quinta-feira, 26 de abril de 2012






ECLIPSE      

   Aconteceu no dia 21 de abril de 2012 ás 21h30min, na Paróquia Santuário Nossa Senhora do Rosário em Ribeirão Preto iniciou II Eclipse da Forania Santa Maria Goretti , com o tema Jovens Sarados em Missão e, o lema :  Vós sois testemunhas de tudo isso” (Lc 24,48). Contando com a presença de aproximadamente 160 jovens de 10 paróquias da nossa Forania.
   O encontro foi iniciado com uma missa celebrada pelo Pároco, Pe. Julio César Melo Miranda, CMF . Após a missa os jovens tiveram oportunidade de assistir uma apresentação de dança de música eletrônica, uma dinâmica de integração e um lanche para iniciar as atividades. Feito isso os jovens foram divididos em dez grupos, onde cada grupo tinha um monitor responsável, cada grupo tinha aproximadamente 15 jovens e, o monitor tinha em mãos a ordem certa para conduzir cada grupo. As oficinas eram: Espiritualidade,  Extermínio de Jovens,  Dança,  Teatro,  Vocação,  Artes,  Culinária,  Campanha da Fraternidade,  Dinâmica e animação,  Música e, durante a quinta até a sexta oficina foi realizado um intervalo, com distribuição de alimentos que os jovens produziram na oficina de culinária.
   Após o termino das oficinas, todos jovens às 6h se encontraram na quadra para realizar a oração final e a reflexão de todas as oficinas e, depois foi dado um lanche final e despedida dos jovens ás 6h30.
   Foi uma madruga de muita oração e diversão, mas todos com o mesmo proposito Deus é alma, pensamento e coração.

Depoimento de uma jovem que participaram do Eclipse:
Por ser o meu 1º Eclipse foi muito divertido. Muitas oficinas como Dança, Teatro, Musica, Artes  e  Culinária animaram a noite , mas a oficina de Espiritualidade, Extermínio de Jovens(que tocou muito no assunto do preconceito da sociedade com os jovens e como podemos mudar isso, mostrando a força que o jovem tem.)  a Campanha da Fraternidade foi que mais me passou sentido que queriam transmitir para os jovens. Adorei , estou ansiosa para o próximo Eclipse.
Bianca Pietra, 13 anos.
Santuário Nossa Senhora do Rosário

Autores do artigo: Eliana Galine e Diego Egydio.

terça-feira, 24 de abril de 2012


IV Retiro Jovem do Coração de Maria em Goiânia  

     Entre os dias 19 a 21 de Abril, na cidade Aparecida de Goiânia, ocorreu o IV Retiro do Grupo Jovens de Goel da Paroquia do Coração de Maria em Goiânia. Este retio teve como objetivo realizar uma abordagem das condições dos jovens nos dias atuais, refletindo sobre relacionamentos afetivos, familiares e entre os amigos. Com ênfase na experiência de Deus que somos convidados a responder com nossa vida e vocação.
    O retiro contou com a presença de 80 jovens que frequentam de maneira assídua o grupo que reuniu-se todos os domingos as 18h e após participam da missa. Também contou com o apoio de diversos movimentos paroquiais. A base do encontro foram quatro palestras dividas entre os dias e ao final todos foram recepcionados pelo pároco Pe. Marcos Valério e pelo responsável da juventude na paroquia, Pe. Antônio Romildo além do Animador do Setor Juventude da Congregação Pe. Fernando Henrique.
    Desde já agradecemos a todos os envolvidos neste rico e intenso projeto de aprofundamento espiritual e também por acreditarem na força que possuem a juventude. De modo especial, rendamos graças aos coordenadores do grupo que articularam junto à comunidade Claretiana local e provincial este rico momento de vida a juventude de Goiânia.

sexta-feira, 20 de abril de 2012





           ENCONTRO CLARET NO COLÉGIO STELLA MARIS EM TAGUATINGA 

            Nos dias 13 e 14 de abril deste ano aconteceu o Encontro Claret, que reúne jovens do colégio Stella Maris para dois dias de diálogo com Deus. O encontro reuniu alunos do 2º e 3º ano do ensino médio e servi como referência na função evangelizadora de colégios confessionais, podendo se tornar um exemplo para outras cidades.
            O evento contou com a presença empenhada de professores, que são um ponto importante no sucesso alcançado. Outro fator interessante é a mistura de momentos de formação, oração e diversão. O terceiro quesito que merece destaque é a participação de alunos de outras denominações religiosas, afinal o objetivo do encontro é fazer com que o jovem tenha uma vivência fraterna e comunitária onde se pode encontrar com Deus.
            Como convidados participaram eu (Pedro), Jéssica, Natasha e o padre Fernando Henrique, como meio de aprendermos como o Stella Maria conseguiu nos anos de sua história construir um sólido projeto de evangelização para jovens dentro dos atuais conflitos religiosos com o laicismo promovido dentro dos ambientes de educação.
            Fica aqui um forte abraço a todos que no passado e no presente podem dar aos jovens e a Deus esse bonito presente.

Aqui estão perguntas feitas a três dos jovens no final do encontro:     
           
1-      Quantas vezes você já participou do encontro?
2-      Qual a expectativa em relação ao encontro?
3-      O que mudou após o encontro?
4-      Seus pais o apoiam na participação do encontro?
5-      Com o encontro vocês se sentiram tocados a fazer algo novo?
6-      Com o fim do terceiro ano como será o acompanhamento de vocês fora da escola?
7-      Como vocês enxergam a participação de não católicos?
8-      Como vocês se sentem em estudar num colégio claretiano?





Depoimentos:
Mariana Rabelo Cunha Ferrandini
3º ano, 17 anos.
Há cinco anos participa do Encontro Claret.

O encontro é praticamente uma lavagem da alma, um verdadeiro encontro com o Espírito Santo. Nos torna mais fraternos e faz com que possamos enxergar o Cristo em cada um. Com isso nossas relações interpessoais tornaram-se mais intensas, crescendo assim através do amor, o respeito com os nossos irmãos. Em casa minha mãe me apoia bastante na participação dos encontros, já meu pai tem aversão a Igreja e acha perda de tempo tanto os encontros, quanto a ida a Missa aos domingos. Apesar das dificuldades em seguir sempre um bom caminho me alegra ao saber que temos um exemplo de missionário e fundador dos claretianos.  Em relação a  participação de jovens cuja religião diverge da Católica não nos incomoda, apenas nos mostra que, realmente, não deve haver essa segregação. Somos unidos para tudo mesmo. Com o fim do terceiro ano, penso em levar adiante este sentimento completo que me enche a cada encontro. Penso em participar de grupos jovens e tentar converter ao máximo o maior número de pessoas. A saudade será imensa. É uma família. Somos muito “grudados”. A vontade de que todos sigam o melhor caminho é imensurável e isto ficará mais difícil de longe. Todos dizem que os amigos conquistados no ensino médio serão eternos e eu tenho esta certeza agora. Obrigada ao pessoal que luta em levar esta proposta a mais jovens. Se serve para a galera do Stella Maris dará muito certo aos estudantes dos outros lugares, também.

