sábado, 28 de julho de 2012


  MISSÃO RONDÔNIA


Entre os dias 13 a 22 de Julho os membros do COJU – Conselho da Juventude estiveram integrando a Missão Rondônia junto ao Centro Universitário Claretiano. E para compartilhar esta linda experiência foi solicitado ao jovem Pedro Brasilino para relatar a sua experiência entre nós. O que segue-se abaixo.
Responder positivamente aos sonhos de Deus é na realidade abrir-se para grandes projetos. Dessa forma, confiar que o Senhor tem sempre o melhor a nos oferecer nos leva a resultados e lugares inimagináveis. A Missão Rondônia foi isso, uma experiência que antes de tudo foi sonhada por Deus e que encontrou resposta no coração de cada participante.
            De forma nenhuma poderia esquecer-se do pequeno tempo de convívio com a Juventude Claretiana de Ribeirão Preto, esses que nos receberam com grande alegria e atenção. A missão em Ribeirão Preto teve caráter informativo quanto à tão esperada JMJ+FC 2013. Fica o agradecimento, o desejo de reencontra-los em breve e o pedido que Deus possa abençoar a todos os jovens representados aqui nas pessoas de Diego Egydio dos Santos e Eliana Galine.
É, sobretudo, emocionante ver jovens corajosos e dispostos a deixar família, festas e descanso, enfrentando quase cinqüenta horas de viagem até as cidades alvo da missão; Porto Velho, São Miguel do Guaporé e Seringueiras. É, também, emocionante a alegria com que enfrentaram as dificuldades da viagem, sempre felizes e festivos. Afinal, fazer o bem nos faz bem.
Já na entrada do Estado de Rondônia o grupo de missionários começou a ser dividido. Desse modo, no município de Seringueiras as ações foram basicamente ligadas à educação e formação, dentro de escolas na cidade e na zona rural. O carinho das crianças, professores e demais funcionários em receber o Claretiano Solidário serviu de motivação frente às privações, tal como, o calor do primeiro dia, as três ou quatro noites de frio, banhos sem chuveiro elétrico etc. Contudo, a possibilidade de ver os sorrisos estampados nos rostos dos moradores fortalecia e encorajava no objetivo de fazer sempre o melhor.
Nos trabalhos diários encontramos as pessoas nas ruas, nas escolas, nos diversos ambientes escutando-as e falando de nossas experiências. Nas relações fora e dentro do grupo de missionários deu-se a oportunidade de fazer novas amizades e conhecer as diferentes culturas em suas regiões. Certamente aprendemos muito mais do que ensinamos.
            Em Seringueiras os membros da COJU (Conselho da Juventude Claretiana), isto é, eu (Pedro), Alisson, Aristides Neto e Daniela tivemos a felicidade de partilhar com jovens da Pastoral da Juventude, onde pudemos contar mais uma vez sobre a experiência de viver uma Jornada Mundial da Juventude, e também, o Boté Fé nas nossas arquidioceses. A partilha com o grupo de jovens em Seringueiras foi com certeza um momento de ver a realidade da juventude do local. Fica o agradecimento a todos que prepararam o momento e o convite de no ano que vem participar da Jornada em Família Claretiana.
Emociona participar da realidade de um povo, sem pretender criticar sua cultura. Na realidade, vi um povo tão altivo e simples como sua árvore símbolo, a castanheira. Às vezes frágeis em suas necessidades, mas fortes em seus muitos sorrisos. Na mente existirá eternamente os dias de aprendizado e missão. A recordação será eterna, a gratidão também. Gratidão a Deus, Senhor das vocações e chamados, bem como, aos organizadores e missionários, que aceitaram o convite e se empenharam num esforço de ajuda ao próximo.

