Olá Juventude.... continuamos o tema:
A EXPERIÊNCIA DE TRANSMITIR A FÉ
5. Experiências que Jesus quer suscitar
diante deste Deus
Jesus se sente amado e enviado
pelo Deus Abbá, e põe toda a sua vida a disposição de Deus para estabelecer seu
Reino. Concretamente, Jesus quer provocar nos crentes algumas experiências
fundamentais a respeito de Deus:
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Isto requer do cristão a
experiência de “descentramento” de si mesmo e entrega incondicional aos demais
(“o que quiser ser o primeiro, faça-se o último e o servidor de todos”, “faze
aos demais o que queres que façam a ti”). De modo que, outra das experiências
fundamentais do cristianismo é a experiência de “morrer para si mesmo para
viver”, que significa a entrega amorosa como o paradoxal caminho para a máxima
felicidade. Amor que supera não só a lei do talião (olho por olho, dente por
dente), mas também a do amor recíproco (“do ut des”), abrindo-se para aqueles
de quem não se pode receber nada em troca e inclusive aos inimigos, aqueles de
quem somente se recebe ou se pode esperar o mal. Neste sentido, forma parte da experiência
cristã a sensibilidade amorosa para com os pobres e os excluídos, com a
conflitividade inevitável que isso comporta.
Tal sensibilidade, tão evidente,
brota da mesma experiência e conhecimento de Deus que, no Magníficat de Maria,
“derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes; sacia de bens os
famintos e despede os ricos demãos vazias” (Lc 1,53). A experiência de
confiança radical em Deus, conduz para a experiência de seu amor e de seu perdão
como um dom gratuito, que não se pode merecer nem conquistar, e nesse sentido,
não permite que alguém se sinta como “o justo” que tem mais direitos que os
“pecadores” a ser premiado por Deus, o que levaria a entrar numa dinâmica de
juízo, condenação e exclusão dos demais. Aquele que sentiu sua própria
indignidade e pecado e recebeu a misericórdia e o perdão, sente-se capacitado
para dizer sem medo, mas sem resignação: “Eu sou da mesma massa”
e perceber que os maus, como ele mesmo pode comprovar, apesar de maus, são
muitas vezes as primeiras vítimas do mal.
A partir do testemunho evangélico sobre
as curas de Jesus, também o cristão é convidado, mediante o mal e a
necessidade, a experimentar a força da confiança (“tua fé te salvou”) e do amor
(movido pela misericórdia) que faz surgir à esperança em nome de Deus. Jesus
vem ao nosso encontro para tirar de nós o melhor que temos e despertar forças terapêuticas
que quase desconhecemos; ajuda-nos a descobrir o poder da acolhida como fonte
de sanação. Finalmente, o cristão deve fazer a experiência, seguindo a Cristo crucificado
e ressuscitado, de quem o “amor e o perdão são mais fortes do que a morte”.
Este amor, portanto, permite enfrentar as perdas dolorosíssimas, inclusive a morte
física, que comporta uma vida marcada pela entrega, a misericórdia e o perdão. Constituem
a prova definitiva da fé e do amor: Vale a pena amar até este extremo? Com
certeza este é o caminho da vida e da felicidade? Esta é a experiência de
seguir o convite de Jesus de “carregar a cruz e lhe seguir”.
continua na proxima semana
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