Guilherme P. Costa
3º ano, 17 anos.
Há quatro anos participa do Encontro Claret.

Tenho a expectativa de ajudar meus amigos a se aproximarem de Deus, ter minha experiência com Ele e me divertir. Mudou minhas relações de amizade, minha vida espiritual, minha relação com os professores e meus momentos de reflexão. Meus pais não influenciaram desde o 1º Encontro eu vim por vontade própria.
Senti-me tocado, tanto em minhas experiências quanto em meus projetos. Com o fim do 3º ano espero permanecer do jeito que estou agora, continuar indo a missa, frequentando meu grupo e manter os laços feitos aqui.
Acho ótima participação de não católicos, até por que o encontro não é destinado a católicos e evangélicos. Todo jovem necessita de ao menos um encontro como esse, nossos valores e nossos pensamentos se aprimoram depois daqui. Uma emoção grande que só o próprio Deus pode explicar.

Érika Tayná de Souza Nascimento
3º ano, 16 anos.
Primeira vez que participa do Encontro Claret.

O encontro é uma renovação espiritual, uma experiência maior com Deus, nos proporciona uma intimidade maior com Ele. Certamente eu não serei a mesma depois deste encontro, estou mais focada em Deus. Mudou a minha vida! Mudou a minha forma de ver muitas coisas, quebrou conceitos, me fortaleceu e me fez crescer na presença de Deus. Os meus pais tinham um pouco de receio por serem assim como eu de outra religião, mas a minha vontade e certamente a de Deus quebrantou o coração deles. Todos nós temos e seguimos o mesmo ideal, a vida plena em Jesus, por isso não vejo problema na participação de não católicos nos encontros. A caminhada com Deus não pode parar, agora é fé e foco Nele, sempre e para sempre! Buscarei mais intimidade e quando eu balançar procurarei alguém mais forte espiritualmente para me ajudar. O encontro transforma todos que abrem o seu coração, é notável isso. Mesmo sendo o único que participei, sentirei uma falta grande e considerável. Recomendo sim, virei fã, seria bom que todos experimentassem isso, não se arrependeriam.


Sem mais Pedro Brasilino 

quarta-feira, 18 de abril de 2012


Palestra Vocacional sobre a Vida no Colégio Stela Maris em Taguatinga

       No dia 13 de Abril, no Colégio Stella Maris de Taguatinga, o animador do Setor Juventude esteve junto aos alunos do 9º ano para refletir sobre dois temas: a resposta vocacional que cada jovem necessita dar ao longo de sua vida e depois o tema que estava em voga na mídia nacional sobre a questão da interrupção da gravidez por conta da Anencefalia. Este encontro contou com a presença de 90 jovens do período diurno, com a apresentação de slides, dinâmicas de integração do grupo e orações para os temas expostos acima.
      Desde já agradeço a Diretora do Colégio Srta. Denise e a coordenadora do núcleo religioso Srta. Zarifa, pela oportunidade concedida ao Setor Juventude de fazer-se presente, para o despertar destes nossos alunos a temas que às vezes passam despercebidos em nossa realidade enquanto humanidade. E nós do Setor Juventude desejamos muitas forças a todos os envolvidos na educação dos futuros promissores do Brasil. 

segunda-feira, 16 de abril de 2012


O encontro que não pode ser esquecido
Refelxão sobre a Páscoa por Frei Patrício Sciadini, ocd
ROMA, domingo, 15 de abril de 2012(ZENIT.org) -  *Frei Patrício Sciadini, ocd, apresenta aos leitores de ZENIT uma reflexão sobre a palavra Páscoa.

A palavra “Páscoa” evoca no coração de todos nós cristãos sentimentos de alegria, de fé, de amor pela Pessoa de Jesus que, tendo vencido a morte,  ressuscitou  dando-nos a todos o anúncio  que não somos mais escravos da morte e do pecado. A vida resplandece e floresce em quem crê no Senhor ressuscitado. Mas ao mesmo tempo esta palavra evoca  todo o caminho que o povo de Israel realiza  desde a sua libertação da escravidão do Egito nas noites estreladas no deserto, na experiência do frio e do calor, da fome. Evoca a tentação da idolatria de um lado e de outro o amor incansável de Deus  que através de Moises, caminha na frente do povo  rumo a terra prometida. Um caminho que  inicia com a libertação e que termina  somente no encontro definitivo com o novo cordeiro imolado, Cristo Jesus, em cujo sangue somos lavados e nossas vestes se fazem mais brancas do que a neve.

Páscoa, nova aliança sagrada da passagem da morte a vida. A grande páscoa de Cristo, resultado de tantas pequenas Páscoas que se realizam no caminho  de todo cristão. Páscoa, experiência de nossa fragilidade e da graça de Deus. Um encontro que  não pode ser esquecido porque é festa  a ser contada de pai para filho  por todas as gerações. Celebração em que o menor de todos, vendo todos os preparativos,  fica extasiado  e se aproxima do mais velho e pergunta  com alegria e brilho nos olhos: por que fazemos isto? E  inicia  o relato pascal,  a grande alegria  de contar aos que vêm depois de nós  que fomos amados por Deus e libertados de todos os nossos pecados.

Páscoa celebrada de pé,  com sandálias nos pés, com bastão na mão, comendo o cordeiro “sem mancha e defeito”, imolado,   pronto para retomar  o caminho, comido com erva amarga para que o povo nunca esqueça que a alegria maior é sempre unida a cruz e a dor. Uma dor de alegria e celebração, é verdade que os pés sangram e doem, que o coração está ferido,  mas é também verdade que  um espírito novo  está presente no coração de quem crê. Páscoa  nova, celebrada  não mais de pé, mas com pressa, por Jesus no cenáculo como despedida solene  dos seus discípulos, como entrada dolorosa na paixão, onde o mesmo Jesus  experimenta  o abandono de todos, a solidão, a dificuldade do caminho, as lágrimas amargas, a negação dolorosa. Mas com plena consciência de ter realizado o projeto do Pai até o fim no amor oblativo de si mesmo. Onde tudo é consagrado com o derramamento do seu sangue,  sangue vivo de amor e fecundante  de una nova vida.