 O Senhor é conosco!

domingo, 22 de julho de 2012


Dia internacional da Juventude movimenta os jovens do Cone Sul
Comissão para juventude CNBB organiza o Gesto Comum
BRASÍLIA, sexta-feira, 20 de julho de 2012(ZENIT.org) - O Dia Internacional da Juventude constituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) movimentará os jovens do Cone Sul.
A Comissão para juventude CNBB convida a todos os jovens dos países do Cone Sul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) a fazer um Gesto Comum em favor da vida da juventude, de 5 a 12 de agosto - Dia Internacional da Juventude- . A iniciativa é das pastorais juvenis dos cinco países e acontece desde1997 acada dois anos. 
O Dia Internacional da Juventude – 12 de agosto - foi decretado em 1999 pela ONU fruto da Conferência Mundial dos Ministros Responsáveis pelos Jovens em Lisboa.
“Muitos dos mais de um bilhão de jovens do mundo não têm a educação, a liberdade e as oportunidades que merecem, afirma a mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, na comemoração do Dia Internacional da Juventude 2010-2011. “No entanto, apesar dessas limitações – e, em alguns casos, por causa delas – jovens estão se mobilizando em grande número para construir um futuro melhor”.
O Gesto Comum 2012 que comemora o Dia Internacional da Juventude será dividido em três momentos. O primeiro será de 5 a10 de agosto. A sugestão é que cada grupo jovem de cada expressão que trabalha com o mundo juvenil possa realizar seminários, debates, caminhadas, atos públicos, visitas em lugares que a vida do jovem é violentada (como prisões, abrigos para dependentes químicos e alcoólicos, espaços nas ruas onde os jovens vivem). Também são sugeridas celebrações, rodas de conversa com os jovens ou o que mais o grupo considerar interessante para vivenciar e refletir sobre a defesa da vida da juventude.
O segundo momento acontecerá no sábado, 11 de agosto. A proposta é que todos os grupos das diferentes pastorais, novas comunidades, congregações, movimentos e outras organizações realizem, a partir das 19h uma grande celebração pela vida. O momento pode ser uma celebração eucarística ou outra oração, como o ofício divino. 
A conclusão será com um dia de lazer, em que a juventude possa celebrar a vida também a partir do esporte, da cultura e da arte. Podem ser feitos torneios esportivos, gincanas, apresentações culturais, saraus, etc.
Todos os grupos são convidados a compartilhar a vivência do gesto comum nas redes sociais para mostrar a mobilização e o protagonismo juvenil.
A Coordenação Nacional de Pastoral Juvenil, formada por 10 jovens coordenadores de pastorais, novas comunidades, movimentos e congregações que trabalham com juventude, é, desde 2011, o espaço de articulação e construção do Gesto Comum. A coordenação faz parte da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB.
MEM


terça-feira, 17 de julho de 2012



No dia 15 de julho, último dia do Seminário Nacional Juventude e Bioética, o dia iniciou com a palestra do assessor da Comissão para a Vida e Família da CNBB, padre Rafael Fornasier. Em sua colocação, o assessor forneceu pistas de ação para que os jovens possam, em sua realidade, levar a postura da Igreja sobre a defesa da vida.

Inicialmente, padre Rafael apresentou como a Igreja tem dado a contribuição quando reforça a Palavra de Deus, o cuidado com o próximo, a educação para a vida e o amor e o protagonismo de todos os católicos nesta defesa. Ao citar a Constituição Pastoral Gaudium et Spes, do Papa Paulo VI, o sacerdote enfatizou a importância da presença dos leigos e que eles podem falar também em nome da Igreja contra as formas de atentado à vida.
Cultura de morte

Antes de fornecer as pistas de ações concretas aos jovens, padre Rafael traçou um panorama do contexto atual de cultura da morte e citou alguns de seus elementos:

- Ideologia eugenista, em que os “diferentes” devem ser eliminados, com base na teoria de que apenas os "perfeitos" devem viver. Tal concepção fundamentou a ideologia nazista e uma das máximas criadas foi o jargão “Vidas que não devem ser vividas”. Inicialmente, favoreceu a eutanásia e, depois, a ideia da superioridade da raça branca.

