MISSÃO
JOVEM NO MATO GROSSO!
Olá
juventude claretiana eu (Aristides - Neto) mais uma vez com a graça de Deus tenho
a oportunidade de partilhar mais uma experiência única e fantástica que tive na
semana santa em minha vida. Vitória Kessia e eu (ambos somos integrantes do “Coração
Jovem” da Paroquia Coração de Maria - SP) fomos convidados para juntos com o
padre Ronaldo Mazula, Cmf sair em missão nas aldeias indígenas do Mato Grosso
neste tempo de Semana Santa. Antes da viagem, nos reunimos e decidimos que nos
jovens ficaríamos com a parte de catequese que inclui preparação dos indígenas
para a primeira comunhão e crisma que foram realizados nesta semana em que
estivemos na aldeia.
Enfim
chegou o grande dia da viagem, no coração a ansiedade e a alegria, nos
primeiros momentos percebemos que não seria nada fácil, a viagem é muito longa
e apertada já que conseguimos muitas doações para levar até as aldeias e cansativa,
pois ficamos na estrada durante 24 horas para chegar à aldeia base que é dos Bakairi.
A
primeira impressão foi totalmente contrária do imaginado, porque nós “brancos”
temos aquela visão de que índio anda pelado, com a flecha na mão e na ponta o
peixe, enfim totalmente diferente do que imaginava...

Para
compreender o que aconteceu começamos a ter aulas de cultura neste simples
ambiente, porque na tradição deles quando se mata algum animal para alimentação
as partes do bicho necessitam estar presente, pois e dele que veio a carne,
então e uma forma de deles “comemorar” junto com o boi a gratuidade de
alimentar outro ser.

Pe.
Ronaldo Mazula, cmf esteve responsável pelo grupo e também exerceu atividades
educacionais com os caciques e professores da aldeia, oferecendo reforço em
certas matérias disciplinas escolares e auxiliando a criação de planos e projetos
para uma vida melhor da aldeia respeitando, sobretudo, a tradição.

Vitória
e eu nos reunimos com os jovens das 8 da manha até as 11:30 e pela tarde das
15:00 ate ás 19:30, tínhamos a preocupação de não ser encontros cansativos.
Para isto trabalhamos com muitas dinâmicas e aproveitamos do próprio espaço
natural para catequisar, seja nos trabalhos, na mata e no rio, era uma forma de
divertir-se aprendendo. Na aldeia encontramos diversas manifestações de fé
belíssimas que ressaltam a nós, por exemplo; na aldeia há uma devoção forte e
marcante aos santos de nossa igreja, por exemplo, se a casa tinha 3 ou 4 filhos
havia a imagem de um santo na casa para cada um dos filhos.

Na
quinta-feira santa, as crianças receberam 1ª eucaristia e neste dia, confesso
que Vitória e eu ficamos muitos nervosos, na parte da manhã preparamos eles
para a confissão e assim foi feita um momento muito bonito e depois preparamos a
pequena capela com flores e folhas que pegamos das arvores para que a noite
seja magica e tivéssemos a conclusão da missão de catequizar e preparar os
jovens indígenas para os sacramentos de iniciação. Nesta noite que foi
diferente das demais, os índios pintara-se
E
nós também, enfim chegou o momento de muita emoção e alegria para nós, os
pequenos e jovens foram de encontro A VIDA, A VIDA ETERNA (Jo 6, 51),
Nessa
hora tivemos a certeza que a missão foi cumprida, de que conseguimos apesar de
todas as barreiras, nos conseguimos chegar ao objetivo proposto na missão e uma
explosão de sentimentos invadiu a nós, entre a alegria de contribuir na missão
claretiana e também o ausentar de nosso lar, família paroquia, amigos, enfim,
tudo isto para passar a semana santa com pessoas que não conhecemos e em
situações até então vistas pela TV.

Assim,
concluo que o presente que ganhamos daqueles que fizemos mais amizade é a
alegria de levar a Boa Nova e também receber o grande aprendizado daquela
aldeia que os livros não podem contar. Neste intuito, fica difícil resumir uma
semana inteira de experiências novas, difícil explicar tudo o que aconteceu nesta
aldeia, o que vivemos naqueles poucos e longos dias, só tenho que agradecer a
Deus por fazer cada dia que vivo mais feliz, feliz em levar minha fé e minhas
experiências com Deus pra onde eu for, e a cada dia me transforma, pois não e
possível continuar o mesmo depois desta intensa semana de vida e alegria que
tivemos a graça de partilhar com os pequenos e que conhecemos muitas vezes pelo
que a mídia transmite a todos nós.
OBRIGADO
MEU DEUS!
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