Páscoa não compreendida, sofrida  no início do caminho da traição, mas que  na medida em que  a morte de cruz  se aproxima, aumenta a dor e incerteza, o medo  de que tudo está terminado. Mas o Cristo caminha de  cabeça erguida,  voluntariamente, até o calvário, para  se consumir  no amor ao Pai. O seu “tudo está consumado” não é desespero e nem  fracasso, mas sim realização de amor e “sim”  definitivo. Como é bela a páscoa contemplada como pequenas ou grandes mortes, pequenas ou grandes ressurreições. Páscoa é festa que se prepara a partir de dentro para fora,  num processo de conversão e de infinito amor. Experiência de pecado e de graça, somente os que  tem atravessado consciente e corajosamente o deserto da “quaresma”, nos quatro caminhos  indicados pelo Papa Bento XVI: oração, silêncio, partilha e jejum poderão experimentar a alegria da Páscoa. Sem esta vivencia  a Páscoa será um canto  vazio, um conector não marcante, uma passagem  que não transforma  a vida,  mas a torna ainda mais vazia.

A páscoa é uma festa que é marcada por uma palavra tão familiar a todos  nós e inclusive presente em todas a s línguas  de todos os que creem “aleluia”. É necessário que cante a mente, cante o coração e cante o corpo  que se acorda do seu sono e do seu silêncio para contemplar o Cristo ressuscitado. O canto do aleluia  nos faz perceber que   a nossa “HORA” chegou, embora não ainda plenamente,  a hora da vida, da alegria, da vitória sobre o mal. Páscoa no mundo tecnológico e do consumismo,  banalizada,  reduzida a “férias”, viagens, compras, ovos pascais e colombas pascais, chocolate diet e outras coisinhas  que servem para preencher  o vazio do coração sem fé.

Banalizar a Páscoa, instrumentalizá-la  para comércio é algo que fere não a sensibilidade dos cristãos, mas a fé.  A páscoa no hoje da nossa história é sermos  semeadores de esperança somente, que nasce da noite para o dia, outra numa semana e outra  num mês e outra  no fim da vida e outra ainda  daqui a 100 anos. Quero ser semeador da semente da esperança que nascerá daqui a 100 anos, assim não correrei o risco da vaidade. Crer na Páscoa é graça de Deus. Dizer feliz páscoa é dizer ao outro,  seja qual for, “você é feliz só se crê que Cristo  nasceu, sofreu, morreu e ressuscitou” e que ele lhe espera no céu para  você participar da sua glória. A páscoa, mais que uma celebração, uma memória, é uma Pessoa viva, Cristo, e você  que crê em Cristo.
Feliz páscoa!

* Frei Patrício Sciadini, ocd, religioso, Carmelita Descalço, escreveu mais de 60 livros, publicados no Brasil e no exterior, atualmente é o delegado geral no Egito.

quarta-feira, 11 de abril de 2012


MISSÃO JOVEM NO MATO GROSSO!


Olá juventude claretiana eu (Aristides - Neto) mais uma vez com a graça de Deus tenho a oportunidade de partilhar mais uma experiência única e fantástica que tive na semana santa em minha vida. Vitória Kessia e eu (ambos somos integrantes do “Coração Jovem” da Paroquia Coração de Maria - SP) fomos convidados para juntos com o padre Ronaldo Mazula, Cmf sair em missão nas aldeias indígenas do Mato Grosso neste tempo de Semana Santa. Antes da viagem, nos reunimos e decidimos que nos jovens ficaríamos com a parte de catequese que inclui preparação dos indígenas para a primeira comunhão e crisma que foram realizados nesta semana em que estivemos na aldeia.
Enfim chegou o grande dia da viagem, no coração a ansiedade e a alegria, nos primeiros momentos percebemos que não seria nada fácil, a viagem é muito longa e apertada já que conseguimos muitas doações para levar até as aldeias e cansativa, pois ficamos na estrada durante 24 horas para chegar à aldeia base que é dos Bakairi.
A primeira impressão foi totalmente contrária do imaginado, porque nós “brancos” temos aquela visão de que índio anda pelado, com a flecha na mão e na ponta o peixe, enfim totalmente diferente do que imaginava...

Fomos recebidos com muita alegria e gentileza pelos indígenas, a aldeia estava em festa, pois comemorava a festa de SÃO JOSE, nesta festividade, fomos convidados para comer na casa dos donos da festa, tradicionalmente nas festas da aldeia tem sempre o dono e a dona da festa (que chamamos de festeiros). Até o presente momento seguimos aquilo que é de costume em uma festa; conversar com as pessoas e fazer o prato para a alimentação. Só que neste momento começamos entender onde estamos. Isto porque no momento de pegar a comida eu olho para cima e vejo o rabo do boi que foi morto para alimentar toda a aldeia, olho para o lado vejo as patas do boi e do outro estava à cabeça do boi meu Deus, mal conseguir engolir o arroz, pois além da cena o cheiro já estava bem forte.
Para compreender o que aconteceu começamos a ter aulas de cultura neste simples ambiente, porque na tradição deles quando se mata algum animal para alimentação as partes do bicho necessitam estar presente, pois e dele que veio a carne, então e uma forma de deles “comemorar” junto com o boi a gratuidade de alimentar outro ser.

Algo muito especial nessa missão foi conhecer a cultura indígena, mesmo que seja uma pequena parcela dos milhares de índios que temos no Brasil, foi possível entender a transmissão de pensamento, cultura e cuidado que os índios detêm entre si, tudo é passado de geração em geração durantes muitos anos. Para se ter uma ideia da força de uma tradição, lembro-me de um fato que chamou a atenção; havia uma menina que estava deitada já fazia 2 meses e iria ficar mais 1 mês nesta posição, pois toda menina quando tem seu primeiro ciclo menstrual, necessita fazer esse ritual, já os meninos quando chegam a uma determinada idade também fazem rituais para firmarem a masculinidade, por exemplo, como o furar as orelhas, e diversas outras tradições que tive a grande felicidade de conhecer neste curto espaço de permanência com eles.
Pe. Ronaldo Mazula, cmf esteve responsável pelo grupo e também exerceu atividades educacionais com os caciques e professores da aldeia, oferecendo reforço em certas matérias disciplinas escolares e auxiliando a criação de planos e projetos para uma vida melhor da aldeia respeitando, sobretudo, a tradição.
Relatando sobre a catequese, no qual nós (Vitoria e eu) tínhamos a missão de prepara-los para a 1ª Eucaristia e Crisma, realizamos em uma semana e contamos com turmas de jovens e crianças divididos em dois grupos; 12 para a primeira comunhão e 10 para o crisma. Este trabalho foi árido por conta do tempo, tínhamos apenas 4 dias para transmitir as principais crenças de nossa fé e o máximo de informação possível sobre a Igreja, Jesus Cristo e a Antropologia do ser humano, ou seja, o que em 1 ano de encontros em uma paroquia acontece, na aldeia tínhamos apenas 4 dias.

