segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Investir na juventude
Reflexões de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte
A constatação óbvia de que o investimento nas novas gerações modifica cenários do presente e prepara o futuro aponta para uma necessidade urgente: é preciso investir nos jovens. A Jornada Mundial da Juventude, que acontece de 22 a 28 de julho de 2013 no Rio de Janeiro, é uma oportunidade singular para que toda a sociedade exercite essa convicção e adote como prioridade o desafio de investir na juventude.

Nos próximos anos, o Brasil recebe eventos de grande importância cultural, esportiva, econômica e política. Em 2014, será realizada a Copa do Mundo e, em 2016, os Jogos Olímpicos. Estes eventos estão mobilizando governos e os mais diversos segmentos da sociedade. As exigências no âmbito da infraestrutura poderão deixar um legado interessante para a sociedade brasileira. Esses avanços requeridos podem resultar - é o que se espera, sobretudo quando se observa a situação econômica do Brasil no contexto mundial – na superação de carências que amargam a vida de tantos e de muitos modos. Particularmente, há de se pensar nas urgências e necessidades dos mais pobres e dos que são de modo tão desumano sacrificados por exclusões brutais.

O Brasil não pode perder essa oportunidade para crescimentos e conquistas cidadãs. Nesse sentido, também é importante incluir, em lugar especial e com interesse particular, na agenda de grandes acontecimentos, a Jornada Mundial da Juventude(JMJ). A importância desse evento é incontestável quando se considera, por exemplo, a magnitude da congregação de dois a três milhões de jovens, procedentes do mundo inteiro, na Cidade Maravilhosa, para uma semana de eventos, confraternização, espiritualidade e partilha. A juventude, razão de compromisso, prioridade de opção e força determinante nos rumos da sociedade, no presente e no futuro, é um tesouro que precisa de investimentos volumosos e determinantes.

Nesse sentido a imprensa é muito importante. Com sua força própria, seu papel educativo e até regulador da sociedade, a imprensa precisa se juntar aos governos e todos os segmentos para apoiar efetivamente a Jornada Mundial da Juventude. A Igreja Católica do Brasil inteiro está em profunda sintonia com a Arquidiocese do Rio de Janeiro, anfitriã do evento. Ali se  culminará um caminho missionário de forte mobilização da juventude, iniciado em setembro do ano passado,em São Paulo, com a peregrinação da Cruz da JMJ. Eventos, experiências e conquistas maravilhosas estão acontecendo pelo Brasil afora e, antes da Jornada Mundial da Juventude, haverá um momento especial de preparação em todo o país, em cada diocese: a Semana Missionária.

A Arquidiocese de Belo Horizonte já se mobiliza para a realização deste evento, que deve reunir na capital mineira mais de 25 mil peregrinos do mundo inteiro. Todos os jovens de nossas comunidades de fé, suas famílias, já estão convidados a participar, especialmente com a oferta de suas casas para acolher peregrinos. Também será realizado em Belo Horizonte o Congresso Mundial de Universidades Católicas, que deverá reunir cinco mil participantes, entre universitários, professores e reitores. No coração desse evento, acontecerá a Feira Minas Sempre, valorizando e promovendo a cultura, gastronomia, patrimônio imaterial, religiosidade e tradições do povo mineiro.

A opção preferencial pelos jovens na Igreja Católica é uma exigência para alcançar a meta de uma Igreja dos jovens e com os jovens, e destes na Igreja, desenhando com os valores do Evangelho um caminho seguro e de formação integral para a juventude. É hora de dar voz aos jovens, aos eventos e projetos que os envolvem. Torna-se inadiável um coro de Igrejas, governos, escolas e segmentos todos da sociedade para garantir e efetivar o compromisso de investir na juventude. As novas gerações representam um enorme potencial para o presente e o futuro da sociedade. A Igreja tem a tarefa de propor aos jovens o encontro com Jesus Cristo, alicerçando caminhos e desenhando horizontes para que eles estejam presentes em todos os espaços: na esfera política, na produção da cultura, na superação de reducionismos antropológicos, na reversão do quadro horrendo da dependência química, na conquista da educação e de oportunidades, na construção cidadã da sociedade. Apoiar a Jornada Mundial da Juventude é investir nos jovens. Não podemos perder esta oportunidade para abrir uma nova etapa da história.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

Fonte: www.zenith.org 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012


“Ide ao Mundo”


No início do ano de 2010 nasce na Paróquia Coração de Maria, na cidade de Londrina, o grupo Juventude Claretiana. Composto por 8 jovens que se interessaram em conhecer mais de perto a vida de Santo Antônio Maria Claret.
Foram vários encontros de estudo da Autobiografia e a cada leitura o grupo ia se moldando aos passos deixados por este grande homem. Diante de várias características e boas qualidades foram definidas 4 que determinaram a estrutura e identidade do grupo: adoração, espiritualidade, estudo da palavra e formação.
Dois anos se passaram, muito conhecimento foi adquirido e era hora da primeira missão, tomar conta de um abrigo para adolescentes na periferia da cidade. Foram várias as atividades realizadas: reforma das salas de televisão e estudos, plantio de árvores frutíferas e horta, além das visitas de convívio.
A segunda meta era passar adiante toda mensagem da vida deste Santo, instigar outros jovens ao amor ao próximo, à vida missionária. O caminho encontrado para atingir esse objetivo foi um retiro, que recebeu o nome “Ide ao mundo”.
O encontro foi baseado em uma das formas de espiritualidade Claretiana, a Frágua, que faz uma analogia ao processo da forja. Uma barra de ferro precisa ser aquecida pelo fogo até perder sua forma para que através das marteladas do ferreiro seja transformada em algum instrumento.
A barra representa o ser humano, em seu estado bruto, que precisa ser aquecido pelo Amor de Deus, o fogo. Após ser desfigurada essa barra precisa receber uma nova aparência, assim o homem deve ser moldado por Jesus até tornar-se semelhante a Ele. Para Claret, forma ideal para essa barra é a de uma seta, instrumento de grande precisão, pronta para ser lançada. É o Espírito Santo quem conduz essa seta de uma forma certeira, com o auxílio da Mãe Maria.
Essa mesma relação foi utilizada para conduzir as pregações. O fim de semana começou com uma reflexão pessoal e também uma meditação sobre a realidade na qual os jovens estão inseridos.
Em seguida, vivenciaram as etapas da forja, através do Amor de Deus, o exemplo de Jesus, a maternidade Maria e a unção Espírito Santo. Após a experiência de intimidade profunda com cada um deles, estavam preparados para agir.




Tudo foi conduzido da forma mais arrojada possível, através de dinâmicas, momentos de partilha, recursos audiovisuais e muitos exemplos da vida de Santo Antônio Maria Claret e de pessoas comuns que conseguiram com coragem e ousadia transformar realidades a princípio impossíveis.
O objetivo principal desse retiro era incentivá-los a observar com mais cuidado o que acontece ao seu redor e plantar no coração de cada um a vontade de cuidar do próximo, olhar por suas necessidades.
Enfim encerrou-se com a missa, junto com a comunidade da paróquia, na qual foram enviados “ao mundo” para conquistar mais almas para o céu.
Após esse primeiro encontro, o grupo teve a graça de receber novos participantes que passam hoje por um período de formação mais profunda da vivência Claretiana. Com um número maior de integrantes será possível iniciar novas frentes missionárias.
Guiados pelo Espírito Santo e seguindo os passos de Santo Antônio Maria Claret, que esse jovens sejam conduzidos a locais onde homens necessitem do Amor e Palavra de Deus.

Nathalia Rodrigues 
Comunicação da juventude Claretiana - Londrinha 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET
Uma vida a serviço do Evangelho


            Todos já fomos surpreendidos por algum paroquiano, amigo ou familiar querendo saber algo da vida de Claret. E como é bom quando isto acontece! Acredito que neste momento, sobre tudo, quando somos pegos de surpresa, surge como que naturalmente um pergunta: como definir, em poucas palavras, este homem que divinamente era pura disponibilidade ao sopro suave do Espírito que faz novas todas as coisas e humanamente, exemplo de amor, serviço, honestidade, serenidade e equilíbrio?  Muitas vezes esta mesma dificuldade pode se apresentar a cada um de nós, quando paramos para refletir e rezar a partir e com Claret. Estamos tão acostumados com a sua presença, que muitas vezes não somos mais capazes de ouvir o Espírito que fala através D’ele. Sua presença, de tão familiar, corre o risco de passar ao largo de nosso ser e agir de missionários.
São tantos os motivos e situações que nos levam a viver esta experiência, principalmente nestes tempos de “mudanças”, “crises” e “inseguranças” pelas quais está passando, não só a Congregação, mas toda a Vida Consagrada.  Neste sentido, ao celebrarmos nosso Fundador, gostaria não apenas destacar, mas sim recordar alguns “aspectos” de sua vida que podem nos ajudar e servir de estímulo nesta hora em que temos a grande e intransferível tarefa de respondermos, pessoal e comunitariamente, à pergunta: “para onde o Espírito quer nos levar?”. Tenho certeza que a vida de Claret tem muitos caminhos a nos apontar! Vamos a eles:

·         “Porque o que quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, vai encontra-la” (Mc 8, 35). Estas palavras se tornaram o grande ideal Claret, o sublime paradoxo vivido com a maturidade própria dos homens que sabem a quem confiaram o cuidado de suas vidas.
·         “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Fiel ao mandato do Senhor teve uma única meta ao longo de sua vida: evangelizar por todos os meios possíveis. Ao escolher para si o lema “Caritas Christi urget nos”, nos apontou com toda clareza a razão mais profunda de sua e agora nossa ação evangelizadora: a caridade!
·         Viveu devorado pela glória de Deus e a salvação de todos os homens. Em sua alma missionária habitava um único desejo: que Deus fosse conhecido, amado, servido e louvado por todas as criaturas (Aut. 233). Foi exemplo mansidão, humildade e caridade apostólica. E ao se referir ao próximo, dizia: “Oh meu próximo! Eu te amo, eu te quero por mil razões...” (Aut. 448).
·         Enamorado da pobreza, não tinha nada, nada queria e tudo recusava (Aut. 359). Foi pai dos pobres (Aut. 562), amigos das crianças, libertador dos escravos, confessor de reis e rainhas, exímio pregador e grande promotor do laicato: “Nestes últimos tempos parece que Deus quer que os leigos tenham uma grande parte na salvação das almas”. Em fim, proclamou com a vida e com as obras o que depois ficou gravado na lápide de seu túmulo: “amei a justiça e odiei a iniquidade, por isso morro no exílio”.

Iniciamos o “Ano da Fé” (Porta Fidei), que nos convoca a uma autêntica e renovada conversão ao Senhor e, dentro de alguns dias, teremos em nossas mãos as conclusões do Sínodo dos Bispos para a “Nova Evangelização”. Com isto, temos  um rico material para alimentar nossa esperança na grande tarefa de abrir novos caminhos, caminhos que nos levam lá onde o Espírito quer que estejamos.

Que Santo Antônio Maria Claret continue derramando sobre todos nós as mais abundantes graças, principalmente a graça da perseverança!
Parabéns e um feliz dia do Fundador!

Pe. Marcos Aurelio Loro, CMF
Superior Provincial
São Paulo, 24 de outubro de 2012.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


"Eles consumiram a sua existência na consagração total a Deus"

CIDADE DO VATICANO, domingo, 21 de outubro de 2012(ZENIT.org) - Publicamos a seguir a homilia de Bento XVI  na Santa Missa e canonização de: Jacques Bethieu, Maria del Monte Carmelo Salles y Barangueras, Marianna Cope, Kateri Tekakwitha e Anna Schäffer, celebrada neste Domingo dedicado as Missões.
O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos (cf. Mc 10,45)
Venerados irmãos,
Queridos irmãos e irmãs!

Hoje a Igreja escuta mais uma vez estas palavras de Jesus, pronunciadas durante o caminho rumo a Jerusalém, onde devia cumprir-se o seu mistério de paixão, morte e ressurreição. São palavras que manifestam o sentido da missão de Cristo na terra, marcada pela sua imolação, pela sua doação total. Neste terceiro domingo de outubro, no qual se celebrar o Dia Mundial das Missões, a Igreja as escuta com uma intensidade particular e reaviva a consciência de viver totalmente em um perene estado de serviço ao homem e ao Evangelho, como Aquele que se ofereceu a si mesmo até o sacrifício da vida.
Dirijo a minha cordial saudação a todos vós, que encheis a Praça de São Pedro, nomeadamente as Delegações oficiais e os peregrinos vindos para festejar os novos sete Santos. Saúdo com afeto os Cardeais e Bispos que nestes dias estão participando da Assembléia sinodal sobre a Nova Evangelização. É providencial a coincidência entre esta Assembléia e o Dia das Missões; e a Palavra de Deus que acabamos de escutar se mostra iluminadora para ambas. Esta nos mostra o estilo do evangelizador, chamado a testemunhar e anunciar a mensagem cristã conformando-se a Jesus Cristo, seguindo a Seu mesma vida.
O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos (cf. Mc 10,45)
Estas palavras constituíram o programa de vida dos sete beatos que a Igreja hoje inscreve solenemente na gloriosa fileira dos Santos. Com coragem heróica eles consumiram a sua existência na consagração total a Deus e no serviço generoso aos irmãos. São filhos e filhas da Igreja, que escolheram a vida do serviço seguindo o Senhor. A santidade na Igreja teve sempre a sua fonte no mistério da Redenção, que já prefigurava o profeta Isaias na primeira Leitura: o Servo do Senhor, o justo que «fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas» (Is 53,11), este Servo é Jesus Cristo, crucificado, ressuscitado e vivo na glória. A celebração hodierna constitui uma confirmação eloquente dessa misteriosa realidade salvífica. A tenaz profissão de fé destes sete discípulos generosos de Cristo, a sua conformação ao Filho do Homem resplandece hoje em toda a Igreja.
Jacques Berthie, nascido em 1838, na França, foi desde muito cedo um enamorado de Jesus Cristo. Durante o seu ministério paroquial, desejou ardentemente salvar as almas. Ao fazer-se jesuíta, queria percorrer o mundo para a glória de Deus. Pastor incansável na Ilha de Santa Maria e depois em Madagascar, lutou contra a injustiça, levando alívio para os pobres e enfermos. Os malgaxes o consideravam um sacerdote vindo do céu, e diziam: Tu és o nosso “pai e mãe”! Ele sefez tudo para todos, haurindo na oração e no amor do Coração de Jesus a força humana e sacerdotal para enfrentar o martírio, em 1896. Morreu dizendo: «Prefiro antes morrer que renunciar à minha fé». Queridos amigos, que a vida deste evangelizador seja um encorajamento e um modelo para os sacerdotes, para que sejam homens de Deus como ele o foi! Que o seu exemplo ajude os numerosos cristãos que são perseguidos por causa da sua fé nos dias de hoje! Que a sua intercessão, durante este ano da fé, produza frutos em Madagascar e no Continente africano! Que Deus abençoe o povo malgaxe!
Pedro Calungsod nasceu aproximadamente no ano 1654, na região de Visayas, nas Filipinas. Seu amor a Cristo o inspirou a preparar-se como catequista com os missionários jesuítas da região. Em 1668, junto com outros dois jovens catequistas, acompanhou o Padre Diego Luiz de San Vitores para as Ilhas Marianas com o fim de evangelizar o povo Chamorro. Nesse lugar, a vida era difícil e os missionários enfrentaram a perseguição nascida da inveja e de calunias. Pedro, contudo, demonstrou uma grande fé e caridade, e continuou catequizando os seus muitos convertidos, dando testemunho de Cristo através de uma vida de pureza e dedicação ao Evangelho. O seu desejo de ganhar almas para Cristo se sobrepunha a tudo, e isso o levou a aceitar decididamente o martírio. Morreu no dia 2 de abril de 1672. Algumas testemunhas contaram que Pedro poderia ter fugido para um lugar seguro, mas escolheu permanecer ao lado do Padre Diego. O sacerdote, antes de ser morto, pôde dar a absolvição a Pedro. Que o exemplo e o testemunho corajoso de Pedro Calungsod inspire o dileto povo das Filipinas a anunciar corajosamente o Reino e ganhar almas para Deus!
Giovanni Battista Piamarta, sacerdote da Diocese de Brescia, foi um grande apóstolo da caridade e da juventude. Percebia a necessidade de uma presença cultural e social do catolicismo no mundo moderno, por isso se dedicou ao progresso cristão, moral e profissional das novas gerações, com a sua esplêndida humanidade e bondade. Animado por uma confiança inabalável na Providência Divina e de um profundo espírito de sacrifício, enfrentou dificuldades e fatigas para dar vida a diversas obras apostólicas, entre as quais: o Instituto dos pequenos artesãos, a Editora Queriniana, a Congregação masculina da Sagrada Família de Nazaré e a Congregação das Humildes Servas do Senhor. O segredo da sua vida, intensa e ativa, residia nas longas horas que ele dedicava à oração. Quando estava sobrecarregado pelo trabalho, aumentava o tempo do encontro, de coração a coração, com o Senhor. Demorava-se de muito bom grado junto do Santíssimo Sacramento, meditando a paixão, morte e ressurreição de Cristo, para alcançar a força espiritual e voltar a lançar-se, sempre com novas iniciativas pastorais, à conquista do coração das pessoas, sobretudo dos jovens, para levá-los de volta para as fontes da vida.
«Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, pois, em vós, nós esperamos!» Com essas palavras, a liturgia nos convida a fazer nosso este hino a Deus criador e providente, aceitando o seu plano nas nossas vidas. Assim o fez Santa Maria del Carmelo Salles y Barangueras, religiosa nascida em Vic, Espanha, em 1848. Vendo a sua esperança preenchida, após muitas dificuldades, ao contemplar o progresso da Congregação das Religiosas Concepcionistas Missionárias do Ensino, pôde cantar junto com a Mãe de Deus: «Seu amor de geração em geração, chega a todos que o respeitam». A sua obra educativa, confiada à Virgem Imaculada, continua a dar frutos abundantes entre os jovens e através da entrega generosa das suas filhas que, como ela, se confiam ao Deus que pode tudo.
Passo agora para Marianne Cope, nascida em 1838 em Heppenheim, na Alemanha. Com apenas um ano de vida, foi levada para os Estados Unidos, e em 1862 entrou na Ordem Terceira Regular de São Francisco, em Siracusa, Nova Iorque. Mais tarde, como Superiora geral da sua congregação, Madre Marianne abraçou voluntariamente a chamada para ir cuidar dos leprosos no Havaí, depois da recusa de muitos. Ela partiu, junto com seis irmãs da sua congregação, para administrar pessoalmente um hospital em Oahu, fundando em seguida o Hospital Mamulani, em Maui, e abrindo uma casa para meninas de pais leprosos. Cinco anos depois, aceitou o convite para abrir uma casa para mulheres e meninas na Ilha de Molokai, partindo com coragem e, encerrando assim seu contato com o mundo exterior. Ali, cuidou do Padre Damião, então já famoso pelo seu trabalho heróico com os leprosos, assistindo-o até a sua morte e assumindo o seu trabalho com os leprosos. Em uma época em que pouco se podia fazer por aqueles que sofriam dessa terrível doença, Marianne Cope demonstrou um imenso amor, coragem e entusiasmo. Ela é um exemplo luminoso e valioso da melhor tradição de religiosas católicas dedicadas à enfermagem e do espírito do seu amado São Francisco de Assis.
Kateri Tekakwitha nasceu no que hoje é o Estado de Nova Iorque, em 1656, filha de pai Mohawk e de mãe Algoquin cristã, que lhe transmitiu a fé no Deus vivo. Foi batizada aos 20 anos de idade, para escapar da perseguição, se refugiou na Missão São Francisco Xavier, perto de Montreal. Ali ela trabalhou, fiel às tradições culturais do seu povo, embora renunciando as convicções religiosas deste, até a sua morte com 24 anos. Levando uma vida simples, Kateri permaneceu fiel ao seu amor por Jesus, à oração e à Missa diária. O seu maior desejo era saber e fazer aquilo que agradava a Deus.
Kateri impressiona-nos pela ação da graça na sua vida, carente de apoios externos, e pela firmeza na sua vocação tão particular na sua cultura. Nela, fé e cultura se enriqueceram mutuamente! Possa o seu exemplo nos ajudar a viver lá onde nos encontremos, sem renunciar àquilo que somos, amando a Jesus! Santa Kateri, protetora do Canadá e primeira santa ameríndia, nós te confiamos a renovação da fé entre os povos nativos e em toda a América do Norte! Que Deus abençoe ospovos nativos!
A jovem Anna Schäffer, de Mindelstetten, quis entrar em uma congregação missionária. Nascida em uma família humilde, ela conseguiu, trabalhando como doméstica, acumular o dote necessário para poder entrar no convento. Neste emprego, sofreu um grave acidente com queimaduras incuráveis nos seus pés, que a prenderam em um leito pelo resto da vida. Foi assim que o seu quarto de enferma se transformou em uma cela conventual, e o seu sofrimento, em serviço missionário. Inicialmente se revoltou contra o seu destino, mas em seguida, compreendeu que a sua situação era uma chamada amorosa do Crucificado para O seguisse. Fortalecida pela comunhão diária, tornou-se uma intercessora incansável através da oração e um espelho do amor de Deus para as numerosas pessoas que procuravam conselho. Que o seu apostolado de oração e de sofrimento, de oferta e de expiação seja para os crentes de sua terra um exemplo luminoso e que a sua intercessão fortaleça a atuação abençoada dos centros cristãos de curas paliativas para doentes terminais.
Queridos irmãos e irmãs! Estes novos Santos, diferentes pela sua origem, língua, nação e condição social, estão unidos com todo o Povo de Deus no mistério de Salvação de Cristo, o Redentor. Junto a eles, também nós aqui reunidos com os Padres sinodais, provenientes de todas as partes do mundo, proclamamos, com as palavras do salmo, que Senhor é «o nosso auxílio e proteção», e pedimos: «sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos» (Sal 32, 20-22). Que o testemunho dos novos Santos, a sua vida oferecida generosamente por amor a Cristo, possa falar hoje a toda a Igreja, e a sua intercessão possa reforçá-la e sustentá-la na sua missão de anunciar o Evangelho no mundo inteiro.