- Ideologia de gênero: distinção entre o biológico e social. Ou seja, o sexo ou as características físicas com as quais o indivíduo nasceu não determinariam a atuação ou o modo de ser na sociedade.

- Utilitarismo, consumismo, hedonismo: hoje, as questões de bioética estão muito ligadas a estes conceitos no sentido de questioná-los. Tais conceitos apresentam, segundo o assessor, um forte cunho econômico e uma busca de uma liberdade deturpada e de um prazer exacerbado.

O sacerdote apresentou ainda as questões em voga da bioética, como aborto, controle de natalidade (métodos contraceptivos), reprodução assistida e pesquisas com células-tronco. Além destas, o assessor destacou também realidades como a disseminação da Aids, homossexualidade, pesquisa com seres humanos, prostituição, eutanásia, tráfico de pessoas, desequilíbrio ecológico, com o objetivo dos jovens tomarem consciência do seu campo de ação na sociedade atual.
Pistas de ação

“Isso deve nos interpelar a atitudes concretas”. Foi com este alerta que o assessor ressaltou a necessidade do protagonismo leigo e de ações efetivas na defesa da vida, como a cobrança juntos aos Três Poderes para que atuem em favor da vida e da família. Neste ponto, o sacerdote apontou como as três esferas parecem não caminhar juntas, como se vê em certos casos, atualmente, com a sobreposição do judiciário sobre o legislativo.

Ao recordar ideias que afirmam ser hipocrisia a proibição do aborto e das drogas porque limitariam uma suposta liberdade, o assessor questionou apontando que, se formos seguir esta linha, também seria hipocrisia ter as leis de trânsito, jáque muitos morrem no trânsito, ou leis punitivas dos assassinatos pois muitos matam todos os dias.
“Nem tudo o que a lei diz para fazer é moralmente lícito”.

Foi a partir desta afirmação que padre Rafael Fornasier deu pistas de ação pastoral e social para que todos se empenhem contra as leis abortistas e posturas que violam a vida humana.
Entre as indicações de ações estão a coleta de assinaturas para aprovação do Estatuto do Nascituro; acompanhamento dos procedimentos legislativos e dos julgamentos no STF; criação e promoção de associações de família, pró-vida, juristas (âmbito civil) e de médicos; criação e promoção de comissões de respeito, promoção e defesa da vida; formação de programas de 
acolhida e acompanhamento em favor da vida (exemplos: CAM, Projeto Raquel, Sonho de Mãe, Fazenda da Esperança).

Um outro ponto de destaque a ser empreendido pelos jovens é a formação contínua, através de documentos e do Catecismo da Igreja, cursos em seminários e  institutos, além de grupos de estudo.

Envio Com a Santa Missa, presidida pelo presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, neste domingo, 15, o Seminário de Bioética chegou ao fim. Conforme apontou Dom Eduardo, a partir deste encontro os jovens são enviados para as suas dioceses, movimentos, pastorais e comunidades para que disseminem todo o contéudo deste final de semana.
Antes da Celebração Eucarística, os jovens tiveram ainda, na manhã deste domingo, um momento final de perguntas e respostas, com a presença de Dom Chomali, Dom Antônio Augusto, Dr.ª Lenise Garcia e da Drª. Alice Teixeira Ferreira, do Departamento de Biofísica da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), além da apresentação das Comissões para Juventude e para Vida e Família da CNBB e dos Jovens Conectados

Fonte: Boletim da CNBB.

sexta-feira, 6 de julho de 2012



Brasília, 01 de julho de 2012.
CJ – C – Nº 0638/12
Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,
Vigários Paroquiais e demais Presbíteros.