Vitória e eu nos reunimos com os jovens das 8 da manha até as 11:30 e pela tarde das 15:00 ate ás 19:30, tínhamos a preocupação de não ser encontros cansativos. Para isto trabalhamos com muitas dinâmicas e aproveitamos do próprio espaço natural para catequisar, seja nos trabalhos, na mata e no rio, era uma forma de divertir-se aprendendo. Na aldeia encontramos diversas manifestações de fé belíssimas que ressaltam a nós, por exemplo; na aldeia há uma devoção forte e marcante aos santos de nossa igreja, por exemplo, se a casa tinha 3 ou 4 filhos havia a imagem de um santo na casa para cada um dos filhos.
Neste dia, não foi tudo flores, houve alguns percalços, nós missionários pegamos uma virose onde todos tiveram problemas com diarreia, febre, dor de cabeça etc. Mas continuamos, pois o tempo era nosso rival e não poderíamos parar por nada, foi um momento muito difícil.
Na quinta-feira santa, as crianças receberam 1ª eucaristia e neste dia, confesso que Vitória e eu ficamos muitos nervosos, na parte da manhã preparamos eles para a confissão e assim foi feita um momento muito bonito e depois preparamos a pequena capela com flores e folhas que pegamos das arvores para que a noite seja magica e tivéssemos a conclusão da missão de catequizar e preparar os jovens indígenas para os sacramentos de iniciação. Nesta noite que foi diferente das demais, os índios pintara-se  
 E nós também, enfim chegou o momento de muita emoção e alegria para nós, os pequenos e jovens foram de encontro A VIDA, A VIDA ETERNA (Jo 6, 51),

Nessa hora tivemos a certeza que a missão foi cumprida, de que conseguimos apesar de todas as barreiras, nos conseguimos chegar ao objetivo proposto na missão e uma explosão de sentimentos invadiu a nós, entre a alegria de contribuir na missão claretiana e também o ausentar de nosso lar, família paroquia, amigos, enfim, tudo isto para passar a semana santa com pessoas que não conhecemos e em situações até então vistas pela TV.
 Na sexta-feira da paixão improvisamos uma cruz para a celebração da santa Cruz. E logo após a missa nos despedimos, neste momento os olhos de Vitoria e meu encheram-se de lagrimas, nossos corações foram comedidos de muita felicidade, ao ver que no final de uma semana, o esforço missionário valeu a pena, ver no rosto daqueles jovens o sentimento de saudade, todos os índios da aldeia vindo ao nosso encontro e abraçando-nos como uma verdadeira família.
Assim, concluo que o presente que ganhamos daqueles que fizemos mais amizade é a alegria de levar a Boa Nova e também receber o grande aprendizado daquela aldeia que os livros não podem contar. Neste intuito, fica difícil resumir uma semana inteira de experiências novas, difícil explicar tudo o que aconteceu nesta aldeia, o que vivemos naqueles poucos e longos dias, só tenho que agradecer a Deus por fazer cada dia que vivo mais feliz, feliz em levar minha fé e minhas experiências com Deus pra onde eu for, e a cada dia me transforma, pois não e possível continuar o mesmo depois desta intensa semana de vida e alegria que tivemos a graça de partilhar com os pequenos e que conhecemos muitas vezes pelo que a mídia transmite a todos nós.

OBRIGADO MEU DEUS!

domingo, 8 de abril de 2012


Ressuscitou! Ressuscitou verdadeiramente!
Mensagem Urbi Et Orbi do Santo Padre Bento XVI
      CIDADE DO VATICANO, domingo, 08 de abril de 2012(ZENIT.org)- Apresentamos o texto da tradicional mensagem pascal "Urbi Et Orbi" pronunciada hoje por Bento XVI aos fiéis e peregrinos presentes na Praça de São Pedro. 

Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro!
     «Surrexit Christus, spes mea – Ressuscitou Cristo, minha esperança» (Sequência Pascal).
     A todos vós chegue a voz jubilosa da Igreja, com as palavras que um antigo hino coloca nos lábios de Maria Madalena, a primeira que encontrou Jesus ressuscitado na manhã de Páscoa. Ela correu ao encontro dos outros discípulos e, emocionada, anunciou-lhes: «Vi o Senhor!» (Jo 20, 18). Hoje também nós, depois de termos atravessado o deserto da Quaresma e os dias dolorosos da Paixão, damos largas ao brado de vitória: «Ressuscitou! Ressuscitou verdadeiramente!»
     Todo o cristão revive a experiência de Maria de Magdala. É um encontro que muda a vida: o encontro como um Homem único, que nos faz sentir toda a bondade e a verdade de Deus, que nos liberta do mal, não de modo superficial e passageiro mas liberta-nos radicalmente, cura-nos completamente e restitui-nos a nossa dignidade. Eis o motivo por que Madalena chama Jesus «minha esperança»: porque foi Ele que a fez renascer, que lhe deu um futuro novo, uma vida boa, liberta do mal. «Cristo minha esperança» significa que todo o meu desejo de bem encontra n’Ele uma possibilidade de realização: com Ele, posso esperar que a minha vida se torne boa e seja plena, eterna, porque é o próprio Deus que Se aproximou até ao ponto de entrar na nossa humanidade.
      Entretanto Maria de Magdala, tal como os outros discípulos, teve de ver Jesus rejeitado pelos chefes do povo, preso, flagelado, condenado à morte e crucificado. Deve ter sido insuportável ver a Bondade em pessoa sujeita à maldade humana, a Verdade escarnecida pela mentira, a Misericórdia injuriada pela vingança. Com a morte de Jesus, parecia falir a esperança de quantos confiavam n’Ele. Mas esta fé nunca desfalece de todo: sobretudo no coração da Virgem Maria, a mãe de Jesus, a pequena chama continuou acesa e viva mesmo na escuridão da noite. A esperança, neste mundo, não pode deixar de contar com a dureza do mal. Não é apenas o muro da morte a criar-lhe dificuldade, mas também e mais ainda as aguilhoadas da inveja e do orgulho, da mentira e da violência. Jesus passou através desta trama mortal, para nos abrir a passagem para o Reino da vida. Houve um momento em que Jesus aparecia derrotado: as trevas invadiram a terra, o silêncio de Deus era total, a esperança parecia reduzida a uma palavra vã.
       Mas eis que, ao alvorecer do dia depois do sábado, encontram vazio o sepulcro. Depois Jesus manifesta-Se a Madalena, às outras mulheres, aos discípulos. A fé renasce mais viva e mais forte do que nunca, e já invencível porque fundada sobre uma experiência decisiva: «Morte e vida combateram, / mas o Príncipe da vida / reina vivo após a morte». Os sinais da ressurreição atestam a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio, da misericórdia sobre a vingança: «Vi o túmulo de Cristo, / redivivo e glorioso; / vi os Anjos que o atestam, / e a mortalha com as vestes».
      Amados irmãos e irmãs! Se Jesus ressuscitou, então – e só então – aconteceu algo de verdadeiramente novo, que muda a condição do homem e do mundo. Então Ele, Jesus, é alguém de quem nos podemos absolutamente fiar, confiando não apenas na sua mensagem mas n’Elemesmo, porque o Ressuscitado não pertence ao passado, mas está presente e vivo hoje. Cristo é esperança e conforto de modo particular para as comunidades cristãs que mais são provadas com discriminações e perseguições por causa da fé. E, através da sua Igreja, está presente como força de esperança em cada situação humana de sofrimento e de injustiça.
      Cristo Ressuscitado dê esperança ao Médio Oriente, para que todas as componentes étnicas, culturais e religiosas daquele Região colaborem para o bem comum e o respeito dos direitos humanos. De forma particular cesse, na Síria, o derramamento de sangue e adopte-se, sem demora, o caminho do respeito, do diálogo e da reconciliação, como é vivo desejo também da comunidade internacional. Os numerosos prófugos, originários de lá e necessitados de assistência humanitária, possam encontrar o acolhimento e a solidariedade que mitiguem as suas penosas tribulações. Que a vitória pascal encoraje o povo iraquiano a não poupar esforços para avançar no caminho da estabilidade e do progresso. Na Terra Santa, israelitas e palestinos retomem, com coragem, o processo de paz.
    Vitorioso sobre o mal e sobre a morte, o Senhor sustente as comunidades cristãs do Continente Africano, conceda-lhes esperança para enfrentarem as dificuldades e torne-as obreiras de paz e artífices do progresso das sociedades a que pertencem.
       Jesus Ressuscitado conforte as populações atribuladas do Corno de África e favoreça a sua reconciliação; ajude a Região dos Grandes Lagos, o Sudão e o Sudão do Sul, concedendo aos respectivos habitantes a força do perdão. Ao Mali, que atravessa um delicado momento político, Cristo Glorioso conceda paz e estabilidade. À Nigéria, que, nestes últimos tempos, foi palco de sangrentos ataques terroristas, a alegria pascal infunda as energias necessárias para retomar a construção duma sociedade pacífica e respeitadora da liberdade religiosa de todos os seus cidadãos.


Boa Páscoa para todos!

terça-feira, 3 de abril de 2012


Olá Juventude!!! 
Segue nesta semana o texto utilizado por Benedicto XVI sobre a Via-Sacra ao estilo da Juventude e usada em Madrid... Boa Contemplação 

Texto del Via Crucis con los jóvenes, en la Plaza de Cibeles: viernes 19 de agosto
«El amor se hace patente en la compasión»

Saludo del Papa
«Queridos jóvenes: nos reunimos aquí, evocando la tarde del Viernes Santo, para acompañar a Jesús, el Hijo de Dios, en los misterios de su dramática y gloriosa Pasión. Son misterios de vida y salvación. Misterios que nos revelan el amor de Cristo, que nos amó hasta el fin, hasta dar su vida por nosotros. La contemplación de los misterios de Cristo es un acto de intensa oración, que nos permite unirnos a Cristo y compadecer con Él, abriéndonos a su amor y uniendo nuestras cruces a la suya. El amor se hace patente en la compasión. Por eso, al mismo tiempo que contemplamos la Pasión de Cristo, hacemos presente el sufrimiento de tantos hermanos nuestros que, como consecuencia del pecado propio y ajeno, transitan por enormes vía crucis con el peligro de perder la fe y la esperanza. Hoy queremos hacernos cirineos que, abrazados a la cruz de Cristo, acogen también en la plegaria y en la caridad el dolor de nuestros hermanos».
Introducción
En este rato de oración, acompañaremos a Cristo en los pasos que Él dio hasta llegar al Monte Calvario para ser crucificado. Avivaremos nuestro amor, siguiéndole de cerca. Guardaremos profundo silencio en el ambiente exterior y dentro de nuestra mente, no dando entrada a pensamientos ajenos a esta piadosa contemplación. Nos situaremos: con mucha humildad y pidiéndole su gracia, reconociendo que no somos dignos de situarnos dentro de su corazón para pensar como Él, sentir como Él y vivir con Él, el Misterio del dolor que asumió en su propia carne, pagando por los pecados de la Humanidad. Haremos presente a todos los jóvenes del mundo que son víctimas de injusticias, persecución, marginaciones, malos tratos, pobrezas, esclavitudes, vejaciones..., y a los que Jesús les dice que no están solos, pues Él asume su dolor y camina a su lado: «Venid a mí todos los que estáis cansados y agobiados, y yo os aliviaré» (Mt 11, 30).
Primera Estación:
Última Cena de Jesús con sus discípulos
Santa Cena, de Francisco Salzillo, 1763 
(Cofradía de Nuestro Padre Jesús Nazareno, Murcia)
Y tomando pan, después de pronunciar la acción de gracias, lo parti ó y se lo dio, diciendo: «Esto es mi cuerpo, que se entrega por vosotros; haced esto en memoria mía». Después de cenar, hizo lo mismo con el cáliz, diciendo: «Este cáliz es la nueva alianza en mi sangre, que es derramada por vosotros» (Lc 22, 19-20).

Jesús, antes de tomar entre sus manos el pan, acoge con amor a todos los que están sentados en su mesa. Sin excluir a ninguno: ni al traidor, ni al que lo va a negar, ni a los que huirán. Los ha elegido como nuevo pueblo de Dios. La Iglesia, llamada a ser una.
Jesús muere para reunir a los hijos de Dios dispersos (Jn 11, 52). «No sólo por ellos ruego, sino también por los que crean en mí por la palabra de ellos, para que todos sean uno» (Jn 17, 20-21). El amor fortalece la unidad. Y les dice: «Que os améis unos a otros» (Jn 13, 34). El amor fiel es humilde: «También vosotros debéis lavaros los pies unos a otros» (Jn 13, 14).
Unidos a la oración de Cristo, oremos para que, en la tierra del Señor, la Iglesia viva unida y en paz, cese toda persecución y discriminación por causa de la fe, y todos los que creen en un único Dios vivan, en justicia, la fraternidad, hasta que Dios nos conceda sentarnos en torno a su única mesa.
Segunda Estación:
El beso de Judas
Jesús del Prendimiento con Judas 
y san Juan, de Antonio Castillo, 1961
(Hermandad de Jesús del Prendimiento y María 
Santísima del Gran Perdón, Málaga)
Y, untando el pan, se lo dio a Judas, hijo de Simón el Iscariote. Detrás del pan, entró en él Satanás (Jn 13, 26). 
Se acercó a Jesús… y le besó. Pero Jesús le contestó: «Amigo, a qué vienes» (Mt 26, 49-50).