Fonte: ZENiT

quarta-feira, 17 de outubro de 2012



O cardeal arcebispo de São Paulo (SP), dom Odilo Pedro Scherer, concedeu uma entrevista ao jornal O São Paulo em que fala sobre o andamento do Sínodo dos Bispos, que acontece no Vaticano. Acompanhe a íntegra da entrevista com o cardeal.
A 13ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos foi aberta em Roma no dia 7 de outubro, com o tema: “nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. Como se desenvolveram os trabalhos sinodais até agora?
Esta Assembleia é a que, até agora, reuniu o maior número de participantes; são cerca de 280 pessoas no total, das quais, uns 200 bispos. No primeiro dia, após uma breve e bela reflexão do Papa, o Secretário Geral do Sínodo dos Bispos e o Relator desta Assembléia Ordinária fizeram suas colocações; logo a seguir, a palavra foi dada aos participantes, que puderam intervir por 5 minutos, cada um, fazendo suas observações e reflexões sobre o tema; assim continuou por toda a semana, só havendo uma pausa no dia 11, pela manhã, para a participação na Missa de abertura do Ano da Fé. O Sínodo é um grande exercício de escuta e discernimento da Igreja sobre o tema em questão. Quando todos os membros da Assembleia tiverem tido a ocasião de intervir na Assembleia, haverá o trabalho de grupos, para a elaboração de propostas sobre os vários aspectos do tema; as propostas, finalmente, serão votadas em plenário e entregues ao Papa, como fruto dos trabalhos sinodais.
A fé católica  está em crise no mundo?
Eu não diria que a fé católica, enquanto tal, mas a transmissão da fé está em crise. E isso tem a ver com vários fatores: a pouca clareza e formação na fé, a superficialidade na experiência da fé, a evangelização insuficiente... Por isso, a fé deixa de ser praticada, testemunhada e comunicada aos outros; é como acontece com uma lamparina que não mais recebe mais óleo: pouco a pouco, ela vai se apagando. Para superar essa crise, é preciso reencontrar os motivos da fé, o alimento da fé e a alegria de crer. Só no renovado encontro pessoal com Jesus Cristo, que nos revela Deus, é que podemos reavivar a nossa fé e refazer o ardor missionário, que leva a transmitir a fé aos outros.
Quais são as principais questões que até agora emergiram nos trabalhos do Sínodo?
São muitas; os padres sinodais abordam com liberdade os diversos aspectos do tema do Sínodo: da crise cultural, que cria dificuldades para a vivência e a transmissão da fé; da necessidade de centrar a fé no Mistério de Deus revelado em Cristo Jesus; da necessidade de uma iniciação sólida à vida cristã e de formar bem os batizados na fé cristã; da urgência de uma catequese aprofundada ao longo de toda a vida; fala-se também da “conversão pastoral e missionária” de toda a Igreja, das iniciativas e ações missionárias já em andamento, da formação mais aprimorada das vocações, do clero, dos leigos e religiosos. O tema estimula a uma reflexão muito ampla. Fala-se também das experiências novas e bem sucedidas de transmissão da fé, em todo o mundo; do uso dos Meios de Comunicação para uma evangelização eficaz... Os participantes latino-americanos fazem muitas referências à Conferência de Aparecida, que já suscitou tantas iniciativas e dinâmicas de nova evangelização na Igreja.
Como se dá a transmissão da fé?
A fé é um dom de Deus, que devemos buscar e pedir com perseverança; Deus mostra o caminho da fé para quem a procura. E a fé nasce e se alimenta na escuta e acolhida da palavra de Deus e São Paulo chega a dizer que “a fé nasce da pregação da Palavra de Deus”. Mas também ajuda a despertar a fé o testemunho de vida cristã das pessoas de grande fé, como os santos, os místicos, as testemunhas da caridade cristã; e não podemos esquecer que a fé se alimenta na oração, na Eucaristia, na oração e na prática do amor ao próximo.
No dia 11 de outubro, na comemoração do 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, o Papa abriu o Ano da Fé; que relação existe entre esta comemoração do Concílio, o Ano da Fé e o tema da Assembleia do Sínodo dos Bispos?
Há uma relação estreita. O primeiro objetivo do Concílio Ecumênico Vaticano II, há 50 anos, era dar um novo impulso à vivência, ao testemunho e à transmissão da fé católica. O Ano da Fé, proclamado e aberto pelo Papa Bento XVI, tem esses mesmos objetivos: renovar a experiência e a profissão pessoal e pública da fé, aprofundar o conhecimento da fé e retomar o processo de transmissão da fé no atual contexto de crise cultural e religiosa. E o objetivo da Assembleia do Sínodo dos Bispos é rever e aprofundar a evangelização, para propiciar a transmissão da fé. Acho que as questões estão bastante relacionadas umas com as outras e, se as propostas do Sínodo e do Ano da Fé forem bem acolhidas e vividas, o fruto certamente será muito bom.
O Papa também assiste às sessões do Sínodo?
O Papa convocou o Sínodo para ouvir os bispos e demais membros da assembleia sinodal sobre o tema em pauta; por isso, ele está presente quase sempre nas sessões e escuta atentamente tudo o que se diz. No final, todo o fruto dos trabalhos sinodais será entregue ao Papa para que faça, a partir disso, a Exortação Apostólica Pós-Sinodal.


Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/internacional/10555-sinodo-dos-bispos-entrevista-com-dom-odilo-pedro-scherer

quinta-feira, 11 de outubro de 2012


ANO DA FÉ 


Hoje dia 11 de outubro começa o Ano da Fé, convocado por Bento XVI. Mas de que se trata? O que deseja o Santo Padre? O que se pode fazer? vamos neste artigo tentar responder alguns dos questionamentos.

1. O que é o Ano da Fé?
O Ano da Fé "é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo" (Porta Fidei, 6).

2. Quando se inicia e quando termina?
Inicia-se a 11 de outubro de 2012 e terminará a 24 de novembro de 2013.


3. Por que nessas datas? 
Em 11 de outubro coincidem dois aniversários: o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de novembro, será a solenidade de Cristo Rei.


4. Por que é que o Papa convocou este ano?"
Enquanto que no passado era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade, devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas". Por isso, o Papa convida para uma "autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo". O objetivo principal deste ano é que cada cristão "possa redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo".


5. Quais meios assinalou o Santo Padre?
Como expos no Motu Proprio "Porta Fidei": Intensificar a celebração da fé na liturgia, especialmente na Eucaristia; dar testemunho da própria fé; e redescobrir os conteúdos da própria fé, expostos principalmente no Catecismo.


6. Onde terá lugar?
Como disse Bento XVI, o alcance será universal. "Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo".