Acabo de participar do “Bote Fé” de Campo Grande, MS. Que graça divina! O jovem Flávio me confidenciou, vibrando: “a juventude de nossa diocese não será mais a mesma depois deste Bote Fé!”. Por 
todos os cantos por onde passam os símbolos da Jornada se torna evidente que há algo extraordinário acontecendo! E ainda falta 1 ano para a JMJ Rio 2013. É isto mesmo: estamos a exatamente 1 ano dela! E 
para marcar este mês de julho em vista do „arranque final‟ teremos, entre tantas coisas: a “Jornada e Ação 
Social” (cf.  www.rio2013.org.br), o “Bote Fé na Vida” (cf. www.jovensconectados.org.br), o lançamento 
dos dois subsídios “A Caminho da JMJ” e do DVD gravado com os artistas católicos em Natal, o Seminário sobre “Bioética e Juventude”. A JMJ tem como centro Jesus Cristo e a fé que abraçamos. A juventude é o seu destaque principal; mas é toda a Igreja que se movimenta e se beneficia deste momento de graça. Afinal de contas, apostar nos jovens é apostar na perene vitalidade da Igreja que é sempre chamada a ser criativa, ousada, bela, profética, agradável... e estes traços são próprios da juventude.  A JMJ vem para fortalecer nossa caminhada de evangelização em seu meio e espera que nos desdobremos ao máximo para favorecer em todas as partes, principalmente em nossas Paróquias, uma verdadeira pastoral juvenil que acolha, organize e acompanhe a „novidade‟ que somente os jovens têm e trazem, sob a ação divina.

“Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada”. Já pensaram na força desta expressão que o nosso papa nos dirigiu em 2007? O ‘rosto’  é a nossa manifestação primeira nos relacionamentos; seus traços são a linguagem inicial de um encontro; é a porta de entrada que, pouco a pouco, pela convivência, nos abre à verdade da pessoa; é o lugar de encontro inicial que nos leva aos pensamentos e sentimentos daquele/a que se encontra em nossa frente. O rosto revela, desde os seus tênues traços, se alguém está bem ou mal, se há dor ou alegria, se há satisfação ou preocupação; fala de sonhos e medos, riquezas e carências. Não é pra menos que sempre estamos cuidando do rosto... E é curioso notar que o rosto, apesar de ser „meu‟, „pertence‟ aos outros. Os outros veem nosso rosto mais do que nós mesmos. Não dá para pensar uma pessoa sem rosto... nem uma Igreja sem os jovens; nem uma comunidade sem alguma expressão juvenil significativa, sem propostas concretas que contemplem os jovens com seus sonhos, ideias, dores! Estamos vivendo um momento ímpar da história da Igreja em nosso país. A JMJ vem para nos auxiliar a ver o rosto do jovem em nosso meio, ler seus sinais, bem como a verificar se nossas comunidades „têm rosto jovem‟ ou se ainda se encontram „desfiguradas‟. Qual é o rosto de nossas paróquias? Somos capazes de reconhecer no rosto da Igreja, o rosto dos jovens; e no rosto deles, a comunicação de Deus? Aprendemos a ler os sinais que Deus nos revela por meio deles?Sua paróquia tem traços juvenis marcantes, abundantes, vibrantes? Já pensaram em aproveitar deste kairós para elaborar um Plano de Evangelização da juventude? É, isto mesmo! Algo que pudesse nortear para os próximos anos a organização paroquial da juventude, que vá além dos meros entretenimentos religiosos oferecidos aos jovens. Convoquem as expressões juvenis de suas comunidades e elaborem algo que, mesmo simples, possa nortear os cuidados deste „rosto de sua paróquia‟.

E que tal começar isso  fotografando o rosto jovem de sua paróquia? Que bonito seria a Comunidade poder passar este ano todo de preparação imediata à JMJ contemplando um grande e bem preparado painel com os rostos de seus jovens dos movimentos, pastorais da juventude, novas comunidades, congregações religiosas, crisma; indígenas, universitários, catequistas, grupos juvenis... e até dos „sem grupo‟. Motivem os jovens para esta atividade; envolvam os adultos. Marquemos este ano com algum sinal bem visível da bonita juventude que Deus envia para a beleza de nossas Comunidades eclesiais, afinal de contas “sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada!”
                                                                                       
                  
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ)