,
um povo novo, em unidade,
para mim seus corações!”
Anunciar Teu Evangelho
a toda gente é transformar
o velho homem em novo homem
em mundo novo que vai chegar.

Festa da “Aventura da Cruz”
Antes do lançamento oficial do hino pelo Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, a noite teve início com muita animação e expectativas!
Na primeira parte da noite, jovens do Setor Juventude da Arquidiocese do Rio se reuniram com o núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D´Aniello, para apresentar ao embaixador do Vaticano no país o que os jovens brasileiros esperam do Santo Padre.
Em seguida, tiveram início as apresentações no palco montado ao lado da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no bairro de Santa Cruz, com animação de DJ's católicos, apresentação do Setor de Juventude (representantes de movimentos, pastorais, congregações e comunidades que trabalham com a evangelização juvenil) e shows com cantores católicas, entre eles Adriana Arydes, Olivia Ferreira, Eliana Ribeiro, Walmir Alencar e Leandro Souza (banda Frutos de Medjugore), que participaram da gravação do clipe do hino da Jornada, no último dia 23 de agosto.
Após o lançamento, Dom Giovanni presidirá a Santa Missa e toda a programação desta noite se encerrará às 6h, deste sábado, 15, pois durante toda a madrugada os jovens permanecerão em vigília em intercessão pelos preparativos da JMJ.

Fonte: Jovens Contectados

quinta-feira, 13 de setembro de 2012


Lideranças juvenis e assessores traçarão rumo da ação evangelizadora em encontro
Após a JMJ 2013, rumo à evangelização da juventude da Igreja no Brasil
BRASILIA, segunda-feira, 10 de Setembro de 2012 (ZENIT.org) - Em setembro de 2013, após a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), jovens e assessores das diferentes expressões que atuam junto à Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB estarão juntos em um encontro para dar o rumo à evangelização da juventude da Igreja no Brasil. A proposta foi decidida entre 15 dos 17 bispos referenciais da juventude nos 17 regionais, reunidos na última terça e quarta-feira (4 e 5) em Brasília. O encontro deverá ser na capital federal.
Segundo o presidente da comissão e bispo auxiliar de Campo Grande, dom Eduardo Pinheiro, esse evento vai amarrar propostas concretas para dinamizar a pastoral juvenil nas dioceses.
Os bispos regionais já estão levantando sugestões para se trabalhar o caminho de evangelização após  a jornada. “A ação evangelizadora da juventude é a grande meta da JMJ em um país. Já estamos vivendo essa meta com a peregrinação da Cruz e do Ícone nas dioceses, que desafia a ação para novas posturas”, disse dom Eduardo Pinheiro. A pesquisa dos bispos deve continuar com um questionário para todas as dioceses. 
Metas
Além desse encontro, outras metas para 2013 traçadas pela Comissão Episcopal são:
- Implementar o projeto de revitalização da Pastoral Juvenil;
- Aprofundar e vivenciar a Campanha da Fraternidade 2013;
- Aprofundar o Documento 85 e o Documento Civilização do Amor;
- Continuar acompanhando a organização do Setor Juventude na instância diocesana.
O bispo de Caxias (MA), referencial para a juventude do Regional Nordeste 5 da CNBB (que engloba todo o Maranhão) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, dom Vilson Basso, lembrou que a Igreja no Brasil sempre esteve ligada ao trabalho com a juventude na dimensão latino-americana. ”Desde Medelín e Puebla, o Brasil tem participado de todos os encontros latino-americanos de pastoral juvenil, dos congressos e outros eventos. A Igreja no Brasil tem trabalhado junto com o Celam [Conselho Episcopal Latinoamericano] nesse serviço bonito.”
Durante a reunião, foi feita uma retrospectiva da caminhada da atual Coordenação Nacional de Pastoral Juvenil, em particular sobre a sua comunhão com as atividades e projetos do Cone Sul e da Pastoral Juvenil Latino-americana.
Semana Missionária
A preparação para a Semana Missionária, atividade em todas as dioceses que antecederá a Jornada Mundial da Juventude, e os subsídios elaborados em preparação para esse momento e para o Dia Nacional da Juventude foram apresentados pelos bispos.
Segundo o assessor da comissão padre Antônio Ramos do Prado, mais conhecido como padre Toninho, a reunião foi uma das mais produtivas, por aprofundar o projeto da identidade da pastoral juvenil. De acordo com ele, a peregrinação da Cruz e o Bote Fé têm ajudado gerar unidade na juventude e a aproximação do clero.
(Fonte: Jovens Conectados)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Carta Convite para o II Encontro Nacional da Juventude Claretiana

Estimados irmãos e irmãs jovens da Família Claretiana, após a experiência que tivemos no início do ano, na cidade de Pouso Alegre, no I Encontro Nacional da Juventude Claretiana, temos a graça de convidar a juventude de seu centro missionário para a participação do II Encontro a ser promovido desta vez, na cidade de Londrina – PR. O objetivo principal do encontro é estabelecer o fortalecimento da juventude que se encontra em nossos centros missionários e também aprofundar as propostas elaboradas em Pouso Alegre e discutidas ao longo do ano pelo Conselho da Juventude Claretiana.
Nestes parâmetros, teremos três grandes momentos que serão vivenciados neste II Encontro. O primeiro deles é um maior aprofundamento da vida de Santo Antônio Maria Claret, tendo como base a sua autobiografia e o conhecimento de alguns traços de nosso fundador. Em um segundo momento aprofundaremos a vivencia dos subsídios que foram preparados para serem um guia de auxilio e formação aos grupos de jovens atuais e os que podem surgir ao longo do ano. Por fim, o terceiro grande momento está por conta da vivencia celebrativa e formativa do Ofício Divino da Juventude e da preparação para a JMJ+FC 2013.
Com este convite, desejamos fortalecer a atuação e estimular você a assumir o trabalho de fermentação do setor Juventude em nossa Congregação e, sobretudo, a ser um instrumento de auxilio aos jovens da sua realidade local.  Por isto, estamos enviando esta carta convite, para comunicar-te do encontro e também solicitamos a presença de dois jovens comprometidos de tua realidade missionária para participar deste grande encontro. Ainda recordo que estes jovens necessitaram apresentar a realidade da juventude onde vivem em Power Point para conhecimento da realidade e uma possível resposta a estes mesmos questionamentos. A apresentação não poderá passar de 10 minutos. 
Aguardaremos a resposta desta até o dia 24 de Outubro pelos meios de comunicação que se seguem abaixo.
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II ENCONTRO NACIONAL DA JUVENTUDE CLARETIANA
Proposta: Conhecimento da realidade jovem dos diversos estados; aprofundamentos da vida de Santo Antonio Maria Claret e das linhas de ação elaboradas no ano de 2012, tendo algumas informações sobre JMJ+FC 2013
Inicio: 23/01/2013 ás 18h – Com Missa e Termino: 26/01/2012 – Com oração do Oficio da Juventude.
Local: Paroquia do Coração de Maria – Londrina: Av. Higienópolis, 1073
Custo: 50,00 (cinquenta reais, para auxilio nas despesas)

·         Obs.: Confirmação de presença através dos contatos:

o  Alisson da Silva  juv.claret@yahoo.com.br (041) 3056 – 1364 ou (041) 9188-8590 
o  Ir. Isabel Viveiros, Insfe procuradoriacmf@hotmail.com (011) 3823-1057.
o  Pe. Fernando Henrique, cmf fernandocmf007@gmail.com; (11) 98228-9597


Atenciosamente,
Pe. Fernando Henrique Alves, cmf 
Animador do setor Juventude dos Missionários Claretianos do Brasil