7. Onde encontrar indicações mais precisas?

Aí se propõe, por exemplo: 
- Encorajar as peregrinações dos fiéis à Sede de Pedro;
- Organizar peregrinações, celebrações e reuniões nos principais Santuários.
- Realizar simpósios, congressos e reuniões que favoreçam o conhecimento dos conteúdos da doutrina da Igreja Católica e mantenham aberto o diálogo entre fé e razão.
- Ler ou reler os principais documentos do Concílio Vaticano II.
- Acolher com maior atenção as homilias, catequeses, discursos e outras intervenções do Santo Padre.
- Promover transmissões televisivas ou radiofônicas, filmes e publicações, inclusive a nível popular, acessíveis a um público amplo, sobre o tema da fé.
- Dar a conhecer os santos de cada território, autênticos testemunhos de fé.
- Fomentar o apreço pelo patrimônio artístico religioso.
- Preparar e divulgar material de caráter apologético para ajudar os fiéis a resolver as suas dúvidas.
- Eventos catequéticos para jovens que transmitam a beleza da fé.
- Aproximar-se com maior fé e frequência do sacramento da Penitência.
- Usar nas escolas ou colégios o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.
- Organizar grupos de leitura do Catecismo e promover a sua difusão e venda.


8. Que documentos posso ler por agora?



9. Onde posso obter mais informação?
Visite o site annusfidei.va

FONTE: www.zenit.org

quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Indulgência plenária no ano da fé
Anunciado para começar em 11 de outubro de 2012 e durar até o dia 24 de novembro de 2013
CIDADE DO VATICANO,sexta-feira, 5 de outubro de 2012 (ZENIT.org) - O Santo Padre Bento XVI concederá a indulgência plenária aos fiéis durante o Ano da Fé, a qual é válida a partir da data de abertura (11 de outubro de 2012) até a data de encerramento (24 de novembro de 2013), conforme consta em decreto tornado público hoje, com a assinatura do cardeal Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor, e do bispo Krzysztof Nykiel, regente da Penitenciaria Apostólica. Apresentamos a notícia divulgada hoje pelo Serviço de Informação do Vaticano.
"No dia do cinquentenário da abertura solene do concílio Vaticano II”, lê-se no decreto, “o Sumo Pontífice Bento XVI estabeleceu o início de um ano especialmente dedicado à profissão da verdadeira fé e à sua correta interpretação, através da leitura, ou melhor, da meditação piedosa dos Atos do Concílio e dos artigos do Catecismo da Igreja Católica".
"Uma vez que se trata principalmente de desenvolver a santidade de vida no mais alto grau possível nesta terra, e de conquistar assim o mais alto grau de pureza da alma, será de muita valia o grande dom das indulgências, que a Igreja, em virtude do poder conferido a ela por Cristo, oferece a todos aqueles que, com as disposições necessárias, satisfazem os requisitos especiais para alcançá-las".
"Ao longo de todo o Ano da Fé, anunciado para começar em 11 de outubro de 2012 e durar até findo o dia 24 de novembro de 2013, poderão ganhar a indulgência plenária da pena temporal pelos próprios pecados, concedida pela misericórdia de Deus, aplicável em sufrágio às almas dos fiéis defuntos, todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, devidamente confessados, em comunhão sacramental, que rezarem pelas intenções do Sumo Pontífice:
a) Sempre que participarem de pelo menos três momentos de pregação durante as Santas Missões, ou de pelo menos três palestras sobre os atos do concílio Vaticano II e sobre os artigos do Catecismo da Igreja Católica, em qualquer igreja ou local adequado;
b) Sempre que visitarem, na forma de peregrinação, qualquer basílica papal, uma catacumba cristã, uma catedral, um lugar sagrado designado pelo ordinário local para o Ano da Fé (por exemplo, entre as basílicas menores e os santuários dedicados à Santíssima Virgem Maria, aos santos apóstolos e aos santos padroeiros) e ali participarem de qualquer função sagrada ou, pelo menos, dedicarem um tempo adequado de recolhimento para orar e meditar piedosamente, terminando com a oração do pai-nosso, o credo em qualquer forma legítima, as invocações à Virgem Maria e, conforme o caso, aos santos apóstolos ou padroeiros;
c) Sempre que, nos dias determinados pelo ordinário local para o Ano da Fé (por exemplo, nas solenidades do Senhor, da Santíssima Virgem Maria, nas festas dos santos apóstolos e padroeiros, na Cátedra de São Pedro), assistirem, em qualquer lugar sagrado, a uma celebração solene da eucaristia ou à liturgia das horas, acrescentando a profissão de fé em qualquer forma legítima;
d) um dia, livremente escolhido, durante o Ano da Fé, para a visita piedosa do batistério ou de outro local em que tenham recebido o sacramento do Batismo, desde que renovem as suas promessas batismais em qualquer fórmula legítima.
Os bispos diocesanos ou eparquiais, e aqueles que no direito são equiparados a eles, no dia mais apropriado deste tempo, em ocasião da celebração principal (por exemplo, 24 de novembro de 2013, Solenidade de Cristo Rei, com a qual será encerrado o Ano da Fé), poderão conceder a bênção papal com a indulgência plenária, que pode ser obtida por todos os fiéis que devotamente a receberem.
O decreto termina recordando que todos os fiéis que, "devido a razões de doença ou por causa de graves motivos", não puderem sair de casa, poderão ganhar a indulgência plenária "se, unidos em espírito e em pensamento com os fiéis presentes, particularmente nos momentos em que as palavras do Sumo Pontífice ou dos bispos diocesanos forem transmitidas pela televisão ou pelo rádio, recitarem o pai-nosso em sua casa ou no local onde se acharem devido aos motivos de força maior que ali os retêm, bem como ainda recitarem a profissão de fé em qualquer forma legítima e as outras orações conformes com os objetivos do Ano da Fé, fazendo oferecimento dos seus sofrimentos e das dificuldades da própria vida.
(Fonte:VIS/ Trad. ZENIT)

terça-feira, 9 de outubro de 2012


Casamento deve ser boa notícia para o mundo atual
Apelo do santo padre Bento XVI no contexto da Nova Evangelização
Olá Juventude!!! SEgue um texto para aprofundarmos o que ouvimos nas celebrações da Santa Eucaristia neste final de semana a respeito do casamento.... Boa leitura e meditação 

