quarta-feira, 1 de maio de 2013


I MAIO: DIA DO TRABALHO E DIA DE SÃO JOSÉ TRABALHADOR

Nesta semana, no dia 1 de maio celebramos a festa do Dia do TRABALHO e de SÃO JOSÉ, cuja intercessão pedimos para todos os trabalhadores e operários do mundo. Nos últimos séculos, a sociedade, as instituições trabalhistas e a Igreja, refletiram muito sobre a questão dos trabalhadores no mundo e lutam por seus direitos, de modo especial, a questão salarial, as condições humanas de trabalho, a formação e capacitação dos trabalhadores, os direitos e deveres, a exclusão do mercado e as ofensas à dignidade humana do trabalhador, a questão do trabalho escravo, os salários defasados, o trabalho informal, os preconceitos contra os trabalhadores mais simples e pobres etc.
Foram muitas as conquistas nestes últimos séculos na área trabalhista, porém sabemos que ainda há muito que fazer. Neste sentido a Doutrina Social da Igreja, DSI, tem muito a dizer sobre estes temas. Falando sobre a atividade humana no mundo, o Concílio Vaticano II, realizado de 1962 a 1965, na Constituição pastoral Gaudium et spes, sobre a Igreja no mundo contemporânea, afirma o seguinte:
“Para os fiéis é pacífico que a atividade humana individual e coletiva, aquele imenso esforço com que os homens, no decorrer dos séculos, tentaram melhorar as suas condições de vida, considerando em si mesmo, corresponde ao plano de Deus. Com efeito, o homem, criado à imagem de Deus, recebeu a missão de dominar a terra com tudo o que ela contém e de governar o mundo na justiça e na santidade, isto é, reconhecendo a Deus como Criador de todas as coias, orientando para ele o seu ser e todo o universo; assim, com todas as coisas submetidas ao homem, o nome de Deus seja glorificado na terra inteira. Isto diz respeito também aos trabalhos cotidianos. Pois os homes e as mulheres que, ao procurar o sustento para si e suas famílias, exercem suas atividades de maneira a bem servir à sociedade, têm razão para ver no seu trabalho um prolongamento da obra do Criador, um serviço a seus irmãos e uma contribuição pessoal para a realização do plano de Deus na história. Portanto, bem longe de pensar que as obras produzidas pelo talento e esforço dos homens se opõem ao poder de Deus, ou considerar a criatura racional como rival do Criador, os cristãos, pelo contrário, estão convencidos de que as vitórias do gênero humana são um sinal da grandeza de Deus e fruto de seus inefáveis desígnios. Quanto mais, porém, cresce o poder dos homens, tanto mais aumenta a sua responsabilidade pessoal e comunitária.” (cf.: GS, n.33-34. Vaticano II).

     Diante disso, o Cristianismo convida e convoca a humanidade a buscar o verdadeiro sentido do trabalho humano, enquanto complemento para a obra criadora de Deus. Deus criou tudo com harmonia, amor e desejando a complementariedade humana. Compete à humanidade manter esta harmonia contra toda espécie de caos, desordem ou ações que possam denegrir a criação divina.
        Pela intercessão de São José Trabalhador, Deus proteja e abençoe os trabalhadores. Hino das Laudes da festa de São José Operário:
“Anuncia a aurora o dia, chama todos ao trabalho; como outrora em Nazaré, já se escutam serra e malho. Salve, ó chefe de família! Que mistério tão profundo ver que ensinas teu ofício a quem fez e salva o mundo! Habitando agora o alto com a Esposa e o Salvador, vem e assiste aqui na terra todo pobre e sofredor! Ganhe o pobre o bom salário, e feliz seja em seu lar; gozem todos de saúde com modéstia e bem-estar. São José, roga por nós à Trindade que é um só Deus; encaminha os nossos passos, guia a todos para os céus.” (Liturgia das Horas, II. Vozes, Paulinas, Paulus, AM, 1995. p. 1560).
Pe. Ronaldo Mazula, cmf
Prefeito de Apostolado 
Missionário Claretiano


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