En la Cena se respira un hálito de misterio sagrado. Cristo está sereno, pensativo, sufriente. Había dicho: «Ardientemente he deseado comer esta Pascua con vosotros, antes de padecer» (Lc 22, 15). Y ahora, a media voz, deja escapar su sentimiento más profundo: «En verdad, en verdad os digo: uno de vosotros me va a entregar» (Jn 13, 21).
Judas se siente mal, su ambición ha cambiado, a precio de traición, al Dios del Amor por el ídolo del dinero. Jesús lo mira y él desvía la mirada. Le llama la atención ofreciéndole pan con salsa. Y le dice: «Lo que vas a hacer, hazlo pronto» (Jn 13, 27). El corazón de Judas se había estrechado y se fue a contar su dinero, para después entregar a Jesús con un beso. Y Cristo, al sentir el frío del beso traidor, no se lo reprocha, le dice: Amigo. Si estás sintiendo en tu carne el frío de la traición, o el terrible sufrimiento provocado por la división entre hermanos y la lucha fratricida, ¡acude a Jesús!, que, en el beso de Judas, hizo suyas las dolorosas traiciones.
Tercera Estación:
Negación de Pedro
Negaciones de san Pedro, de Federico Collaut-Valera, 
1947 (Hermandad de Jesús en el paso El Prendimiento
Orihuela, Alicante)
«¿Con que darás tu vida por mí? En verdad en verdad te digo: no cantará el gallo antes que me hayas negado tres veces» (Jn13, 37).
Y saliendo afuera, lloró amargamente (Lc 22, 62).

Un cristiano tiene que ser un valiente. Y ser valiente no es no tener miedos, sino saber vencerlos. 
El cristiano valiente no se esconde por vergüenza de manifestar en público su fe. Jesús avisó a Pedro: «Satanás os ha reclamado para cribaros como trigo. Pero yo he pedido por ti» (Lc 22, 31). «Te digo, Pedro, que no cantará hoy el gallo antes de que tres veces hayas negado conocerme» (Lc 22, 34). Y el apóstol, por temor a unos criados, lo negó diciendo: «No lo conozco» (Lc 22, 57). Al pasar Jesús por uno de los patios, lo mira..., él se estremece recordando sus palabras..., y llora con amargura su traición. La mirada de Dios cambia el corazón. Pero hay que dejarse mirar.
Con la mirada de Pedro, el Señor ha puesto sus ojos en los cristianos que se avergüenzan de su fe, que tienen respetos humanos, que les falta valentía para defender la vida desde su inicio, hasta su término natural, o quieren quedar bien con criterios no evangélicos. El Señor los mira para que, como Pedro, hagan acopio de valor y sean testigos convencidos de lo que creen.
Cuarta Estación:
Jesús, sentenciado a muerte
Cristo de Medinaceli, anónimo del siglo XVII 
(Archicofradía Primaria de la Real 
e Ilustre Esclavitud de Nuestro Padre Jesús 
Nazareno de Medinaceli, Madrid)
«Es reo de muerte» (Mt 26, 66).
Entonces se lo entregó para que lo crucificaran (Jn 19, 16).

La mayor injusticia es condenar a un inocente indefenso. Y, un día, la maldad juzgó y condenó a muerte a la Inocencia. ¿Por qué condenaron a Jesús? Porque Jesús hizo suyo todo el dolor del mundo. Al encarnarse, asume nuestra humanidad y, con ella, las heridas del pecado. Cargó con los crímenes de ellos (Is 53, 11), para curarnos por el sacrificio de la Cruz.Como un hombre de dolores, acostumbrado a sufrimientos (Is 53, 3),expuso su vida a la muerte (Is 53, 12).
Lo que más impresiona es el silencio de Jesús. No se disculpa, es el cordero de Dios que quita el pecado del mundo (Jn 1, 29), fue azotado, machacado, sacrificado. Enmudecía y no abría la boca (Is 53, 7).
En el silencio de Dios, están presentes todas las víctimas inocentes de las guerras que arrasan los pueblos y siembran odios difíciles de curar. Jesús calla en el corazón de muchas personas que, en silencio, esperan la salvación de Dios.
Quinta Estación:
Jesús carga con su cruz
Padre Jesús del Gran Poder
de José R. Fernández-Andes, 1942
(Hermandad de Jesús del Gran Poder
y María Santísima de la Esperanza
Macarena, Madrid)
Terminada la burla, le quitaron la púrpura y le pusieron su ropa. Y lo sacaron para crucificarlo (Mc 15, 20). 
Y, cargando Él mismo con la cruz, salió al sitio llamado «de la calavera» (Jn 19, 17).

Cruz no sólo significa madero. Cruz es todo lo que dificulta la vida. Entre las cruces, la más profunda y dolorosa está arraigada en el interior del hombre. Es el pecado que endurece el corazón y pervierte las relaciones humanas. «Porque del corazón salen pensamientos perversos, homicidas, adulterios fornicaciones, robos, difamaciones, blasfemias» (Mt 15, 19). La cruz que ha cargado Jesús sobre sus hombros para morir en ella, es la de todos los pecados de la Humanidad entera. También los míos. Él llevo nuestros pecados en su cuerpo (1Pe 2, 24). Jesús muere para reconciliar a los hombres con Dios. Por eso hace a la cruz redentora. Pero la cruz por sí sola, no nos salva. Nos salva el Crucificado.
Cristo hizo suyo el cansancio, el agotamiento y la desesperanza de los que no encuentran trabajo, así como de los inmigrantes que reciben ofertas laborales indignas o inhumanas, que padecen actitudes racistas o mueren en el empeño por conseguir una vida más justa y digna.
Sexta Estación:
Jesús cae bajo el peso de la cruz
Cristo caído camino del Calvario
de Mariano Benlliure, 1942 (Cofradía 
de Jesús de la Caída y María Santísima 
de la Amargura, Úbeda, Jaén)
Triturado por nuestros crímenes (Is 53, 5).
Jesús cayó bajo el peso de la cruz varias veces en el camino del Calvario(Tradición de la Iglesia de Jerusalén).