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 8 de outubro de 2012 (ZENIT.org) - Dada a importância do tema, quisemos destacar de modo independente a reflexão do papa em sua homilia de domingo, durante a missa de abertura da XIII Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos, em que ele tratou dos desafios que envolvem a família na nova evangelização.
No evangelho lido durante a cerimônia, escutamos Jesus se referir com clareza à relação entre o homem e a mulher, santificada pelo Criador no Gênesis e perpetuada pelo mesmo Salvador com os seus ensinamentos na terra.
Neste sentido, o papa disse que a mensagem da Palavra de Deus pode ser resumida na expressão do livro do Gênesis, que o próprio Jesus retoma: “Por isso, o homem abandonará seu pai e sua mãe, se unirá à sua mulher e serão ambos uma só carne” (Gn. 1,24, Mc. 10,7-8).
"O que nos diz hoje esta palavra?", perguntou-se o papa. "O matrimônio constitui um evangelho, uma Boa Notícia para o mundo atual, em particular para o mundo secularizado". Porque esta união, "uma só carne", deve ser tal "na caridade, no amor fecundo e indissolúvel".
O pontífice destacou na homilia que este é um sinal que fala de Deus com força, "uma eloquência que, em nossos dias, chega a ser maior porque, por várias causas lamentáveis, o matrimônio atravessa uma profunda crise, precisamente nas regiões de antiga evangelização".
Esta relação não é casual, porque estando o casamento unido à fé, "como união de amor fiel e indissolúvel" que "se fundamenta na graça que vem de Deus Uno e Trino, que em Cristo nos amou com amor fiel até a cruz", então "há uma evidente correspondência entre a crise da fé e a crise do matrimônio".
Recordou, a propósito, o que a Igreja afirma e testemunha há tempo: "o matrimônio é chamado a ser não só objeto, mas sujeito da nova evangelização".
O papa convidou a todos, assim, a trabalharem pelas famílias, voltando o olhar "para as muitas experiências vinculadas a comunidades e movimentos que estão se realizando cada vez mais no tecido das dioceses e das paróquias, como foi demonstrado pelo recente Encontro Mundial das Famílias". 
Leia a homilia completa:

segunda-feira, 8 de outubro de 2012


Retiro do Coração Jovem




      Entre os dias 05 a 07 de Outubro, na cidade de Ibiúna, próximo a SP aconteceu o retiro do Coração Jovem um grupo que já conta com 15 anos de existência em nossa comunidade paroquia do Imaculado Coração de Maria em SP.
    Este retiro teve como objetivo alimentar a espiritualidade do jovem sobre o tema Predestinado, no qual, os coordenadores do grupo junto com o Pe. Fernando Henrique, cmf do Setor Juventude estiveram lembrando como o Cristo esteve sendo predestinado a salvação da humanidade. Dentro do tema abordou-se como o jovem é predestinado a salvar outros jovens, estando em sintonia com o Documento de Aparecida sobre o dinamismo da juventude na evangelização e formação de novos agentes do Evangelho, nos campos mais diversos ou como afirma o documento; nos novos Areópagos em que a juventude se encontra.
       O retiro contou com a presença de 35 jovens frequentadores do grupo e alguns convidados, o Coração Jovem reúne-se todos os sábados às 17h no salão paroquial. A base do retiro foram três momentos; palestras, testemunhos e lazer. Tudo isto proporcionou aos jovens um maior e melhor encontro consigo mesmo, para que desta forma, possam estar levando a alegria de Cristo Jesus aos demais. E se preparando para a vivência do Ano da Fé, que neste mês inicia a sua abertura.
    Desde já o Setor Juventude agradece aos coordenadores do Coração Jovem pelo convite, a comunidade local e paroquial, pelo incentivo dos jovens nesta forma de buscar a Deus no aprofundamento e serviço para os demais jovens. Continuemos a oração para que destes grupos suscitem mais trabalhadores para compor a messe do Senhor como Leigos e Leigas, Casais e Consagrados ao Serviço de Anuncio do Evangelho a todos.  

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


TRÍDUO DA JUVENTUDE CLARETIANA 
SANTO ANTONIO MARIA CLARET

         Olá querida juventude deste imenso rincão do Brasil, desde já estamos agradecidos pelo mês de Outubro, para nós Família Claretiana é o momento de celebrar não só o nosso querido Pai Fundador Santo Antonio Maria Claret, mas entrarmos em sintonia com toda a Igreja que nos afirma pela exortação de nosso querido papa Benedicto XVI a respeito da missão: “Assim, para um Pastor, o mandato de pregar o Evangelho não se esgota com a solicitude pela porção do Povo de Deus confiada aos seus cuidados pastorais, nem com o envio de qualquer sacerdote, leigo ou leiga, fidei donum. O referido mandato deve envolver toda a atividade da Igreja particular, todos os seus setores, em suma, todo o seu ser e operar: indicou-o claramente o Concílio Vaticano II, e o Magistério sucessivo reiterou-o com vigor. Isto exige que estilos de vida, planos pastorais e organização diocesana se adequem, constantemente, a esta dimensão fundamental de ser Igreja, sobretudo num mundo como o nosso em contínua transformação.” (Benedicto XVI –Mensagem de sua Santidade Bento XVI para o dia Mundial das Missões 2012)
      Para comemorar este mês em que celebramos a missão de nosso fundador, o Setor Juventude em sintonia com a Igreja e nossa Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Missionários Claretianos), esta oferecendo a você coordenador de grupos de jovens três subsídios para celebrar junto a Juventude Claretiana a nossa festa. Os materiais para este tríduo estão divididos em três grandes núcleos, sendo cada um deles: a) Aprofundamento da Palavra de Deus com enfoque nas citações marcantes na vida de Santo Antonio Maria Claret; b) Momento de reflexão e avaliação entre nossa vida e o pedido de Deus para nossa missão; c) Um olhar missionário do nosso grupo para com a Família Claretiana.
       Os subsídios serão oferecidos por meio dos correios eletrônicos das paroquias, colégios e demais frentes missionárias, que a cada semana estarão recebendo um novo material e poderão utiliza-lo em suas realidades juvenis, quando do envio de cada material estaremos à disposição para criticas, sugestões e elogios por meio dos e-mails: fernandocmf007@gmail.com ou juv.claret@yahoo.com.br .
     Nós do Setor Juventude da Congregação, desejamos que os grupos de jovens participem fazendo esta experiência de aprofundamento de nosso querido Pai Fundador, e assim estejam conhecendo um pouco mais do espirito que moveu Santo Antonio Maria Claret e continua a mover seus filhos e filhas em missão no Reino de Deus neste imenso mundo que denominamos planeta Terra.
     Que Deus os acompanhe nesta espiritualidade da juventude Claretiana.