La Sagrada Escritura no hace referencia a las caídas de Jesús, pero es lógico que perdiera el equilibrio muchas veces. La pérdida de sangre por el desgarramiento de la piel en los azotes, los dolores musculares insoportables, la tortura de la corona de espinas, el peso del madero…, ¡no hay palabras para describir el dolor que Cristo debió experimentar! Todos, alguna vez, hemos tropezado y caído al suelo. ¡Con qué rapidez nos levantamos para no hacer el ridículo! Contempla a Jesús en el suelo y todos a su alrededor riendo con sorna y dándole algún que otro puntapié para que se levantara. ¡Qué ridículo, qué humillación, Dios mío! Dice el salmo: «Pero yo soy un gusano, no un hombre, vergüenza de la gente, desprecio del pueblo; al verme se burlan de mí, hacen visajes, menean la cabeza» (Sal.22, 7-8). Jesús sufre con todos los que tropiezan en la vida y caen sin fuerzas víctimas del alcohol, las drogas y otros vicios que les hacen esclavos, para que, apoyados en Él, y en quienes los socorren, se levanten.
Séptima Estación:
El Cirineo ayuda a llevar la cruz
Nuestro Padre Jesús Nazareno, anónimo del siglo XVII 
(Cofradía Dulce Nombre de Jesús Nazareno, León)
Mientras lo conducían, echaron mano de un cierto Simón de Cirene, que volvía del campo (Lc 23, 26). Y lo forzaron a llevar su cruz (Mt 27, 32).

Simón era un agricultor que venía de trabajar en el campo. Le obligaron a llevar la cruz de nuestro Señor, no movidos por la compasión, sino por temor a que se les muriese en el camino. Simón se resiste, pero la imposición, por parte de los soldados, es tajante. Tuvo que aceptar a la fuerza. Al contacto con Jesús, va cambiando la actitud de su corazón y termina compartiendo la situación de aquel ajusticiado desconocido que, en silencio, lleva un peso superior a sus débiles fuerzas. ¡Qué importante es para los cristianos descubrir lo que pasa a nuestro alrededor, y tomar conciencia de las personas que nos necesitan!
Jesús se ha sentido aliviado gracias a la ayuda del Cirineo. Miles de jóvenes marginados de la sociedad, de toda raza, condición y credo, encuentran cada día cirineos que, en una entrega generosa, caminan con ellos abrazando su misma cruz.
Octava Estación:
La Verónica enjuga el rostro de Jesús
La Verónica, de Francisco Pinto, 1976
(Hermandad del Santísimo y Cofradía
de Jesús, María Candelaria y Verónica, 
Jerez, Cádiz)
Jesús se volvió hacia ellas y les dijo: «Hijas de Jerusalén, no lloréis por mí, llorad por vosotras y por vuestros hijos» (Lc 23, 27-28).
El Señor lo guarda y lo conserva en vida, para que sea dichoso en la tierra, y no lo entrega a la saña de sus enemigos (Sal 41, 3).

Le seguía una multitud del pueblo y un grupo de mujeres que se golpeaban el pecho y se lamentaban llorando. Jesús se volvió y les dijo: «No lloréis por mí, llorad por vosotras y por vuestros hijos». Llorad, no con llanto de tristeza que endurece el corazón y lo predispone a producir nuevos crímenes... Llorad con llanto suave de súplica, pidiendo al cielo misericordia y perdón. Una de las mujeres, conmovida al ver el rostro del Señor lleno de sangre, tierra y salivazos, sorteó valientemente a los soldados y llegó hasta Él. Se quitó el pañuelo y le limpió la cara suavemente. Un soldado la apartó con violencia, pero, al mirar el pañuelo, vio que llevaba plasmado el rostro ensangrentado y doliente de Cristo.
Jesús se compadece de las mujeres de Jerusalén, y en el paño de la Verónica deja plasmado su rostro, que evoca el de tantos hombres que han sido desfigurados por regímenes ateos que destruyen a la persona y la privan de su dignidad.
Novena Estación:
Jesús es despojado de sus vestiduras
Jesús despojado de sus vestiduras por dos sayones
de Manuel Ramos Corona, 1989 (Hermandad 
del Santísimo y Cofradía de Nazarenos de Jesús
despojado de sus Vestiduras, María del Dulce Nombre 
y san Juan Evangelista, Granada)
Lo crucifican y se reparten sus ropas, echándolas a suerte (Mc 15, 24). 
De la planta del pie a la cabeza no queda parte ilesa (Is 1, 6).

Mientras preparan los clavos y las cuerdas para crucificarlo, Jesús permanece de pie. Un despiadado soldado se acerca y, tirándole de la túnica, se la quita. Las heridas comenzaron a sangrar de nuevo causándole un terrible dolor. Después se repartieron los vestidos. Jesús queda desnudo ante la plebe. Le han despojado de todo y le hacen objeto de burla. No hay mayor humillación, ni mayor desprecio.
Los vestidos no sólo cubren el cuerpo, sino también el interior de la persona, su intimidad, su dignidad. Jesús pasó por este bochorno porque quiso cargar con todos los pecados contra la integridad y la pureza, y murió para quitar los pecados de todos(Hb 9, 28).
Jesús padece con los sufrimientos de las víctimas de genocidios humanos, donde el hombre se ensaña con brutal violencia, en las violaciones y abusos sexuales, en los crímenes contra niños y adultos. ¡Cuántas personas desnudadas de su dignidad, de su inocencia, de su confianza en el hombre!
Décima Estación:
Jesús es clavado en la cruz
La Crucifixión, de Ramón Álvarez, 1884
(Cofradía de Jesús Nazareno Vulgo Congregación,
Zamora)
Y cuando llegaron al lugar llamado «La Calavera», lo crucificaron allí, a Él y a los malhechores, uno a la derecha y otro a la izquierda(Lc 23, 33).