Hoje Iniciamos uma Grande Obra
Santo Antonio Maria Claret
Fernando Henrique Alves, cmf
Animador do Setor Juventude  
Missionários Claretianos do Brasil 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

ELEIÇÃO 2012! É POSSÍVEL VOTAR BEM?

Neste ano, nós brasileiros exerceremos, mais uma vez, o exercício do voto!Quero oferecer você, eleitor, uma reflexão sobre o perfil de candidato/a!
Vivemos tempos de mudanças, com novos desafios que exigem dos candidatos seriedade, competência, sensibilidade pelos problemas que afligem a humanidade, visão integral do ser humano e das relações políticas, econômicas e sociais. Enfim, candidatos que não sejam escravos de visões unilaterais e corporativas. Não se pode governar bem sem uma visão integral, holística, humanizadora, comunitária e coletiva.
Eleitor/a, não restrinja tua participação política só ao exercício do voto. Há muitos modos de se envolver na elaboração de políticas públicas que gerem estruturas que valorizem a vida, os direitos humanos, a educação, a saúde, o lazer, a segurança, etc.
         “A democracia é um processo lento, construído pela participação das pessoas que se organizam e mobilizam a sociedade. A experiência de participação popular na política é uma conquista e um patrimônio histórico do povo brasileiro, formado pelos movimentos sociais, sindicatos, pastorais sociais, e partidos políticos. Essa experiência não poder ser perdida pela ação nefasta de políticos que buscam o poder e vantagens pessoais a qualquer custo.” (cf.: CNBB, Eleições 2006. Orientações da CNBB. n.82. SP: Paulinas, 2006, p.12). Os problemas nacionais não serão resolvidos por pessoas egocêntricas, unilaterais ou messiânicas. Teu candidato/a tem capacidade de compreender os desafios e têm condições de elaborar e executar projetos consistentes?
     O Brasil é uma das maiores economias do mundo, mas ocupa a 84ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano-2010, entre 187 países, como revelou o Relatório de 11/2011. Embora haja melhorias para alguns setores sociais e mesmo para os mais pobres, aumenta a concentração de produção de riqueza nas mãos de uns poucos e ainda temos em torno de 50 milhões de pobres e miseráveis em nosso país. O que o teu candidato pensa sobre isso?
      Na página 16, o documento da CNBB supracitado, afirma que a “a situação da maioria dos trabalhadores continua sendo precária e injusta. Os salários aviltados ameaçam seus direitos e sua dignidade. O trabalhador sente-se continuamente ameaçado pelo desemprego, pela flexibilização das leis trabalhistas e pelo crescimento da informalidade.” O que o teu candidato pensa sobre isso?
Na mesma página, vemos que a “violência e o crime organizado se espalham nas cidades e no campo. A fome e a exclusão social colocam um desafio histórico para o Estado brasileiro, exigindo medidas estruturais que garantam a paz, a justiça e a ordem pública.” O que o teu candidato pensa sobre isso?
E continua na página 16: “a reforma agrária e o desenvolvimento rural, acompanhados por políticas agrícolas e hídricas, bem como a reforma urbana, são inadiáveis e urgentes para reverter a dramática situação social do país.” O que o teu candidato pensa sobre isso?
Na página 17, afirma que o “o Brasil possui imensos recursos naturais com a diversidade dos biomas, rios, lagos, plantas, florestas. No entanto, é brutalmente explorado ou extorquido, a busca de maiores lucros, em detrimento do bem social de toda a população” O que o teu candidato pensa sobre isso?
E segue-se na página 17, “a mídia, hoje, é um grande instrumento de poder. Exerce uma força suficiente para mexer com a opinião pública e conduzir ao poder pessoas ou partidos, aliados a determinados interesses.”  Escrevendo sobre isso, em artigo sobre ´reforma política e eleições municipais´, Frei Betto afirmava que “estimativas indicam que, na capital paulista, apenas dois candidatos à prefeitura, Serra e Haddad, gastarão, juntos, R$ 118 milhões. De onde jorram tantos recursos? É óbvio, de quem amealha grandes fortunas – bancos, empresas, empreiteiras, mineradoras etc. Cria-se, assim, o círculo vicioso: você investe em minha eleição, eu na sua proteção. Eis a verdadeira parceria entre o público e o privado. Como se constata na CPI do Cachoeira e nos cuidados que os parlamentares tomam quando é citada a Construtora Delta. A pasteurização da política faz com que ela perca, a cada eleição, a sua natureza de mobilização popular, para se transformar em um negócio administrado por marqueteiros e lideranças partidárias. As "costuras”são feitas por cima; os princípios ideológicos escanteados; a militância é substituída por cabos eleitorais remunerados; os acordos são fechados tendo em vista fatias de poder, e não programas de governo e metas administrativas.” (cf: WWW.adital,com.br, 27/7/2012). O que o teu candidato pensa sobre a mídia na política?
Concluindo, penso que nós, brasileiros e brasileiras, estamos desafiados a construir cidadania, a votar bem e a combater a corrupção política que coloca os interesses pessoais e corporativos acima do bem comum.

Pe. Ronaldo Mazula, cmf
Prefeito de Apostolado dos Missionários Claretianos do Brasil