Habían conducido a Jesús hasta el Gólgota. No iba solo, lo acompañaban dos ladrones que también serían crucificados. Lo crucificaron; y, con Él, a otros dos, uno a cada lado, y en medio, Jesús (Jn 19, 18). ¡Qué imagen tan simbólica! El Cordero que quita el pecado del mundo se hace pecado y paga por los demás. El gran pecado del mundo es la mentira de Satanás, y a Jesús lo condenan por declarar la Verdad: su ser Hijo de Dios. La verdad es el argumento para justificar la crucifixión. Es imposible describir lo que padeció físicamente el cuerpo de Cristo colgando de la cruz, lo que sufrió moralmente al verse desnudo crucificado entre dos malhechores y sentimentalmente, al encontrarse abandonado de los suyos.
Jesús en la cruz acoge el sufrimiento de todos los que viven clavados a situaciones dolorosas, como tantos padres y madres de familia, y tantos jóvenes, que, por falta de trabajo, viven en la precariedad, en la pobreza y la desesperanza, sin los recursos necesarios para sacar adelante a sus familias y llevar una vida digna.
Undécima Estación:
Jesús muere en la cruz
Cristo de la Buena Muerte y Ánimas («El Cristo 
de Mena»), de Francisco Palma Burgos, 
1942 (Cofradía de Mena, Málaga)
Jesús, clamando con voz potente, dijo: «Padre, a tus manos encomiendo mi espíritu». Y, dicho esto, expiró (Lc 23, 46).
Pero al llegar a Jesús, viendo que ya había muerto, no le quebraron las piernas (Jn 19, 33).

Era sábado, el día de la preparación para la fiesta de la Pascua. Pilatos autorizó que les quebraran las piernas para acelerarles la muerte y no quedaran colgados durante la fiesta. Jesús ya había muerto, y un soldado, para asegurarse, le traspasó el corazón con una lanza. Así se cumplieron las Escrituras: No le quebrarán ni un hueso.
El sol se oscureció y el velo del Templo se rasgó por la mitad. Tembló la tierra... Es momento sagrado de contemplación. Es momento de adoración, de situarse frente al cuerpo de nuestro Redentor: sin vida, machacado, triturado, colgado..., pagando el precio de nuestras maldades, de mis maldades...
Señor, pequé, ¡ten misericordia de mí, pecador! Amén. 
Jesús muere por mí. Jesús me alcanza la misericordia del Padre. Jesús paga todo lo que yo debía. ¿Qué hago yo por Él?
Ante el drama de tantas personas crucificadas por diferentes discapacidades, ¿lucho por extender y proclamar la dignidad de la persona y el Evangelio de la vida?
Duodécima Estación:
El descendimiento de la cruz
Santísimo Cristo de la Salud
de Luis Marco, 1946 (Hermandad 
del Santísimo Cristo de la Salud, Cuenca)
Pilatos mandó que se lo entregaran (Mt 27, 57).
José, tomando el cuerpo de Jesús, lo envolvió en una sábana limpia (Mt 27, 59).

Cristo ha muerto y hay que bajarlo de la cruz. Acerquémonos a la Virgen y compartamos su dolor. ¡Qué pasaría por su mente! «¿Quién me lo bajará? ¿Dónde lo colocaré?» Y repetiría de nuevo como en Nazaret: «¡Hágase!» Pero ahora está más unida a la entrega incondicional de su Hijo: «Todo está consumado». Entonces aparecieron José de Arimatea y Nicodemo, que, aunque pertenecientes al Sanedrín, no habían tenido parte en la muerte del Señor. Son ellos quienes piden a Pilatos el cuerpo del Maestro para colocarlo en un sepulcro nuevo, de su propiedad, que estaba cerca del Calvario.
Cristo ha fracasado, haciendo suyos todos los fracasos de la Humanidad. El Hijo del hombre ha sido eliminado y ha compartido la suerte de los que, por distintas razones, han sido considerados la escoria de la Humanidad, porque no saben, no pueden, no valen. Son, entre otros, las víctimas del sida, que, con las llagas de su cruz, esperan que alguien se ocupe de ellos.
Decimotercera Estación:
Jesús en brazos de su madre
Quinta Angustia, de Gregorio Fernández, 
1625 (Cofradía de La Piedad, Valladolid)
«Una espada te traspasará el alma» (Lc 2, 34).
«Ved si hay dolor como el dolor que me atormenta» (Lam 2, 12).

Aunque todos somos culpables de la muerte de Jesús, en estos momentos tan dolorosos la Virgen necesita nuestro amor y cercanía. Nuestra conciencia de pecadores arrepentidos le servirá de consuelo.
Con actitud filial, situémonos a su lado, y aprendamos a recibir a Jesús con la ternura y amor con que ella recibió en sus brazos al cuerpo destrozado y sin vida de su Hijo. «¿Hay dolor semejante a mi dolor?»
Y, mientras preparaban el cuerpo del Señor según se acostumbra a enterrar entre los judíos (Jn 19, 40) para darle sepultura, María, adorando el Misterio que había guardado en su corazón sin entenderlo, repetiría conmovida con el profeta:
«Pueblo mío, ¿qué te he hecho?, ¿en qué te he molestado? ¡Respóndeme!»(Mq 6, 3).
Al contemplar el dolor de la Virgen, hacemos memoria del dolor y la soledad de tantos padres y madres que han perdido a sus hijos por el hambre, mientras sociedades opulentas, engullidas por el dragón del consumismo, de la perversión materialista, se hunden en el nihilismo de la vaciedad de su vida.
Decimocuarta Estación:
Jesús es colocado en el sepulcro
Cadáver de Jesús, de Gregorio Fernández,
siglo XVII (Catedral de Segovia)
Y como para los judíos era el día de la Preparación, y el sepulcro estaba cerca, pusieron allí a Jesús (Jn 19, 42).
José de Arimatea rodó una piedra grande a la entrada del sepulcro y se marchó (Mt 27, 60).

Por la proximidad de la fiesta, se dieron prisa en preparar el cuerpo del Señor para colocarlo en el sepulcro que ofrecieron José y Nicodemo. El sepulcro era nuevo, a nadie se había enterrado en él.
Una vez colocado el cuerpo sobre la roca, José hizo rodar la piedra de la puerta, quedando la entrada totalmente cerrada. Si el grano de trigo no muere...
Y, después del ruido de la piedra al cerrar el acceso al sepulcro, María, en el silencio de su soledad, aprieta la espiga que ya lleva en su corazón como primicia de la Resurrección.
En esta espiga recordamos el trabajo humilde y sacrificado de tantas vidas gastadas en una entrega sacrificada al servicio de Dios y del prójimo, de tantas vidas que esperan ser fecundas uniéndose a la muerte de Jesús.
Recordamos a los buenos samaritanos, que aparecen en cualquier rincón de la tierra para compartir las consecuencias de las fuerzas de la naturaleza: terremotos, huracanes, maremotos...
Oración del Papa a la Virgen:

Virgen de Regla, atribuido a Luisa Roldán, siglo XVIII
(Hermandad de Jesús del Soberano Poder
en su Prendimiento, María Santísima de Regla
y san Andrés Apóstol, Sevilla)